Capítulo treze

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Zayn ficou sem fôlego quando a mão pálida de Niall encostou na sua e com suavidade ele o forçou a sair do lugar e segui-lo.

O alpha estava disperso, poderia acontecer o que fosse lá fora que ele nem notaria, a pele macia que tocava a sua tinha toda a atenção dele. Quando viu Ni pela primeira vez depois de anos, ele jura que poderia ter morrido e ido ao céu apenas por vê-lo. O cabelo na cor natural, o jeito que ele caía, o cheiro dos fios castanhos, os olhos azuis claros e brilhantes, as bochechas rosadas de timidez, o jeitinho que ele juntava os braços pela vergonha e como a voz suave e calorosa falhava quando olhava em sua direção.

Era seu ômega... seu ômega.

E então, eles pararam em frente a uma porta e quando o alpha sentiu o forte cheiro de cereja, ele soube que era o quarto de Ni, mas havia um cheiro bem característico de morango e outro que se assemelhava ao seu próprio ao fundo. Sinceramente, apesar da súbita curiosidade que o atingiu, ela foi ofuscada pelos olhos do ômega estarem de repente muito atentos aos seus.

  — Eu preciso te mostrar uma coisa muito importante... — disse, fazendo o moreno voltar a atenção consciente para ele. — N-não é uma c-coisa... você vai... você vai entender. — tremeu.

  — Ômega. — chamou lento. — Por que está tão nervoso?

O mais velho começou a ficar agitado também, os feromônios de seu companheiro estavam aumentando cada vez mais e ele só podia pensar que fizera algo errado.

  — Você não quer mais que eu te corteje? — perguntou chateado, lembrando do beijo não correspondido de minutos atrás. Sua insegurança em relação ao ex-loiro era gigantesca, sempre foi um problema que tentava superar, mas esse sentimento sempre voltava. Afinal, foi por isso que eles terminaram.

  — Eu quero! Eu quero muito! — pegou as mãos fortes do alpha e as juntou com as suas pálidas. Um bico trêmulo cresceu nos lábios finos e os olhos azuis se encheram de lágrimas. — Eu espero que o meu alpha ainda queira me cortejar depois disso...

Com um leve empurrão na porta, ela se abre, inicialmente Zayn não entende o que está acontecendo, até que seus olhos pousaram em um corpo pequeno que estava encolhido no meio da cama grande e rodeada de almofadas, roupas e pelúcias. Era um ninho. Logo, o cheiro de morango chegou e os envolveu numa onda de afeto.

Na cabeça do alpha um mantra se repetia: meu, meu, meu. Ele achou que era direcionado a Niall e não ao pequeno Lin, então desviou os olhos da coisinha frágil no ninho e focou no seu ômega.

  — Eu não estou entendendo... teve um filhote de outro homem? — perguntou afetado.

  — Zayn... — soluçou, dando um passo em falso para trás quando o maior não reconheceu o filhote por instinto.

  — Você não vai fugir de mim de novo. — pegou o braço do ômega com firmeza, tomando cuidado para não machucá-lo. — Me explique.

Niall parecia destruído, ele não conseguia completar uma frase, chorava e soluçava. Seu lindo rosto estava vermelho e molhado.

  — Ei, vem aqui. — o puxou para um abraço apertado, liberando seu cheiro mais forte em todo o ambiente.

  — Obrigado. — o acastanhado soluçou, o cheiro real do alpha no ninho improvisado deles foi perfeito, aos poucos foi se acalmando e pediu: — Olhe.

Puxou Zayn na direção do filhote deles que estava deitado de costas e respirava com calma.

  — Lin... — o ômega chamou baixinho, virando o seu neném, ele tinha um dedinho na boca e bochechinhas coradas. — Filhote...

  — Mama. — o menino falou baixinho e abriu os olhos castanhos claros.

Zayn prendeu a respiração.

  — Esse é nosso filhote. — pegou Lin no colo. — E esse é seu papa.

Então, o alpha viu o amor da sua vida segurando a  junção perfeita deles no colo.

E ele sentiu que poderia desmaiar a qualquer segundo.

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𝖭𝗈𝗌𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺 • 𝖹𝗂𝖺𝗅𝗅 𝖠𝖻𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora