🐚Cap9

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Estava no escritório tentando achar uma pista de onde eles poderiam estar, minha cabeça estava explodindo de tanta preocupação.

Três pessoinhas chegam entrando reclamando e brigando uns com os outros.

-Mãee!

-O que aconteceu?

- Patrick e Maíra não deixa eu brincar- Fala Miguel com lágrimas nos olhos.

-Não é verdade! Ele é muito pequeno pra brincar com a gente, ele nem consegue subir na árvore.

-Isso mesmo Patrick, a gente tentou brincar com ele mãe, mas não da certo.

-Só porque ele é pequeno não significa que não pode brincar, ele é pequeno e muito resistente... tenho certeza que vocês vão dar um jeito de todos brincar.

-Tá bom... -Diz os dois ao mesmo tempo enquanto o pequeno comemora.

-Depois eu vou lá fora ver como resolveram o problema tá bom.

Saíram depressa pra brincar, voltei aos meus pensamentos de preocupação e caos.

Olhei a mesa cheia de papéis e documentos, não havia nada de diferente... tudo igual a todos os dias. Me esforçando ao máximo e mesmo assim e não aparecia nada, como se tudo não existisse, já estava perdendo as esperanças.

-Mãe você não vai comprar nosso material? -Luan diz ao entrar na sala.

-Amanhã amor.

-Ata. -Mal o vejo direito e ele vai embora.

Tento me concentrar mas agora q eu tenho filhos está quase impossível.

Prestes a desistir dos papéis Nessa entra na sala.

-Senhorita... como anda a investigação?

-Muito mal, não avancei nada até agora.

-Eu conheço alguém que pode ajudar, ele ajudava a senhora Ahiete.

-Por que não me falou sobre ele antes? Estou à dias na mesma.

-Ele não é muito... bom, pra ele tudo tem um preço.

-Ah perfeito, estou ouvindo.

Nesse estado dinheiro não é mais um problema pra mim, sei que não é meu, mas quando tudo acabar eu pago pra ela.

Vanessa disse que não sabia muito, vez ou outra ele ajudava em alguma questão do trabalho.
Me passou o endereço, resolvi ir depois do almoço pra poder ficar um pouco mais com as crianças.

Terminando a conversa vou pro quintal e as vejo brincando , quando me veem me chamam pra ver a brincadeira deles.

-Mãe olha aqui -Julieta grita me chamando.

-Que isso?

-É uma aldeia, aqui a gente faz a comida, aqui é onde dorme... -E foi isso durante um boom tempo. -Julieta fala muito, conversa sobre tudo.

-Ah que legal filha, e vc Luan, é o que?

-Eu... S-sou um... ah...

-Ele é o grande mago malvado que vai destruir a aldeia!

-Que legal! Mas deixa o Luan falar filha, não fica falando por ele.

-Mas ele tá muito lerdo hoje.

-Tudo bem, mas você só vai conseguir ajudar ele se ouvir, tá bom? Todo mundo tem dias que fica com dificuldade de se expressar... entende?

-Sim mãe, eu vou ouvir você agora Luan.

-Obrigada mãe.

Dou uma piscadinha pra ele e vou ver os outros três, que por sinal estão muito quietos. Procuro eles pelo grande quintal e não os acho, percebi que no muro tem uma parte quebrada bem no cantinho do arbusto, sigo por ela e vejo uma grande árvore, eles estão lá em cima brincando.

Lascívias (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora