PESADELO

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Adelaide Santos

Pego meu celular que tem várias ligações de minhas irmãs então fico preocupada e retorno imediatamente.

-- Alô pati oque houve porque me ligaram tantas vezes eu estava ocupada não tinha como atender. - digo rápido.

-- Adel é o papai ele está internado e o médico disse que ele não tem chances de se recuperar. - ela fala chorando e eu fico em choque.

-- Eu estou indo pra ir. - digo e desligo o celular.

Pego minha bolsa e vou para o escritório assim que chego lá entro sem ser anunciada e vou direto para a sala de Vicent.

Abro a porta e vejo Beatriz quase esfregando o decote em Vicent quando eles me vêem eles se surpreendem.

-- Oque está fazendo aqui? - Vicent me pergunta e noto que já voltou a ser o imbecil de antes.

-- Preciso falar em particular com você.- digo e Beatriz pega uns papéis e sai da sala.

-- Agora quer conversar pois saiba que eu não quero e eu não vou mais cair nos seus encantos Adelaide você é igual a todas não serve para nada apenas pensa no dinheiro. - ele diz ríspido e tento segurar as lágrimas.

-- Vem cá você acha mesmo que eu vim aqui pra pedir algo ou falar desse contato fique sabendo que o mundo não gira em torno de você senhor Bloch e eu só vim aqui lhe comunicar que estou indo para o Brasil ainda hoje. - digo no mesmo tom de voz que ele.

-- Não vai mesmo meu pai vai fazer a cerimônia de posse em alguns dias e você tem que está ao meu lado pois já basta a desfeita que fez na festa do casamento. - ele fala grosso.

-- Que casamento Vicent, não existe casamento oque existe é você me obrigando a fazer oque você quer e me manipulando como uma marionete sem contar que mal esperou a festa acabar e já estava com outra.

-- Você é uma petulante e tola se achou que eu sentia algo por você está enganada você seria mais uma distração para mim como todas são e não passaria disso.

-- Ótimo Vicent não se preocupe eu ficarei longe de você mais como temos um contrato e eu não posso ir presa agora eu tenho que ir ao Brasil é um caso de vida ou morte. - eu falo e dou as costas para ele saindo de sua sala sem dar chances dele falar nada.

Volto para casa faço uma mala pequena e vou para o aeroporto, embarco no primeiro avião que vai para o Brasil.

Algumas horas depois aterrisso no rio de janeiro, saio do aeroporto pego um taxi e vou para casa.

Assim que chego encontro Cristina com as crianças.

-- Tia adel que bom que você veio trouxe presentes para mim.- João o mais velho pergunta.

-- Meu amor a tia promete que vai compra vários presentes para vocês três. - digo isso e abraço os três assim que chego perto de Cris ela me abraça e chora no meu ombro.

-- Que bom que veio Adel não sabemos oque fazer. - ela diz.

-- calma agora me diga onde o pai está e a Patrícia.

-- eles estão na santa casa.
Me despeço dela e vou para o hospital, chego na recepção e demora uns minutos para ser atendida e então assim que a moça me fala que meu pai está no corredor leste eu sigo para lá.

O encontro deitado em um corredor com a Patrícia ao lado chorando.

-- Pati porque ele está assim em um corredor? - eu pergunto olhando volta.

-- Que bom que você veio Adel , ele está aqui porque teve um infarte e como não tem leitos suficiente eles deixaram ele aqui como um qualquer. - ela fala entre soluços.

-- não se preocupe Pati eu vou resolver tudo. - digo e vou para a recepção peço para falar com o diretor e logo sou atendida então falo que vou tranferir meu pai para um hospital melhor.

Assim que ligo para o hospital do coração eles mandam uma ambulância para levarem meu pai. Eu e Pati vamos de táxi e assim que chegamos papai já está sendo atendido por o melhor cardiologista do estado.

Esperamos um pouco e o médico aparece para falar conosco.

-- Bom dia vocês são a família de Paulo Santos?. - o médico me pergunta.

-- sim somos. - eu e Pati falamos em conjunto.

-- A situação do seu pai não está nada bem e por mais que eu tente não temos muito oque fazer infelizmente só podemos esperar. - ele diz e Pati me abraça chorando junto comigo.

-- podemos ver ele doutor? - pergunto entre soluços.

- sim pode me acompanhem - ele diz e nos leva até o quarto que meu pai está.

Entramos e quando vejo meu pai ligado naquelas máquinas eu me sinto culpada pois estava vivendo em uma mansão enquanto eles sofriam aqui, choro por cima do meu paí e logo ouvimos um som agudo vindo da máquina e eu sei oque significa.

Corro para chamar o médico mais quando eles chegam e fazem a ressuscitação é tarde demais.

Eu e Patrícia choramos tudo que podíamos e a dor tomava conta de mim cada vez mais.

Saímos do hospital e eu liguei para a funerária para fazer todo o procedimento.

-- Adel não temos dinheiro para pagar tudo isso que vamos fazer.

-- não se preocupe irmã eu vou dar um jeito e depois explico tudo .

O velório acontece no dia seguinte e não tinha muita gente apenas as filhas e netos e alguns amigos.

Voltamos para a casa desoladas e as crianças tristes. Depois de darmos banho nas três crianças colocamos eles para dormi e se reunimos as três na mesa da cozinha.

Amor por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora