Prólogo

106 12 9
                                    


• 💗 •

Os dois adolescentes corriam com pressa, soltando risadas animadas e altas, os pelos dos braços arrepiando-se com a adrenalina que percorria seus corpos.

O mais velho usava uma jaqueta de couro preta, enquanto o mais novo usava um corta vento de tricô. Suas mãos mesmo suadas não se largavam, as palmas apertadas uma na outra.

Era quase uma multidão de pessoas atrás deles considerando que era apenas os dois, flashes piscavam e essas pessoas gritavam seus nomes.

"Niall? Zayn?"

Os jovens estavam em uma banda chamada Nobody is Listening, junto de três amigos. Não era a maior banda do mundo, mas eles faziam sucesso na Inglaterra, era complicado músicos ingleses destacarem-se em outras regiões. No entanto, era o suficiente para eles viverem bem e ajudarem seus familiares. Com o tempo o público foi crescendo e eles começaram a ser reconhecidos nas suas respectivas cidades natais e regiões próximas.

Harry e Liam eram amigos de infância, ambos alfas, que queriam formar uma banda no colégio. Louis foi o primeiro a escrever seu nome na lista, pois sua antiga banda havia se desfeito após um integrante se mudar da cidade e acabou por chamar seu amigo Niall, que também fazia parte do antigo grupo. Assim, sobrou apenas uma pessoa e Zayn pareceu ser a peça perfeita depois de alguns testes falhos, eles se completaram quase milagrosamente.

E quando os dois se viram pela primeira vez, foi impossível seus olhinhos não brilharem. Não demorou muito para um relacionamento surgir entre os dois integrantes, até porque eles sempre ficavam juntos após os shows, com aquele frio na barriga e sensação de que tudo estava dando certo. E, seus lobos realmente se amavam e gostavam de ficarem juntos, por menor tempo que fosse.

  — Vem, vem! — o moreno chamou, puxando sua calça que estava descendo e gargalhando enquanto seu ômega tentava o acompanhar. — Estamos chegando, coração!

Começou a correr mais rápido puxando o corpo menor, vendo o ônibus deles com a porta sendo aberta por um Louis desesperado que acenava desesperadamente os chamando.

  — Ufa... — eles finalmente chegaram, batendo a porta com força enquanto escutavam batidas sendo deferidas nela.

  — Essas pessoas são totalmente loucas! — o garoto falou enquanto jogava-se no sofá pequeno, pondo a mão na barriga e respirando fundo.

  — O que vocês fizeram para chamar tanta atenção?! — Tomlinson quase berrou, observando com os olhos azuis seus amigos vermelhos e suados.

  — Nada, cara... — respirou fundo com cansaço, o moreno se jogou no chão e fechou os olhos, deixando a vista seus cílios negros e longos. — Nós só fomos comprar algumas besteiras pra comer, aí eles apareceram do nada.

  — Droga, eu nem comprei meus nuggets. — o loiro choramingou fazendo um bico imenso, enquanto o melhor amigo gargalhava da sua cara.

  — Bem feito. Vão tomar um banho, vocês estão nojentos. — murmurou o ômega mais velho, franzindo o nariz de botão com pintinhas.

  — Oh sim, a gente vai banhar juntinho. — o paquistanês piscou com malícia, fazendo o irlandês corar desde o pescoço até as orelhas.

  — Que nojo! Eu não preciso saber disso. — gritou saindo de perto do casal, partindo para o quartinho improvisado, pequeno mas confortável, eles gostavam, apesar de dormirem todos juntos e sempre estar uma bagunça.

. . .

  — Uh... — O loiro apertou os dedos gordinhos na nuca do outro, enrolando seus dígitos nos cabelos lisos e os puxando. — Zayn... — gemeu e apertou as pernas finas na cintura forte.

  — Shii, coração. — sussurrou, as mãos fortes seguravam ambas bochechas da bunda cheinha e apertou mais, assim deixando sua marca na pele clara. — Geme baixinho só pra mim, amor... — rosnou num sussurro, mordendo a clavícula corada e abafando seus próprios gemidos.

  — Oh, meu alfa. — choramingou ao sentir sua glândula aromática ser lambida e mordida com vontade, assim fazendo seus feromônios se espalharem cada vez mais e ser marcado com o cheiro do alfa.

  — Meu ômega, desejo marcar você! — grunhiu, aumentando suas investidas, a lubrificação do menor escorria por entre eles e Zayn não poderia ficar mais satisfeito com o prazer de seu menino.

  — Me marca. Me marca. — choramingou manhoso, produzindo ronronos chorosos e os olhinhos brilhando com lágrimas.

Ele jogou seu pescoço para trás, expondo toda pele pálida para o outro, essa que implorava por um mínimo toque. O moreno a cobriu com os lábios cheios e distribuiu ainda mais lambidas e mordidas.

  — Isso, babe... — ele derramou seu nó, ficando interligado no interior quentinho de seu namorado, enquanto sentia seu abdômen ficar quente pelo orgasmo do loiro.

  — Eu te amo. — sussurrou, deixando beijinhos nos cabelos negros cheirosos, apesar de suados.

  — Eu te amo. — sussurrou de volta, ainda respirando o cheirinho gostoso de cereja.

. . .

Agora, todos os jovens reuniam-se em seu pequeno quarto no ônibus, assistindo um filme de terror na tela gigantesca, essa que foi caríssima mas valia a pena pela qualidade, e comendo um enorme balde de pipoca.

Niall estava coladinho em seu alfa, praticamente no seu colo e escondendo o rosto no peito forte a cada mínima cena de susto. Enquanto Zayn o envolvia com os braços fortes e tatuados, contente em proteger seu pequeno ômega.

Louis estava deitado perto do amigo loiro, seus olhos grandes mal piscavam, dada a atenção na tela e sua mão mexia-se quase sozinha para pegar um punhado de pipoca e levar aos lábios. Ele amava filmes de terror, por mais que depois ficasse paranóico no escuro e precisasse dormir com algum dos outros integrantes.

Harry estava capotado, em menos de vinte minutos de filme, o alfa encaracolado já estava em um sono profundo e roncando, mas não alto demais ao ponto de atrapalhar, era fácil ignorar a respiração forte.

Liam estava no mesmo caminho que o alfa anterior, seus olhos piscavam com cansaço, foi um dia agitado para ele, sua tia que o criou estava doente e como um bom filho que era, ficou praticamente o dia inteiro em ligação com ela, desejando melhoras.

Todos estavam presos em seus mundinhos particulares e apesar das dificuldades, estavam felizes e em paz, tudo estava indo bem e ficaria bem.

O ômega loiro sentiu um aperto no ventre e, logo após, um quentinho no coração, ele ronronou e dormiu no peito de seu alfa perfeito.

• 💗 •

𝖭𝗈𝗌𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺 • 𝖹𝗂𝖺𝗅𝗅 𝖠𝖻𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora