Vampiros que se mordam!

01 - Amante tem lar sim! O xilindró.

Chou Tzuyu era falada por todos e todas naquela cidade em que viviam e junto da mulher havia suas duas melhores amigas, Kim Dahyun e Son Chaeyoung, as três mulheres eram conhecidas pela forma em que sempre tinham coisas para vender, mesmo Tzuyu tendo uma trabalho informal pela região, todos sabiam que elas eram as melhores ladras de lá por nunca ficarem sem nada de diferente para oferecer para as pessoas que frequentavam a feira no centro da cidade, mas nunca ninguém havia falado diretamente para elas, então como nunca haviam sido pegas em flagrante, nunca foram presas por furto.

As três mulheres navegavam entre as cidades, eram viajantes natas, mas sempre retornavam para aquela cidade em que cresceram, elas não tinham seus pais desde a adolescência e as três cuidavam de entre si, eram família e família significa nunca esquecer ou abandonar, independente do que acontecesse, elas tinham esse juramento e fariam de tudo uma pela outra, até mesmo diante a morte.

Depois de uma viagem de 2 semanas, as três mulheres estavam organizando sua pequena bancada no centro da cidade, onde ficaram para vender os pertences que conseguiram na última viagem em uma cidade próxima, elas sempre escolhiam por furtar as cidades ao redor e não fazerem onde residiam, por respeito a grande quantidade de família em vulnerabilidade que morava por ali. 

A cidade era dividida claramente por classes sociais, existiam bairros mais nobres como também bairros muito pobres, mesmo sendo uma cidade mediana e com tecnologia em desenvolvimento, era um país que ficava atrás do restante do mundo em questão de evolução social de seus habitantes.

Na banca de venda das mulheres, havia de tudo, desde quadros famosos, perfumes, roupas de grife, jóias, poções que Dahyun jurava de pé junto que eram milagrosas, mesmo ela sabendo que não era verdade, ela era bem trambiqueira nesse sentido.

As mulheres da cidade sempre compravam as misturas que eram feitas com álcool e alguma flor aromática da região em que passavam, Dahyun sempre tinha uma com aroma diferenciado da anterior, todas as pessoas dali pareciam acreditar muito em misticismo, religião, bruxaria e uma grande parte do folclore construído sobre a cidade durante anos, mesmo com o grande avanço tecnológico com o crescimento de automóveis na cidade, produções industriais, algumas leis governamentais e estilo de vida, ainda as crenças construídas através dos anos eram muito presentes por ali.

Era comum sempre falarem sobre como os monstros andavam entre eles e algumas mulheres juravam por qualquer força superior existente que a poção de Dahyun era mágica porque "ela era uma bruxa" e claro, a Kim aproveitava disso, mesmo o único segredo sendo a mistura de álcool com uma substância psicoativa mas para aquelas pessoas que foram criadas de uma maneira muito conservadora, com questões de religiosidade e uma cultura mitológica muito grande, acreditavam.

Para as Robin Hood de saia? Bobagem, elas não acreditavam em nada que não pudessem ver, cresceram tendo que se virar para conseguirem se manter, a vida ensinou elas muito cedo sobre quem são os verdadeiros monstros. As histórias sobre ceifadores, objetos inanimados, maldições de bruxas e brigas entre vampiros e lobos? Sereias com vozes tão lindas capaz de matar ou até mesmo fadas com poderes? Anjos que andavam pela terra ou pessoas prevendo o futuro?

Era tudo história para criança dormir. Não fazia sentido existir esse tipo de criatura, na percepção das três mulheres, até as entidades teriam coisa melhor para fazer do que ficar vagando pela cidade, que era tão sem graça aos seus olhos. Como poderia de fato existir uma entidade que bebesse sangue? Ou alguém com poder de controlar a natureza? Até mesmo as histórias sobre ceifadores marinhos beiravam a loucura na concepção das ladras e muitas vezes quando algum conhecido vinham com essa conversa, elas mandavam procurar terapia porque só podia ser patologia! Entenda, elas realmente não acreditavam em nada disso.