𝖭𝗈𝗌𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺 • 𝖹𝗂𝖺𝗅𝗅 𝖠𝖻𝗈

Capítulo quatorze

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O alpha sentiu os joelhos formigar e tremer, suas mãos fracas buscaram algum apoio mas não tinha nada perto para segurá-lo.

  — Zayn... — o ômega chamou, notando a confusão. Ele levou a mão livre em direção do homem e o ajudou a chegar mais perto da cama. — Sente-se aqui... isso.

As orbes castanhas-amareladas fitaram o pequeno garoto, Lin, que tinha os olhos, cílios e o nariz, iguais aos seus. Seu rosto era redondinho, com a boca, as sobrancelhas e bochechas como as da mãe. Então havia uma mistura impecável dos dois, os fios lisos e cheios do cabelo castanho, a cor da pele e a aparente timidez.

Os dois encararam o alpha que parecia sem fôlego de volta, após alguns segundos Lin escondeu o rostinho na curva do pescoço da mãe, envergonhado e com medo.

  — Ma-ma... — choramingou e fungou o cheiro dele.

  — Está tudo bem, neném. — liberou feromônios para acalmar o filho e o beijou nos fios castanhos.

Eles ficaram em silêncio e os adultos se olharam, com uma mistura gigantesca de frustração e esperança. Lin ainda estava encolhido, Ni sabia que era um estresse para o garoto e começou a fazer um cafuné, ronronando, o filhote foi amolecendo ao carinho. O ômega teve uma ideia e sorriu.

Com carinho pegou a pequena mão do filhote, passou o dedo na palma e colocou seu cheiro ali, estendeu o bracinho dele até chegar perto de Zayn, que, hesitantemente, fez o mesmo com rapidez para não assustá-lo.

  — Você não quer tentar cheirar? — sussurrou para Lin, que observou os movimentos anteriores apenas com um olho, já que ele tirou apenas metade do rosto do pescoço da mãe.

  — Mamãe... — chorou fraco, ainda envergonhado e olhou para a própria mão, abrindo e fechando com curiosidade.

Zayn, que perdera a voz, apenas acompanhou tudo como um espectador. Lin levou a palma para o nariz pontudinho e cheirou.

  — Ninho. Lar. — falou, levando o cheiro para o nariz de Niall que acenou contente.

  — Sim, moranguinho. — sorriu. — Você não quer que o papa sinta o cheiro também?

Mordendo o lábio com os dentinhos, Lin estende a mão, logo voltando a esconder o rosto. Niall balançou a cabeça em incentivo, o alpha pegou a palma e aproximou o nariz... o cheiro dos três juntos. Cereja, morango e floresta.

É perfeito. Meu ômega. Meu filhote. Meu ninho. Meu. Meu. Meu.

Zayn levantou, sentindo-se extasiado, ele nunca se sentiu tão bem e tranquilo na vida como naquele momento. Bom, seguro, casa.

  — Minha família. — abraçou os dois juntos e beijou a testa do ômega com gratidão.

  — Nossa família, querido. — lhe deu um selinho lento.

O alpha sentiu uma mãozinha puxando sua camisa, ele olhou para baixo e viu seu filhote com uma carranca e biquinho.

  — Ei, não beije a mama! 

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