CAPÍTULO 15

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Curte e comenta, para me inspirar a finalizar o livro da Maria! 😘😘😘

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M A R I A

— não precisa se preocupar, minha filha. Fico com esse bebê lindo quantas vezes precisar. – Dona Dionísia promete, enquanto abraça meu filho manhoso contra ela, todo saudoso.

Não consigo parar de admirar meu filho na versão humana. Sua essência animal está em um estágio que qualquer bebê shifters da sua idade deve ter, e isso me deixa mais leve conforme tudo vai se acalmando, e me sinto pronta para agir para meu companheiro, mesmo não sendo fácil ter que me distanciar do Jean, ainda mais quando ele apenas mama.

— muito obrigado. – Declaro dando um beijo na bochecha do meu bebê e outro na testa da mulher. — Prometo que um dia recompenso a senhora por tudo que faz por nós. – declaro sincera, e ela apenas sorri calma.

— Não preciso recompensa maior, que está acompanhada desse principezinho. – Declara amável, e só posso agradecer mais uma vez.

Estou indo com o Carlos, seus filhos mais velhos e a Letícia, nos encontramos com o Shark e a segunda ninhada de coelho em Los Angeles. O tubarão não explicou muito o que estava acontecendo, porém, disse que precisava de quem estivesse disponível, em especial os coelhos, porque precisaria da ajuda deles no que vamos fazer. Não tive a oportunidade de me despedir do Miyake, e suspeito que quando voltar, talvez já esteja em um avião para o Japão, porque os agentes já finalizaram a revista na reserva.

Minha golfinho chama seu companheiro em um assobio sofrido, e evito ao máximo que ela não intensifique ao ponto de deixar que o Miyake sinta minha angustia. É horrível ficar longe dele, e já não o vejo a quase dois dias. Sinto falta do seu jeito cuidadoso e tímido, e até da forma que me olha como se eu fosse uma coisinha exótica que ele precisa entender ou desvendar. Estou tão ridiculamente apaixonada por meu japinha, que nem mesmo a atenção redobrada que eu e a Leticia estamos recebendo dos coelhos, esta me animando. 

Shifters marítimos não foram feitos para andar de avião. Essa é a mais pura verdade, porque parece que mundo está esmagando nossas cabeças com a pressão horrível e a sensação de sufocamento constante. Eu e a Leticia vomitamos coisas que nem tínhamos comido e acho que são nossos órgãos internos. 

— Estamos quase chegando. – Laio sorri, arrumando meu cabelo atrás da minha orelha, e apenas assinto enjoada. — Você está horrível. – Se diverte e quero socar sua carinha bonita.

— Eu estou morrendo. – Admito e ele me puxa para deixar a cabeça no seu ombro, acariciando meus cabelos com carinho. — Não é do jeito que eu queria morrer. E nem tão logo. – Reclamo, me aconchegando mais contra ele, para ouvir o ronronar calmo do seu coelho, trazer uma calma estranha ao meu golfinho.

— Claro que não vai. – Se diverte ao opor. — Você tem um companheiro para voltar, e um bebê.

— tecnicamente, acho que ele não vai está lá quando eu voltar. – Declaro inconformada, e ele sorri.

— Você é fofa, Maria. – beijou minha testa, e me confortou mais contra seu braço grosso.

Os coelhos são legais, e bonitos, muito bonitos! As vezes acho eles sérios demais para a idade que tem, porém, lembro que talvez tenha convivido demais com os humanos e isso me deixou meio retardada. — Sem ofensas aos humanos, até tenho amigos que são, mas é que os shfteres são tão diferentes em tantos aspectos que não gosto de comparar, porque acho um pouco injusto. 

— Ho mulher! Essa viagem já é castigo suficiente, não quero que o Shark me encha a cabeça quando chegamos. – Letícia murmura, tirando a cabeça do colo do Marcos, apenas para me olhar como se fosse um zumbi.

O COMPANHEIRO DE MARIAOnde histórias criam vida. Descubra agora