Minha coisa favorita sobre a cidade de Nova York, é a atmosfera. Eu amo o fato de que ela continua ocupada. Adoro as corridas matinais - a urgência dentro de todos, sabendo que todos precisamos estar em algum lugar, em um determinado momento, para cumprir tarefas que podem afetar o mundo.
Claro, existem os rudes sacos de merda e os turistas que sempre ficam no caminho, mas na maioria das vezes, não é de todo ruim.
Pego meu café no meu caminhão de café favorito e saboreio, depois verifico meu telefone, para saber a hora.
Eu tenho dez minutos, para começar a trabalhar. Coloco meu café em uma mesa próxima e vasculho minha bolsa larga, para pegar meu tablet.
- Merda,- amaldiçoo, quando não o sinto.
Abro mais minha bolsa e olho para dentro, mas não há lugar para ser encontrado.
Droga, eu devo ter deixado em casa.
Coletando meu café, corro pelo quarteirão, para chegar ao meu prédio. Eu vou até o meu andar e quando saio do elevador, vejo JJ saindo com uma loira de cabelos encaracolados, ao lado dele.
- Bom dia, vizinha.- Ele pisca para mim.
Meu estômago se enrola, e não da pior maneira.
- Bom dia,- murmuro a caminho.
Chego à porta e a abro, mas não sem olhar por cima do ombro. JJ está parado no elevador, olhando para mim.
Abro a porta e entro, antes de fazer algo louco... como dizer a ele, como o ouvi com aquela mulher e achei que estava quente.
Quando chego ao escritório, me preparo para minha reunião do Skype, com um dos meus distribuidores de alimentos frescos.
- Kiara, há uma ligação na linha dois. É sua mãe,- Cleo diz, através do meu interfone.
Eu gemo, colocando minha pilha de pastas para baixo e depois pegando o telefone.
- Mamãe? O que é? Estou atrasada para uma reunião.
Eu sei que ela só pode querer uma coisa. É sempre uma coisa com ela. Engraçado, no entanto.
Lembro-me de quando ela me disse, que não significaria nada, e agora que estou fazendo algo e ganhando um pouco de dinheiro, além de aparecer em revistas de culinária , ela quer ser a minha melhor amiga.
Tarde demais, mãe.
- Você sabe que Chrissy saiu de casa, ontem à noite? Não a encontro.
Eu gemo, beliscando a ponte do meu nariz.
- E o que exatamente você quer que eu faça sobre isso?
- Só queria te contar. Você foi quem comprou o gato para mim.
Sim, eu comprei, esperando que isso a amolecesse. Isso não aconteceu.
- Enfim, eu tenho essa conta que está atrasada, para a água. Não receberei outra verificação de incapacidade, até a próxima semana, mas está prevista para esta semana. Eles vão desligar minha água se eu não pagar...
- Quanto você precisa, mãe?- Eu a cortei, porque realmente não tenho tempo para isso.
- Talvez trezentos, mais ou menos? Pagarei de volta, quando receber meu cheque.
- Não, está tudo bem,- eu suspiro.- Vou transferir algum dinheiro para o seu banco, depois da minha reunião.
- Obrigada, Kiarinha.
- Não me chame assim.
- OK. Bem, falo com você mais tarde.
Desligo e depois aperto a borda da mesa. Eu fecho meus olhos por um momento, lutando contra a emoção.
Minha mãe não é a melhor.
Aparentemente, ela foi atropelada por um cara que era casado e ele não quis nada comigo.
Ela sempre me olhou como um fardo, me dizendo que eu estava no caminho dela, e que ela poderia estar fazendo tanto com sua vida, se não fosse por mim.
Toda a minha vida, eu senti como se estivesse no caminho - como se eu fosse um fracasso. Eu cresci com a mentalidade de que tinha que provar que ela estava errada.
Eu tive que mostrar a ela, que não era uma criança em seu caminho. Eu era uma criança com talento.
Recebi uma bolsa acadêmica completa, fui para a faculdade e, a partir daí, abri minha própria empresa, no coração da cidade de Nova York.
Agora sou uma empreendedora, mas, mesmo assim, telefonemas dela, sempre me fazem sentir, que não sou suficiente.
Recolho minhas pastas e me recomponho. Encontro Cleo na sala de diretoria e atendo minha ligação pelo Skype, que é bem-sucedida, e depois almoçamos.
- Meu novo vizinho é gostoso,- digo a Cleo, comendo minha salada de folhas.
- É?
- Sim.- Eu concordo.
- Como ele é?- Ela cruza as pernas, sentada na cadeira à minha frente, com uma xícara de sopa.
- Ele tem cabelo loiro e lindos olhos azuis. Sorriso bonito e belos dentes brancos. Mas... ele é um homem de merda. Eu o ouvi com uma mulher, ontem à noite e os vi caminhando juntos, esta manhã.
- Puta merda,- Cleo ri.- Como foi isso?
- Foi realmente meio que... quente.
- Quente?- Ela gargalha, revelando todos os seus dentes quadrados e brancos.
- Sim, mas apenas ele. Ele tem essa voz profunda e sexy. Gah .- Eu aceno minha mão com desdém.- Cristo, você pode dizer que eu preciso transar?
Eu rio nervosamente.
Cleo encolhe os ombros.
- Talvez você deva transar com ele. Ele está ao lado. Isso seria um acesso fácil. Apenas a um passo de um orgasmo.
- Ha!- Eu aponto meu garfo para ela.- Isso seria bom, mas pelo que sei, ele tem algum tipo de DST.
- Eu acho que só há uma maneira de descobrir, hein?- Ela levanta uma sobrancelha para mim.
Eu sorrio.
Ela está certa. Só há uma maneira de saber... e não posso negar o fato de estar tentada.
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Até a próxima, bjs 💜
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UM PAI PARA MEU FILHO • JIARA
FanfictionKIARA CARRERA TEM A VIDA PERFEITA. ELA É UMA CEO PODEROSA, TEM UM ÓTIMO APARTAMENTO NA CIDADE DE NOVA YORK E NUNCA TEM UM DIA RUIM. ELA É UMA MULHER SOLTEIRA, EM UMA CIDADE GRANDE, QUE VIVE SEUS SONHOS, MAS HÁ APENAS UMA COISA QUE ELA QUER, QUE FA...