🐚Cap6

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Ouço Ahiete descendo as escadas pra tomar seu café e vou o mais depressa contar o que descobri.

-Ah mais que boa notícia, vamos pensar numa coisa pra acabar com tudo logo.

-O que vai fazer com meu irmão?

-Está preocupada? Ele te jogou naquele lugar e mesmo assim você tem empatia? Sinceramente não entendo.

-Não estou preocupada e nem tenho empatia, só quero que não o mate. Matá-lo só deixaria as coisas fáceis pra ele.

-Entendido.

Decidimos que iríamos invadir a mansão pela madrugada e o sequestrar. Conhecendo meu irmão qualquer soco que ele leva já cai, essa parte não seria tão difícil.
Nos documentos havia mais três nomes ligados a ele, tentamos descobrir quem eram mas não achamos nada, precisamos arrancar o problema pela raiz pra que ele não cresça novamente.

Com todo o treinamento que tive, estava preparada pro trabalho em campo. Me sentia preparada, a autoestima e confiança aumenta quando se sabe lutar.

Com o plano arquitetado fomos nos preparar e escolher as melhores armas.

Coloquei uma roupa confortável e que não atrapalhasse meus movimentos, uma calça e uma camiseta junto com um coturno, preto básico mesmo, coloquei também umas balas reservas junto com uma chave mestra e um canivete, se tem uma coisa que eu aprendi no hospício é esconder coisas.

Achei meio exagerado por uma uma chave e um canivete na minha xana então coloquei no sutiã mesmo. Nele tem um forro que fica costurado, mesmo se o tirasse não teria como perceber. Fiz um curso de costura por tres anos, consigo disfarçar bem. As balas eu botei no bolso mesmo.

Ahiete entra no quarto. Sorri de canto ao perceber que estava escondendo as coisas.

-É melhor por lá em baixo docinho.

-Achei meio exagerado, não vai acontecer nada mesmo então acho que não precisa.

-Tudo bem, mas a minha faquinha está num lugar bem seguro. -Ela se vira e coloca as mãos no bumbum.

-Ahiete tira isso daí agora. -Falo assustada.

-Melhor esperar a gente voltar, se quiser deixo você mesma tirar.

-Para de brincadeira que isso é sério. Ahiete não coloca nada no seu bumbum entendeu?! Melhor por na xana.

-Mas eu gosto de um plug anal.

-Estou falando de coisas assim, perigosas, não feitas pra por lá.

-Por que? Sempre coloquei.

-Dependendo do objeto ele pode ficar lá e não sair. Teve um caso no hospital onde um homem se masturbou com um tubo de cola e não conseguiu tirar, fiquei ajudando na cirurgia, foi muito estranho, só de lembrar me da uma coisa ruim... ficamos um tempão procurando essa cola, no fim eu tive que pegar com minha mão pois a pinça não ia. Muito ruim, não recomendo.

-Aí meu Deus vou tirar. Você me traumatizou agora.

-Te alertei, denada. Ah e você não vai se trocar?

-Já estou pronta.

-Vai de salto e terno?

-Vou, tô poderosa né. -Ela chega mais perto me dando um selinho.

Saio do beijo em concordância.

De madrugada fomos nós 5 pra mansão, dois amigos de Ahiete iria ajudar, Afonso e Lucas. Estava tudo um breu, silencioso.

Pulamos a janela que estava aberta, cada um foi pra um cômodo. Subi as escadas indo pro quarto principal, abrindo a porta percebo que ele está dormindo, sinalizo pro pessoal e todos o seguram pra que eu o amarre.

Acordado ele se contorse na cama tentando fugir mas não consegue, amarro bem forte pra que ele só consiga se sentar.

Um dos amigos de Ahiete o coloca nas costas. Prontos pra sair da casa meu irmão, Vinicius, começa a rir.

Derrepente vários homens entram invadindo a propriedade, tentamos lutar mas eram muitos. Nos prendenderam em um cômodo construído recentemente na casa.
Amarrados pelas mãos e pés.

Ficamos dias naquele lugar, sem comida e sem água.

-Tudo bem meu amor?

-Sim... e você?

-Também. Prometo que vou tirar a gente daqui. Só não sei como ainda.

-Acredito em você.

A porta de ferro se abre e um homem com o rosto coberto entra agredindo os amigos de Ahiete.
O homem ri e diz que só estava brincando um pouquinho.

-Seu filha da puta de merda, toca nele denovo pra você ver!

-Se não calar a poha da boca na próxima vez vai ser você, garanto que vou me divertir mais ainda. -Diz e olha diretamente pros seios dela.

-Toca nela pra você ver, arranco suas bolas e cozinho pra você comer. Se quer prazer eu posso enfiar um cano no seu rabo, só tiro quando você deixar de ser virgem e começar a sangrar.

O homem dá de ombros e sai da sala.

-Ah meu bem voce foi tão sexy, se pudesse te agarrava agora.

-Sua percepção de sexy é bem peculiar. -Diz Afonso

Um tempo depois Vinicius me solta dizendo que tem um lugar melhor pra mim. Os outros continuam presos. Ahiete grita e ameaça Vinicius, diz que se me levar ela vai fazer da vida dele um inferno, mas no momento, nenhum de nós conseguimos fazer nada, presos, a unica opção é esperar sugir uma oportunidade e tentar fugir.

Colocam um saco preto na minha cabeça, só tiram quando chegam ao destino.

Perplexa vejo que o pesadelo voltou, estava novamente naquele hospício, sem acreditar eu fecho e abro meus olhos várias vezes, de nada adianta, meu desespero aumenta ainda mais quando ouço do meu próprio irmão que ele iria se certificar que eu receba o tratamento adequado.

Grito até minha garganta doer, esperneio, nada muda, estava novamente naquele corredor. Minha raiva cresceu ao ouvir Vinicius rindo e se vangloriando no fundo.

-Seu monstro! Tenho nojo de ter o mesmo sangue que você! Quando sair daqui eu juro que vou fazer você pagar!!!

-Ah irmãzinha, sinto muito por não ser um idiota igual você. EU! Tenho muito mais! Vou pegar cada centavo seu... e você vai ficar aí sofrendo e aproveitando pedaço de pão, porque isso é a única coisa que você vai comer daqui pra frente.

Distanciando ele fala fala num tom irônico.

-Estou sendo até bonzinho com você, quanta generosidade, mereço um prêmio, o que acha de "Melhor irmão do mundo" ?

-O Cacete.

-Ah... me magoou -Gargalha sem cessar.

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Lascívias (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora