Ontem não postei, porque fui trabalhar e cheguei morta! – Curte e comenta como se quisesse um capítulo a noite. 😉
...
M I Y A K E
Estúpido! – xingo meu espírito e sinto ele se encolher na minha mente.
Não poderia ser assim. Eu entendo o ódio que a Maria sente, porque consigo imaginar seu desespero e ainda mais a solidão de não ter alguém para ajudá-la, e ainda rodeada de dúvidas sobre porque isso está acontecendo. Eu jamais abandonaria minha fêmea, e ainda me pergunto o motivo que meu espírito fez isso, como se fosse apenas um acasalamento no mundo selvagem, e não como se tivesse estado com a única fêmea que deve ser nossa.
Eu me forço a olha-los, e assisto ela amamentar o bebê, o corpo dele tendo praticamente o mesmo comprimento do dela, porém, mais robusto. Ela o ama tanto, que posso sentir a essência de um sentimento forte e protetor, e meu coração se acalenta, porque se ela consegue amar um híbrido, também pode amar uma espécie tão diferente quanto a minha. Mas, amaria alguém que tem um espírito capaz de submeter sua própria fêmea, mesmo com incompatibilidade de tamanho e força?
O híbrido é filho dela. – nosso filho –, e isso faz os sentimentos serem diferentes e únicos. Eu sou apenas o destinado, aquele que deveria prover as maiores alegrias da vida de uma companheira, porém, causei transtorno e medo.
Eu não deveria está próximo a ela. Mas, agora é tarde demais. Ficar longe seria a nossa morte, e me sinto dispensável após saber o que fiz, mesmo em inconsciência, mas, Maria não é substituível ou dispensada. Ela é o mundo do filhote, e esse também não posso me manter longe.
"— Nossa fêmea. Nosso filhote" – Meu animal praticamente implora, eu sinto vergonha e desespero, e ele me envia imagens de eu e Maria no mar, em nossas formas.
Eu não quero ver, porque me dói o pensamento.
Levanto devagar, meus pés parecem pesados na areia enquanto os observo. Ela parece tão pequena e suave. Linda. Tão protetora e brava, que faz meu coração aos saltos. Eu nem me importo que ela tenha me acertado a cabeça, poderia bater mais se isso extravasar sua fúria, porque eu machuquei ela muito mais.
Não consigo aceitar ou me perdoar pelo que fiz. Não consigo diferenciar minhas ações das do meu ser, porque no fundo somos apenas um. Meus pés tocam a água, e no mesmo instante o filhote busca ao seu redor, eu sinto os seus chamamos e empolgação infantil, e meu ser se sobressai querendo toca-lo. Também o quero.
"— Se não tiver disposto a ama-lo, não se aproxime. Ele é apenas um bebê." – Me advertiu hesitante, e paro sobre sua exigência.
— Japa! – o tubarão chamou nossa atenção, caminhando rápido pela areia. — o que está fazendo aqui? E porque a Maria está tensa? – Me avaliou irritado, seu ser se sobressaindo e seu modo de batalha aparecendo.
— Sou o companheiro, dela. – Admito e ele para nós olhando, seus olhos piscam furioso, e quase posso sentir a Maria falando com ele.
— Bastardo desgraçado. – Me encara transtornado, e não faço nada além de esperar. — Como pode fazer isso com ela?! – Grunhiu irritado e olhou para a Maria na água. — Para de falar na minha cabeça, Maria! Eu também não tenho controle sobre meu animal, ele tem vida própria e nenhum senso sobre cortesia, e mesmo assim nunca me impus sobre minha fêmea, sem que ela soubesse o que estava fazendo. – Declarou furioso, e ela se apressa a sair da água, mudando sua forma e vindo até nos.
— Não quero nenhum tensão próximo ao meu filhote. – Minha fêmea exige, ficando entre o tubarão e mim. — Ele não pode sofrer nenhum estresse. Está em formação.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O COMPANHEIRO DE MARIA
FantasyLIVRO 5 - SÉRIE COMPANHEIROS PREDESTINADOS Maria teve um filhote, o problema é que ela não sabe a espécie dele e muito menos quem é seu progenitor. Sendo shifters, ela só poderia engravidar do seu destinado, então, a pergunta em sua mente é; Onde es...