As fases da vida são difíceis e imprevisíveis, nem sempre crescer é bom e nem todas as decisões que você toma é melhor para você.
Nesta história vamos acompanhar a vida de jimin e jungkook de uma forma diferente. Os dois tem uma amizade desde peque...
Que drama hein? Vem-cá no início dessa história vocês pensaram que aconteceria tudo isso? Imaginaram as reviravoltas que estavam por vir? Os desencontros? Esse de fato é a parte que eu mais odeio. Foram anos de uma paixão que eu acreditava que não era correspondida, e através de um mal-entendido isso tirou anos de algo bonito que poderíamos viver, mas tudo bem, eu não preciso revirar todo o passado em busca de me culpar por algo que demorou para acontecer, gosto de acreditar que tudo foi feito no momento certo e que talvez se tivéssemos tentado a anos atrás isso não funcionaria.
É difícil manter um relacionamento e crescer ao mesmo tempo, olha como o Jimin mudou e amadureceu, olha como nós evoluímos? Mas para ser bem sincero nada tira de mim a felicidade e esperança que estava sentindo, primeiro por chegar a tempo de mandar o Yoongi para o quinto dos infernos, depois por entender que posso ter um filho, olha, ter um filho como o azul pode ser o maior presente que alguém poderia receber, e por último, a pessoa que eu amo e amei por toda a minha vida também me ama de volta, isso é motivo para muita comemoração.
Saímos da salinha, onde jimin solta a minha mão e pega o azul no colo, o menino estava assustado, e talvez um pouco sonolento.
- Senhor Park, Senhora Park. - Vou até eles ainda receoso se receberia um abraço ou um soco.
- Oi querido, quanto tempo. - A senhora Park foi até mim me recebendo com um abraço. - Fico feliz que esteja aqui. - Deixou um selar em minha bochecha e então se afastou dando espaço para o senhor Park falar comigo, ele estava com a mandíbula rígida, as sobrancelhas fechadas e os punhos também, senhor Park era um cara grande e eu estava pronto para tomar um soco a qualquer momento, ele é intimidante.
- Senhor Park eu... - sentia que se eu tentasse falar alguma coisa eu iria gaguejar.
- Você. - Ele socou meu peito. - Você é um bom garoto. - E me puxou para um abraço. - Soube disso desde a primeira vez que vi você, vomitado e choroso. - Riu. - Agora você é oficialmente da família ou ainda está cedo? - olhou para o Jimin.
- Eu não... eu não sei. - Meu Deus, isso é mais difícil do que eu pensava.
- Pai, já chega, ele sempre foi da família. - Ele entregou o azul para o pai, azul estava dormindo, tão grande que nem parecia o ratinho que vi nascer. - Será que vocês podem ficar com ele um momento? Acho que eu e Jungkook precisamos conversar. - Ele olhou para mim e sorriu tentando me tranquilizar, acho que vai ser uma conversa boa.
- Tudo bem, estaremos em casa tomando um bom vinho e comemorando o fiasco do seu casamento. - A mãe dele sorriu. - E se essa conversa não for por meio de palavras, por favor use camisinha. - Ele balança a cabeça completamente envergonhado e sai me puxando para fora da igreja.
- Essa mala é sua? - ele viu minha mala jogada no chão.
- Que bom que continua aí. - Ri, ele pegou a mala e colocou na porta da igreja, gritando logo em seguida.
- LEVEM ISSO AQUI PARA CASA TAMBÉM, É DO JUNGKOOK. - E então me fez correr para a praia de Cape May.
Fazia muito tempo que eu não visitava a praia de Cape May, antigamente fazíamos muitos Luaus aqui, jovens menores de idade com muita cerveja, fogueira e pegação, mas a praia também não é só sinônimo dessa lembrança, desde pequenos brincamos aqui e era tão bom no feriado de 4 de julho, depois dos fogos, nós corremos e entrarmos na água, depois da casa da árvore no chão, a praia é o nosso segundo Porto Seguro.
- Temos muitas lembranças aqui. - Me sento na areia olhando o Jimin falar enquanto se livrava do terno.
- Vivemos muitas coisas. - Complemento. - Mas eu acho que não deveríamos olhar para essa praia com a cabeça no passado, podemos criar memórias e recuperar o tempo em que não visitamos esse lugar. - Ele deita sua cabeça em meu ombro.
- O que somos agora? - ele olha para mim. - Porque eu não quero mais dúvidas, temos que ser sinceros um com o outro, sobre o que sentimos. - Ele parecia nervoso, eu acho que depois da adrenalina de fugir do casamento finalmente a ficha estava caindo.
- Não somos amigos, isso eu posso te garantir, um amigo não sentiria o que eu sinto por você, um amigo não iria querer ficar assim grudado com você. - Viro para ele.
- Amigos não sentiriam vontade de beijar o outro a cada minuto e dizer as três palavrinhas que todos têm medo, menos a gente. - Ele se senta em meu colo e coloca as mãos na minha bochecha.
- Usávamos o eu te amo o tempo todo, mas nunca nos ligamos de fato o que estávamos dizendo um ao outro. - Rimos. - Mas agora, prometo dizer o eu te amo da forma mais romântica possível. - Aproximo meu rosto de seu ouvido. - é ótimo você não lembrar do seu aniversário, assim eu posso dizer que tive um ótimo desempenho. - Ele começou a gargalhar.
- Eu imagino, eu lembro que não fazia muito tempo desde sua primeira vez. - brincou com os meus cabelos. - Mas agora pode tentar me fazer lembrar, ou me mostrar o que aprendeu ao longo de todos esses anos. Porque eu não tive a vida badalada de festas de fraternidade que você teve. - Deixou um selinho em meus lábios.
- Você acredita muito na possibilidade de eu visitar muitas festas, eu sou nerd esqueceu? - Bagunço seus cabelos. - Agora acabou as festas, me formo em dois meses e tenho que procurar uma boa residência para mim. - Profiro.
- Como vai ficar o teste de DNA? Se ele não for seu, como nós vamos ficar? - Vejo seu semblante mudar um pouco.
- Ele é meu, sinto isso desde que peguei eles nos braços quando nasceu, eu só não sabia o que era. Eu amo o azul independente do que um pedaço de papel vai dizer, e eu amo você independente disso também. Mas acho que você vai precisar me ajudar a buscar um bom hospital para eu continuar o que comecei, de preferência perto de Ithaca. - Ele sorri. - Não vou me separar de você nem por um segundo a mais, mesmo que eu tenha que me mudar para uma cidadezinha tão escondida quanto Cape May. Farei isso com um sorriso no rosto. - Sorrio para ele e tomo seus lábios para mim.
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