O Amor Está em Hollywood

Capítulo 11

Ei pessoal gaúcho, muita força tá? O caos vai passar, aguentem firme. Muito amor para o RS nesse momento 🧡

Este capítulo contém cenas explícitas.

PHILIP

Eu não sei o que está acontecendo.

Minha vida conseguiu dar três piruetas em menos de vinte e quatro horas. No trabalho as coisas estão cansativas, a divulgação da série ao mesmo tempo em que gravamos os episódios cansa. Prefiro programas de streaming ou filmes, porque fazemos uma coisa de cada vez. Sem contar que sinto Benedict e Morgana pegando no meu pé além do normal. Ele critica tudo que faço, e as vezes não sei se fiz algo de errado ou se realmente esqueci como atuar.

E tem ele. Andrew.

Me lembro de dormir agarrado com Andrew em um dia, e no outro ele simplesmente decidiu que não queria mais minha presença. Andrew não pedia mais para que dormisse com ele, e dava desculpas quando eu tentava convencê-lo. Ele também não pedia mais que eu o esperasse depois das gravações, não ficava na sala conversando sobre nosso dia, ou insistia para que fizéssemos conteúdos para os fãs. Nem mesmo na quinta feira, quando normalmente fazemos um jantar diferente, ele quis saber de mim. Preferiu jantar fora com Victor e Ramón.

AJ acha que a conversa com Morgana pode ter o deixado assustado, mas ela jura que não falou nada demais. E eu também não posso pressionar porque seria estranho explicar a situação.

Andrew, a pessoa que nunca aceita se exercitar comigo, resolveu ir a academia hoje. O acompanhei sair de casa apressado falando com alguém no telefone, vestido como se sempre comparecesse para uma sessão de musculação. Quando ele chegou eu estava na sala. Sei o quanto ele odeia sentir fome e por isso pedi sua comida favorita, mas recebi um meio sorriso e um pedido para guardar porque só comeria depois. Drew não está se alimentando direito também.

Por isso decidi esperar em seu quarto. Ele entrou para o banheiro e posso ouvir o barulho da caixinha de som se misturar com o chuveiro ligado. Normalmente o quarto de Andrew esconde alguns pratos ou embalagens de comida porque ele sente muita preguiça de descer e colocar na cozinha, mas nas últimas duas semanas não precisei chamar a atenção dele. Porque Andrew mal está se alimentando, ao menos não em casa.

— Jesus! Philip! — gritou entrando no quarto. Seu cabelo estava molhado, a toalha presa ao redor da cintura e a caixa de som nas mãos. — Quer me matar de susto?

— Desculpa, só achei que esse era o único jeito de falar com você.

— Falar comigo? Trabalhamos juntos e moramos juntos, se lembra? — deixou a caixinha em cima da mesa de estudos, cruzando os braços na minha frente.

— É. Lembro. Eu poderia falar com você a qualquer momento. Exceto que você vem me evitando.

— Definitivamente não estou fazendo isso. Será que pode me dar licença para me trocar? — respirei fundo negando com a cabeça.

— O que aconteceu, Andy? — levantei tocando seus braços. Ele descruzou instantaneamente, me dando liberdade para segurar suas mãos. — Eu te fiz alguma coisa? Por que está me ignorando?

— Eu não estou. — desviou o olhar. Soltei suas mãos para poder repousar meus dedos em sua cintura, enquanto a outra mão segurava seu queixo o forçando a me olhar.