PASSADO MARCADO

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Vicent Bloch

-- Adel querida por favor me escute. - falo tentando fazer ela me olhar.

-- Agora eu sou "querida" ? Me poupe do seu fingimento não tem ninguém vendo. - ela fala e senta na cama ainda de braços cruzados.

-- Vou te contar como eu conheci a Carmem apenas ouça e depôs eu vou te deixar em paz.

Ela me olha com aqueles lindos olhos que uma hora é verde e outra amarelo e vejo que está tentando segurar as lágrimas.

-- Eu conheci Carmem no primário, assim que vi aquela menina ruiva com sardas me encantei, lembro que levava flores para ela e ela sempre beijava minha bochecha, então ela passou a frequentar minha casa e como ela era de uma classe inferior e eu falava para todos que um dia iria casar com ela meus pais resolveram pagar para ela estudar junto comigo na mesma escola, eu adorei a ideia de início, então passamos pela faze do primário e crescemos juntos com nosso namoro de criança, pra mim só existia ela e realmente eu não tinha mais nenhum outro amiguinho. - digo me lembrando da época e olhando para a parede branca do quarto de Adel.

-- Quando se tornamos adolescentes logo ela ficou popular por ser a menina mais bonita da escola todos queriam namorar com ela mais eu era o sortudo que chegava e saia com ela em todos os lugares, mais como toda adolescência não é fácil, enquanto Carmem era popular eu era o menino esquisito da escola, usava óculos , tinha aparelho sem contar nas espinhas que tinha em todo meu rosto, então não fazia muita lógica a menina mais popular e linda da escola sair com um nerd magrelo e cheio de espinha, então começamos a não ser vistos juntos pois Carmem dizia que era melhor assim, eu bobo acreditada enquanto mia que a essa altura não era mais amiga de Carmem falava que eu era um idiota de deixar ela pisar em mim assim.

-- Mia tem quantos anos? - Adel pergunta.

-- não diga que eu disse mais somos apenas dois anos deferentes.- digo sorrindo pra ela que me olha ainda segurando suas expressões.

-- Continuando, depois fomos para a faculdade e eu pedi para que meu pai ainda pagasse para ela pois não queria ficar longe dela nem um momento e assim foi, as minhas espinhas tinham melhorado mais os óculos e a magreza não sem contar no aparelho, então quando nus formamos eu resolvi pedir a mão de Carmem em casamento na nossa festa de formatura, no dia da festa eu procurei ela por todo o lado e não encontrava até ir para a arquibancada do ginásio e acabei ouvindo uns sons estranho e o nome de Carmem ser chamado em sussurro, foi quando segui o som e lá estava Carmem trasando com outro cara embaixo da arquibancada, eu fiquei furioso e meu mundo caiu ali então eu vi quem ela era de verdade, descobri que ela já tinha ido pra cama com todos os garotos e garotas da escola e da faculdade, depois descobri que ela só me usava para fazer suas lições e que o dinheiro que meu paí pagava para a escola ela gastava com bobagens e ainda transava com o diretor que foi seu cúmplice, naquele dia eu jurei nunca mais amar nenhuma mulher na vida e tinha continuado assim se uma certa brasileira não tivesse entrado em meu escritório alguns meses atrás.

-- Eu sinto muito por ela ter lhe enganado assim, mais você não pode julgar a todos por igual. - ela diz me olhando.

-- hoje eu sei disso Adel mais a dez anos atrás estava magoado e frágil, mudei minha aparência e no fim acabei me acostumando ao ritmo que tinha antes de lhe conhecer.

-- Por isso você malha tanto , e também é por isso que Mia vive lhe chamando de nerd espinhento.

-- Na adolescência eu ficava uma fera com isso, era o motivo de muitas das nossas brigas mais agora eu não ligo mais tanto assim.

-- Vicent eu te entendo mais muita coisa aconteceu e eu não estou pronta ainda para voltar me de um tempo para colocar tudo em ordem e assim que eu estiver pronta eu voltarei e cumprirei meu contrato.

-- Adel você não ouviu oque eu falei, eu não sei oque sinto por você, só sei que seu perfume é o melhor de todos e que eu só consigo dormi bem quando estou ao seu lado, sei que você é uma ótima cozinheira, é uma mulher guerreira e incrível em tantas formas que eu não consigo expressar, e sobre o contrato fique tranquila eu não vou lhe colocar na cadeia muito menos cobrar multa nenhuma a parti de agora você está livre do contrato Adel. - digo e ela me olha surpresa ela fica em pé em minha frente e me abraça me fazendo inspirar seu cheiro.

-- Obrigada Vicent eu sou muita grata por tudo que fez por mim apesar de tudo.- ela diz ainda me abraçando.

Então ela corta nosso abraço mais ainda fica próximo a mim e sem esperar muito ela me beija, lento calmo com todo sentimento que existe entre nois.

Depois que cessamos ela me olha e eu sei que ela precisa pensar.

-- Não precisa falar eu vou voltar para casa e lhe dar tempo seja qual for sua decisão eu vou aceitar. - digo e lhe beijo novamente mais dessa vez um beijo cheio de desejo e fogo.

Paramos para buscar ar e ela me olha deixando uma lágrima escapar, então me afasto e solto sua mão saindo do quarto e voltando para o aeroporto.

Amor por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora