𝖭𝗈𝗌𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺 • 𝖹𝗂𝖺𝗅𝗅 𝖠𝖻𝗈

Capítulo nove

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  — Ai, meu deus... — o ômega sussurrou do nada.

  — Ni, se acalma! — Lou ri dele.

Ele limpou as mãos pálidas nas coxas, as palmas soando muito.

  — Amigo, sério. — continuou rindo.

  — Para, Lou! — choramingou enquanto temperava o frango.

  — É só o Zayn...

Niall fitou o fundo da panela, repassando as falas que havia pensado antes de dormir durante dois dias seguidos, essas que ele falaria para o alfa.

Ele já havia planejado tudo:

1- Zayn e Harry chegariam.
2- Ele irá dizer Oi.
3- Ele irá abraçar Harry e, se deus quiser, Zayn.
4- Eles almoçariam enquanto colocavam o papo em dia.
5- Ele faria questão de dizer que fora ele quem preparou o frango delicioso que comeriam.

6- Eles assistiriam um filme; Scarface, o favorito do alfa - se ainda for.
7- Ele se sentaria ao lado de Zayn.
8- Após Louis ficar vidrado com o filme e Hazz dormir, eles sairiam da sala e iriam conversar sozinhos.
9- Eles conversariam e Zayn iria conhecer Lin.
10- Onde Fred e Lin iriam ficar?

  — Eu estou surtando, Lou, surtando... — murmurou e sua rosto se contorceu numa careta.

  — Eu posso deixar os meninos com a Jane, ela não se importaria. — deu de ombros.

  — Não... tudo bem... — suspirou, mexendo os alimentos. — Estou ansioso, apenas. Isso tem que acontecer.

  — Eu sei, mas Harry e eu vamos estar aqui com você, não se preocupe tanto. — Lou lhe abraçou de lado com carinho.

  — Obrigado. Te amo. — respondeu emocionado.

  — Eu te amo também, bobo. — sorriu.

. . .

  — Filhote? — chamou.

Lin levantou a cabeça e olhou com as obres mel atentas para o ômega, aos pouquinhos um sorriso tímido foi crescendo nos lábios miúdos dele.

  — Porque está me observando, mama? — as bochechinhas ficaram vermelhas.

  — Porque eu tenho o filhote mais lindo do mundo! — sorriu, indo para a sua cama, onde Lin estava.

O pequeno começou a dormir com ele, era o mais próximo do ninho deles e ultimamente Lin estava muito emocional, choramingando por tudo e sendo um lobinho bebê. Sabia que as emoções dos filhotes – mesmo na barriga – eram influenciadas por suas mães, ele estava muito ansioso com a chegada do alfa e Lin sentia, por isso queria ficar grudado nele o tempo todo.

  — Mamãe... — pulou em seu colo e escondeu o rosto no pescoço do ômega, envergonhado.

  — Meu neném fofo! — apertou a bochecha gordinha com a ponta dos dedos e acariciou.

  — Humm... - gemeu baixinho, a ponta do nariz na glândula de cheiro. — Estou com tanto sono...

  — Mmm, já vi isso antes. — ele deu uma risada amorosa.

Quando Lin ficava sentimental e molinho, ele praticamente hibernava, fazia sentido sua reação com o comportamento ansioso da mãe.

  — Pode dormir, filho, eu estou aqui.

. . .

Niall fazia carinho nos fios castanhos escuros do menino, eles estavam enrolando na ponta, os deixando ainda mais bonitos. Seu lindo filhote.

Ele passou tanto tempo observando o seu pequeno Lin que nem percebeu o tempo se passando, a sensação do amor, do ninho e do cheiro de floresta no fundo era bom demais para não divagar.

Então, um Louis afobado abriu a porta e falou:

  — Eles estão aqui!

Os olhos azuis de Niall fora para ele, com as sobrancelhas arqueadas.

  — O que?

Percebendo que Lin estava dormindo, Lou disse mais baixo:

  — Eles estão aqui, já entraram no condomínio.

  — Oh meu deus! - exasperou baixinho. — Eu nem tomei banho ainda, meu deus, meu deus...

A campainha tocou e os amigos se olharam com as orbes arregaladas.

  — Se apresse que eu enrolo eles! Vai!

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