O COMPANHEIRO DE MARIA

CAPÍTULO 17

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M A R I A

A situação que parecia sobre controle quando afundamos no mar, virou uma grande confusão em poucos instantes, quando uma grande variedade de shifters marinhos brotaram de toda parte, camuflados e prontos para nós atacar. Era óbvio que nos esperava, e por sorte contamos com a ajuda do Max e da Mariana, porém, é uma situação difícil.

Uma lula colossal de no mínimo quinze metros, escolheu para vir com tudo para mim. Ela poderia ser indefesa, se apenas tivesse apenas sua tinta e rapidez em fugir, porém, sua tinta também serve para paralisar as suas pequenas presas, e ela sendo uma shifters, pode muito bem me deixar sem movimentos e me tornar uma preza fácil, tanto quanto algumas tem uma peculiaridade de ter um tipo de ácido na sua sepsia, que pode queimar a pele como uma água viva.

“— caralho Shark! Da uma mão aqui.” – chamo o tubarão, e vejo ele a distância brigando com outro tubarão, e isso é o suficiente para que eu volte a minha atacante sem esperar sua ajuda.

Eu limito meu sonar, para que eu possa me concentrar apenas na lula e a minha volta. Sinceramente, eu sinto que estou muito fodida, porque até mesmo meus ataques de mordidas na criatura quinze vezes meu tamanho é insignificante, já que sua regeneração é muito rápida. Sinto a presença impotente da Letícia passar por mim em uma velocidade quase fora do padrão de um tubarão, e isso me distrai por um segundo e o suficiente para que a lula lance um dos seus jatos e quase me alcança por completo, nublando toda a água ao meu redor, enquanto escapo me distanciando o máximo e sendo surpreendida por ela rapidamente, vindo novamente em minha direção, dessa vez usando sua cortina para me surpreender.

“— minha fêmea.” – praticamente salto com a presença selvagem do Miyake, seu grande corpo vindo de forma implacável em direção a lula, seu animal mandando ondas fortes em todas as direções e causando uma comoção por todo o espaço.

“— puta que pariu!” – Sussurro vendo o ataque a minha frente, sem chances para defesa da lula.

A falsa orca se aproveita do desgaste da lula colossal, para atacar de modo rápido e ríspido, mordendo e girando, dilacerando cada parte dela, não tendo a mínima chance de regeneração. O cheiro do sangue dos cadáveres e feridos pela área, já começa a chamar atenção de dos animais selvagens da área, e volto a olhar para o meu companheiro, que continua seu ataque até que não reste nada de vida a nossa frente, e apenas pedaços tendo espasmos.

“— Miyake!” – busco sua mente, querendo que ele me busque e volte a sua mente, e ele nada em minha direção intimidante, antes de me rodear procurando qualquer ferimento. “— estou bem! Estou bem.” – prometo e sinto ele abrir sua grande boca na minha direção, antes de me abraçar e empurrar para cima em direção a superfície do mar, e por mais que todos os meus instintos gritem para que eu tente escapar dos seus dentes, tento me manter parada, e evitar que me machuque.

“— Minha fêmea.” – grunhiu na minha mente, me soltando e mudo minha forma rapidamente, passando a mão na sua cabeça, querendo acalmar seu ser.

— Sim querido. Sua fêmea. – Sorri tensa, sabendo que o Miyake não está no controle dos seus atos, e como um perfeito selvagem faz meu golfinho estremecer e se forçar a tomar minha mente como precaução.

“— Preciso que fique segura.” – meu companheiro pede na minha mente, e sinto que é o humano. “— preciso ajudar o pessoal, mas não consigo se você estiver em perigo.” – confidencia preocupado, e me rendo sabendo a hora de cuidar de outros assuntos, como cuidar da Liana, que já deve estar no barco.