A Chance - A Organização Livro 2

Epílogo

Hugo

Levei Gabrielli para casa enquanto Gusmão e Jacó limpavam tudo, Tina seria queimada como também os homens que a ajudaram, infelizmente ela que contratou os homens, com certeza foi com a ajuda de alguém que nesse momento não tenho interesse de descobrir pois sei que quem a ajudou vai pensar duas vezes antes de entrar no meu caminho.

Minha mulher se grudou no meu braço e não soltou mais, tive medo de perdê-la, minha vida sem Gabrielli não faz sentido, não sei como sobrevivi sem ela durante cinco anos, pelo jeito ela também teve medo. Quando cheguei na nossa casa a peguei no colo tirando seu vestido sujo, seus saltos altos e suas peças íntimas com calma enquanto a banheira enchia.

— Eu disse tanta coisa para convencê-la a me deixar ir, tive tanto medo de não o ver mais ou de não ver nossos filhos. Onde estão as crianças? Meu Deus, Hugo, precisamos buscar os pequenos.

— Calma, amor! As crianças estão na festa na fazenda Méndez com o padre Lucas e Elisa, provavelmente já estão com os meus pais e com os tios. Sei que passou por uma situação estressante, por isso, vamos tomar um banho, relaxar os músculos, trepar e depois vamos para a festa. Não podemos despertar suspeitas do que houve, Tina pode ter tido ajuda e precisamos pegar quem a ajudou na hora certa.

Gabrielli entrelaçou seus braços em meu pescoço se aproximando mais, havia ouvido um pouco do que falou para Tina sabendo que tudo era mentira. Minha mulher é esperta e muito atenta, sabia que enfrentar Tina com a verdade não seria a melhor estratégica.

— Hoje, amor, o nosso passado fica definitivamente para trás. O engano, as desilusões, o medo como também o desamor, vão dar lugar a certeza, a coragem e o amor que nos guiarão para o resto de nossas vidas. Eu quero ter mais filhos com você, quero ver nossos herdeiros crescerem e no final envelhecer ao seu lado vendo nossos netos correndo ao nosso redor. Jamais quis outra mulher além de você, e nunca terá outra em minha vida. Eu te amo, senhora Assis.

Ela começou a chorar emocionada com minha declaração, meu coração transborda de amor por essa mulher. Por ela sou capaz de matar ou morrer, sei que Gabrielli também faria o mesmo.

— Agora, minha mulher linda, vou amar o seu corpo mais uma vez e para toda vida.

Coloquei seu corpo na banheira tirando minha roupa apressadamente, Gabrielli sorriu quando entrei na banheira, fui mais perto dela segurando seu rosto e beijando sua boca, apreciando o sabor dela, tocando em seus lábios com os polegares. Desci minhas mãos em seu corpo saboreando cada momento com Gabrielli na banheira, onde nossa relação se estreitou e descobrimos muito sobre nós.

Coloquei-a sentada no meu colo ajeitando meu pau em sua entrada molhada movimentando meu quadril lentamente para que pudesse aproveitar cada momento. Ela segurou meu rosto beijando minha boca com mais paixão enquanto sussurrava como me amava, encostamos nossas testas sentindo o nosso clímax alcançar os nossos corpos.

— Eu amo você, desgraçado, principalmente amo seu pau gostoso. Minha vontade é de não sair de cima dele nunca mais.

— Teremos a vida inteira para nos amarmos como também para trepar, minha vadia insaciável.

Ela sorriu deitando sua cabeça no meu peito rebolando no meu pau mostrando com isso que queria mais. Parei por um instante pensando em como quero Gabrielli para sempre comigo sem esperar por mais nada.

— Vamos nos casar amanhã ou depois de amanhã ou daqui um mês? Quero você aqui na minha cama todos os dias, foder você nessa banheira do jeito que gostamos em qualquer hora. Diga que sim, meu amor!

— Podemos adiar para daqui dois meses? Me deixe aproveitar sua mãe dando palpite até em como a carne será assada se será com ou sem recheio.

Como amo vê-la rir, sei que está certa, apesar da minha ansiedade vou saber esperar, por mais apressado que esteja preciso entender que Gabrielli precisa viver todo o processo do casamento, da cerimônia na igreja até a grande festa que minha mãe já está louca para organizar.

— Tem toda razão, meu amor, será como você quiser.

Gabrielli

Um mês depois

Maurílio está com uma expressão péssima, estou adorando vê-lo se submeter as exigências de Irma, minha amiga tem toda razão de colocá-lo no lugar dele. Rossio foi um monstro com ela muitas vezes sem motivo algum apenas por capricho.

— Deve estar bem feliz por me ver na merda tendo que assinar esse contrato absurdo, não é, garota?

— Eu? Deveria parar de me perseguir e se preocupar mais com sua postura a partir de agora, Maurílio, você foi inocentado da morte de Mirela, isso não quer dizer que tudo foi esquecido. A forma como tratou seu próprio filho ou como foi um desgraçado com Irma sempre ficarão na memória deles que sofreram na sua mão.

Ele me odeia. Sei que me tolera por Hugo, o sentimento de ódio é recíproco, ele nunca deu opções para minha amiga seguir sua vida sempre perseguindo e impondo sua vontade acima da dela. No final, Irma escolheu proteger Lucas voltando com o monstro do pai dele.

— Sua sorte é que meu primo a deseja e a ama com intensidade, Gabrielli, caso contrário seria um prazer matá-la.

— Está me ameaçando? Que feio, Rossio! Eu não tenho medo de você, seu grande merda, estou aqui para assinar como testemunha de Irma, pare de ameaças.

Hugo entrou no mesmo instante na sala e provavelmente percebeu que estou brigando com seu primo.

— Está ofendendo ou ameaçando a minha mulher, Maurílio?

Silêncio. É lógico que o desgraçado não iria assumir sua atitude imbecil comigo, logo Gregório e Marcele entraram na sala acompanhados por Irma, não concordei muito com esse contrato porque o infeliz pode muito bem assinar e fazer o que quiser, mas prometi estar aqui com ela nesse momento.

— Primo, perante todos aqui quero expressar como o amo e tenho como um membro querido na Organização por tudo que fez por mim, no entanto, Gabrielli é minha mulher e mãe dos meus filhos, se eu o ver a tratando mal ou a ofendendo gratuitamente, vou esquecer toda gratidão que tenho por você e passará a ser um qualquer em minha vida. Estamos entendidos?

Maurílio apenas acenou concordando. Jacó chegou com o contrato oficial em mãos, ele se sentou em sua nova mesa como conselheiro oficial de Hugo, meu homem fez uma comissão de conselheiros incluindo eu, Marcele, Jacó, Gregório e o insuportável do primo.

— Tão bom estar em família nesse clima de ódio e briga. Apesar desse clima ser delicioso, vamos ao que interessa: Maurílio e Irma, vocês têm cópias registradas do contrato, no entanto, a original fica comigo por segurança. Estão de acordo com os termos? Sei que você não está, Rossio, mas sua opinião não importa. Como não haverá contestações, por favor, assinem todas as cinco páginas, primeiro as testemunhas depois vocês.

Irma cuidou pessoalmente de cada cláusula do contrato, incluindo não agressão tanto a ela como as crianças, que Maurílio não poderia tocar nela sem que ela quisesse, que Lucas iria assumir a família quando tivesse idade suficiente e que não seria obrigado a treinamentos absurdos enquanto fosse criança entre outros termos para proteção dela e das crianças. Assinamos os contratos passando para Maurílio fazer suas assinaturas como também Irma.

Maurílio assinou o contrato enquanto Irma fazia o mesmo, eles entregaram para Jacó que os guardou no cofre do escritório, Irma se levantou sendo seguida por Maurílio que continuava com uma expressão horrível.

— Com os contratos assinados a situação de vocês está regularizada como também o casamento civil feito a um mês atrás. No entanto, Irma, caso o senhor Rossio não cumpra com o combinado, não seria problema nenhum para mim, estourar a cabeça dele.

Jacó saiu sorrindo como se sua ameaça fosse uma simples brincadeira quando na verdade foi a mais pura ameaça vinda dele, Irma se despediu nos convidando para almoçar em sua casa levando as crianças junto, os priminhos se gostam muito. Não era esse o destino que eu queria para minha amiga, Irma merecia o mais doce e puro amor, sei que ela escolheu, ainda assim, me dói vê-la ficar com alguém como Maurílio. Todos saíram da sala restando só eu e Hugo, ele sabia como essa questão com Irma me deixava.

— Foi escolha dela. Aconselhamos e conversamos muito com ela sobre isso, amor, agora vamos focar em nós.

Hugo está certo. Por mais que queira cuidar de todos como uma mãe por ter feito esse papel por tanto tempo, sei que minha amiga tem toda a capacidade para se decidir, só desejo que ela seja feliz.

Dia do casamento (um mês depois)

— Está realmente linda, minha nora. Quero aproveitar para dizer algumas palavras: eu, Margarida Assis, confesso que sempre fui uma mulher complicada e um pouco fútil em algumas ocasiões, minhas noras sofreram um pouco comigo e com meu temperamento difícil, porém elas me conquistaram. Vi meus filhos se tornarem homens estando ao lado delas, além disso, elas me deram meus lindos netos incluindo meu amado Jorginho. Agradeço a Deus e a Nossa Senhora de Guadalupe por me dar a honra de ser sua sogra, peço perdão se em algum momento não fui a melhor das sogras, posso dizer sem medo de que você e sua irmã são as filhas que Deus me deu de presente.

Na grande tenda armada no jardim da mansão Assis, minha sogra se declarava para nós perante todas as mulheres da Organização enquanto terminava de ser preparada para o casamento. Ela quis seguir toda a tradição da família Assis onde as mulheres se reuniam antes de ir para a capela construída na mansão para uma espécie de rito de passagem.

— É uma honra enfim passar meu posto para você, Gabrielli, agora oficialmente sem nenhuma contestação: Gabrielli Assis. Sei que será uma matriarca melhor do que fui ao lado da sua irmã, e de verdade, estou pronta para curtir minhas férias definitivas.

Todas riram com a declaração da minha sogra, durante muito tempo ela foi rainha e soberana perante as mulheres da Organização agora me sinto realmente pronta para assumir seu lugar cuidando das necessidades das mulheres das cinco famílias. Margarida colocou em minha cabeça a coroa da família Assis, herança de um tempo distante.

— Essa coroa era da minha sogra como foi das demais mulheres da família Assis. Como todas sabem descendemos da realeza de reinos latinos tanto italianos como espanhóis, nossos antepassados encontraram aqui nas Américas um solo fértil, riquezas e prosperidade. Por isso, essa coroa simboliza não só nossa herança e legado, mas também nossa afirmação do nosso direito de liderar e cuidar de todos com justiça e honra.

A coroa é linda toda cravejada com pedras de safiras azuis, ela me ajudou a colocar o véu junto com Marcele emocionada ao me ver vestida de noiva. Me levantei sendo aplaudida pelas mulheres das cinco família à medida que todas me seguiam até a capela para finalmente me unir ao homem que amo para toda vida. O engano ficou no passado, e a vida me uma chance para ser feliz como sempre desejei.