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Gabrielli


Durante toda a noite fiquei pensando em Hugo, na nossa conversa e de como estou louca para transar com ele de novo.

Coloquei Amália primeiro na cama, ela queria dormir na casa do pai, por precaução decidi não deixar, ainda é cedo e quero que eles criem uma boa relação primeiro, apesar da minha bonequinha já ter aceitado muito bem o pai.

Ao contrário de Davi que ficou emburrado com Hugo o resto da noite e comigo também. Para ele é diferente pois teve a presença do pai em seu primeiro ano de vida, penso que nunca acreditou na minha história sobre a morte do pai, foi errado mentir, na época imaginei que era o melhor, só não pensei que isso poderia afetar tanto meu filho.

Davi já está deitado segurando sua pelúcia em formato de bola, sua expressão emburrada me lembra muito quando era criança. Sempre fui um pouco desafiadora, melhorei quando mamãe me colocou para ter responsabilidades sobre meus irmãos, ainda havia o fogo da rebeldia em mim apesar disso. Acredito que foi esse fogo que me manteve firme para cuidar dos meus irmãos depois do engano cometido contra nós.

— Filho, tem algo para me dizer?

— Você não vai voltar com ele, não é?

— Davi, meu lindo, não quero que pense nisso agora. Toda essa mudança afetou você, e a mamãe sabe disso, não se preocupe com nada. Jamais o obrigaria a conviver com alguém que não quer para agradar a mim ou sua irmã, se não quiser mais ver seu pai não tem problema algum.

Preciso colocar os interesses de Davi em primeiro lugar, ele foi meu companheiro quando tudo desabou na minha vida, esteve comigo em cada passo que dei. No final, se não fosse por meu filho não teria suportado tudo. Beijo sua testa, saindo do seu quarto e indo na direção do meu, Marcele já está dormindo, exausta pelo dia de trabalho, e Rutinha também já estava dormindo quando cheguei.

Caminho na direção da grande janela do corredor da ala das mulheres, a vista continua a mesma só eu que mudei totalmente, não tenho mais vontade de pular como na primeira vez que vivi aqui. Me lembrei de Teodoro, de como foi fácil criar um vínculo com ele, também de pertencer a Hugo, sofri muito por sua morte, e sem dúvida o amei com todo o coração.

Por causa dele pude recomeçar, de alguma forma ele sabia que Hugo iria me magoar, talvez tenha conseguido pressentir que o pai do meu filho ainda não estava maduro o suficiente para tudo que vinha de mim. Pensando bem, sempre fui intensa, revoltada demais guardando uma fera sedenta por liberdade. O vento que vem da janela bate em meu rosto, fecho os olhos sentindo o cheiro de terra molhada, gotas finas de chuva começam a cair do céu refrescando o ambiente.

Sinto a presença de Hugo atrás de mim, o cheiro dele não mudou durante esses cinco anos, por isso é impossível não sentir sua presença. Ele se encaixa atrás de mim beijando minha nuca, depois beija minha orelha até morder levemente sem colocar muita força, sinto o arrepio prazeroso que tanto me fez falta.

— Amo seu perfume, amor.

— Obrigado, Hugo. O que está fazendo aqui? Pensei que estaria ocupado demais com a morte de Mirela.

— Juan e Maurílio conseguiram me fazer perder a paciência com eles. Não vou pensar nessa situação de merda agora, quero terminar a noite da melhor maneira possível sem me preocupar com os problemas alheios. Antes, preciso saber de algo: você trepou com Juan, Gabrielli?

Foi impossível não rir com a pergunta, jamais ficaria com o Juan, no começo ele queria, no final quando descobriu que nós éramos iguais não insistiu em ter mais nada comigo. Inclino minha bunda para trás rebolando sutilmente no pau de Hugo, sua mão vai em direção ao meu cabelo apertando os longos fios com força.

— Ciúmes, desgraçado? Tem medo de outro ter fodido minha boceta e meu cuzinho como você? Sei que fodeu com Tina, Hugo, e se não foi com ela, tenho certeza de que comeu outra ou até outras. Um homem sexualmente depravado como você não ficaria sozinho por tanto tempo.

— Amor, sou ciumento sim, você é minha. Um papel assinado por engano não muda esse fato, sempre foi e sempre será minha, Gabrielli. Não vou esconder que realmente me incomoda saber que pode ter tido outro ou outros que sentiram essa boceta gostosa e molhada, tenho certeza de que se colocar a mão na sua calcinha ela vai estar ensopada porque você é uma vagabunda bem sacana. Sobre minha vida sexual, ela ficou morta durante cinco anos, me masturbar pensando em todas as posições que iria trepar com você foi meu único estímulo, decidi guardar toda depravação para minha querida esposa.

Em um movimento rápido, Hugo sobe a minha camisola constatando que não havia uma calcinha por baixo dela. Ele colocou dois dedos dentro da minha boceta como se estivesse reconhecendo e inspecionando, me enlouquecendo em todo processo.

— Vadia safada, está sem calcinha! Segure na janela, vou foder você debruçada desse jeito. Precisa ficar calada, sem gemer, não podemos acordar a casa inteira, não é mesmo?

O desejo me deixou tonta e perdida, Hugo colocou seu membro inteiro de uma vez dentro de mim, usei uma mão para me apoiar no batente da janela enquanto colocava a outra livre na minha boca para não gritar. Logo me lembrei de algo, não queria que acontecesse de novo, apesar da atração que sinto não posso deixar isso acontecer.

— Goza fora, Hugo, por favor!

Suas mãos apertam minha cintura com força batendo com seu pau na minha boceta, ele está com raiva e a cada investida em mim posso sentir o sentimento crescendo em chamas perigosas, uma de suas mãos puxa meus cabelos para trás inclinando meu corpo inteiro para que pudesse sussurrar no meu ouvido.

— Sabe que me deve duas gestações que não pude acompanhar, podia muito bem encher essa bocetinha com minha porra, deixá-la grávida de novo só de raiva por não ter me deixado vê-la grávida de Amália.

Hugo tirou seu pau inteiro de mim para colocar de novo até o fundo, coloquei a mão na boca novamente para não gritar de tesão por senti-lo totalmente dentro e inchado, preenchendo o vazio de tanto tempo sem ele.

— Hoje estou generoso, por isso vou atender seu pedido, só que na próxima vez, não posso dizer que não irei sucumbir a curiosidade de ver você carregando um outro filho meu.

Ele diminuiu a intensidade de suas investidas e tenho certeza que fez isso porque percebeu que estou quase gozando, logo ele volta ao ritmo intenso de antes até que sinto minhas pernas tremerem e o mundo girar ao meu redor, sinto o orgasmo chegando rápido e intenso ao mesmo tempo que Hugo vira meu corpo para que fique de frente para ele, me faz ajoelhar enquanto joga jatos grossos de porra no meu rosto, só tive tempo de fechar os olhos enquanto ele liberava tudo em minha face.

Abri os olhos apenas para ver sua satisfação, ele se ajoelhou e beijou minha boca como um louco não se importando com o fato de estar toda suja do seu gozo. Ele parou o beijo só para apreciar sua obra de arte, meu rosto está vermelho, estou ofegante e com a melhor expressão de bem fodida por um pau gostoso.

— Putinha depravada, sei que amou sentir o meu pau depois de tanto tempo. Agora tenho certeza de que ninguém, além de mim, comeu essa bocetinha.

A sua razão é certeira. Nenhum homem poderia ter o que foi dele, todo meu corpo e desejo pertencem a Hugo, e sei que se havia dúvidas sobre isso, elas não existem mais.

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