Capítulo três

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Após a conversa da noite anterior com Zayn, o ômega não conseguia conter o repuxar de lábios e a sensação gostosa nas bochechas. Niall passou o dia inteirinho sorrindo.

Lou o perguntava constantemente o porquê dos risinhos bobos e sem graça que o amigo soltava de vez em quando, porém Niall respondeu que contaria quando estivessem a sós, porque queria passar o dia com os filhotes, dar atenção a eles.

  — Vamos no parquinho e depois vamos banhar de piscina! — falou animado e os dois filhotes gritaram felizes.

  — O que querem comer, pequenos? — Louis perguntou enquanto montava uma lancheira simples. — Morangos e chocolate?

  — Sim! — eles falaram juntos e levantaram os polegares minúsculos, quase matando os pais com tanta fofura.

  — E uvas verdes, papai! — Fred pediu baixinho, passando os bracinhos ao redor das penas do ômega mais velho. — E batata frita bemmm boa.

  — Sim, neném. — pegou o filho no colo e Fred lhe deu um beijinho na bochecha em agradecimento. — Quando voltarmos do parquinho, eu faço um pratão de batata para você. — tocou no narizinho de botão.

Lin vendo o amigo no colo do pai, correu em passos desajeitados em direção a Niall.

  — Fred gosta de batata mais do que você! — gargalhou, sendo acompanhado pelo amigo depois que ele entendeu a piada.

No tempo da banda, uma dos melhores passatempos deles era comprar algumas carnes, batatas e bebidas, acampar no meio do nada e se empanturrarem de churrasco. Quando Louis descobriu a gravidez da mãe de Lin, parecia que quem estava grávido era ele, pois seu apetite aumentou absurdamente e ele respondia que estava muito nervoso e comia para aliviar.

Na verdade, todos eles tiveram uma mania por causa da chegada do filhote, era normal pela ansiedade no "ninho" deles depois das visitas que a mãe do Freddie fazia.

Liam ficava extremamente preocupado com cada passo em falso que Lou dava, Harry deixou seu cabelo crescer – e quando teve seu primeiro filhote, ele literalmente raspou os fios cacheados –, Niall sentia a necessidade de estar com Tomlinson o tempo todo, às vezes eles dormiam juntos, porque o loiro queria dar carinho e amor para ele e Zayn sempre trazia alegria e ria deles...

Niall desejava saber qual mania o alfa teria com a chegada do filhote deles.

  — Mama. — chamou-lhe com os olhinhos de cachorro, do mesmo jeito que Zayn fazia, levantando os braços e apertando as mãozinhas pequenas em direção ao ômega. — Colo.

  — Oh, bebê, vem aqui... — ele se abaixou e o tomou nos braços, fazendo cócegas na barriguinha pequena e arrancando gargalhadas de seu pequeno.

  — Mama... — chamou-lhe novamente, passando uma das mãos nos cabelos do ômega com carinho e passando a bochecha pequena na dele. — Mama... — fez beicinho.

  — Sim, pequeno?

  — E o tio do avião? — perguntou corado, aparentando estar envergonhado.

O que Niall achou estranho, Lin era muito tímido e envergonhado no geral para perguntar sobre alguém, mas não parecia exatamente timidez, parecia... interesse.

  — Se tudo der certo, filhote, a gente encontra o tio Harry e ele, logo logo. — contou baixinho e nervoso.

  — Oh! — exalou animado. — o tio Hazz vem com meus priminhos? — piscou os olhinhos cor de mel.

  — Espero que sim... — apertou a bochecha gordinha. — Faz tempo que não vemos o filhote dele e o novo filhote está no forninho ainda, Lin.

  — Ahh... espero que seja uma menina, mamãe, quero proteger minha priminha! — estufou o peito e sorriu.

  — Tenho certeza que você vai proteger, bebê. — deu-lhe um beijinho.

. . .

  — Meninos... devagar! — chamou a atenção dos filhotes acelerados, eles iam no escorregador e desciam com rapidez.

  — Filhotes, cuidado!

Os dois pequenos acenaram e começaram outra brincadeira, Fred tocou no braço de Lin e começou a correr, gritando:

"Tá com você!!"

Os ômegas mais velhos conversavam no banco da praça enquanto comiam, mas sempre de olho nas crianças. Tomlinson aproveitou o momento para questionar o amigo sobre Zayn, porque eles estavam sozinhos e Niall ficava mais linguarudo quando estava relaxado.

  — Você mandou mensagem, não é?

  — Mandei... — as bochechas redondas dele ficaram rubras e seus dedos brincavam uns com os outros em timidez.

  — E pelo seu sorriso... — comentou dando uma gargalhada de sabedoria. — Ele continua apaixonado por você. — adivinhou.

  — Lou... não fala isso. — resmungou envergonhado e esperançoso. — Não tem como sabermos disso...

  — Aposto que na primeira abertura que você deu a ele... — apontou para o ômega mais novo. — Ele se declarou!

  — Para... — sussurrou mais envergonhado, suas bochechas ardiam com fervor.

  — Não sou bobo e conheço o Zayn. — balançou a cabeça em satisfação, mordendo o lanche saudável que fizera para os menores. — Sobre o que conversaram? — perguntou com a boca cheia.

  — Nada muito concreto no início, apenas conversas de elevador. — brincou. — Mas depois... eu disse a ele que gostaria de ter contato novamente. — pausou, a lembrança tomando todo o espaço em sua cabeça e sorriu. — Ele disse que também, então... bem, você sabe...

  — Não sei, não.

  — Ele basicamente, supôs que queria dividir o ninho dele comigo e-

  — O quê?! — exasperou, os olhos azuis se abrindo em surpresa, logo um sorriso surgiu em seus lábios finos. — E o que mais?

  — Bem, nós combinamos de nos encontrarmos. Todos nós. — acrescentou. — Ele vai conversar com o Hazz e fazer um grupo para a gente combinar tudo.

Ficaram um tempo calados e observando os meninos correndo, até Louis dizer:

  — E porquê eu sinto que está faltando algo nessa história, hun? — arqueou a sobrancelha redonda, sorrindo irônico. — Você foi ciumento, não é?

  — Às vezes eu queria que você não me conhecesse tão bem! — bufou e revirou os olhos. — Meu lobo ficou com ciúmes... — corrigiu. — E perguntou sobre a Penelope, mas Zayn explicou que eles não são parceiros.

  — Hunrum.

  — Entre outras coisas, mas prefiro guardar para mim. Sinto que se contar a você, nossa conversa deixa de ser... — sua fala foi diminuindo e um aperto cresceu em seu peito.

  — Especial?

Depois de alguns minutos, Niall respondeu trêmulo:

  — Real, Lou. Faz tanto tempo e eu quero ter certeza que isso aconteceu. — suas orbes azuis ficaram aguadas.

  — Tudo bem, eu entendo. — pausou e o abraçou com leveza. — Agora, vamos brincar com nossos filhotes, antes que eu coma tudo sozinho!

Rindo, Louis o puxou pelo braço, eles tropeçaram e caíram no chão, algumas pessoas olharam torto para eles, mas seus filhos gargalharam e jogaram-se em cima deles.

O que importava para eles era a felicidade de seus pequenos, eles eram pais incríveis e ninguém podia negar.

Ele era uma mãe incrível e o alfa iria ver que ele se esforçou muito para cuidar do filhote deles.

Do filhote deles.

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𝖭𝗈𝗌𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺 • 𝖹𝗂𝖺𝗅𝗅 𝖠𝖻𝗈 Onde histórias criam vida. Descubra agora