31 - Se o Pinóquio existisse, seu nome seria Dahyun.

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- Quem de vocês duas vai contar para elas? – Jeongyeon falou enquanto estava apoiada em uma mesa na biblioteca. – Vai ser um assunto delicado e intenso.

- Eu acho que elas já sabem das condições. – Nayeon respondeu enquanto andava de um lado para o outro. – A questão é como elas irão reagir, vocês conhecem bem as três, elas nunca se separaram.

- Eu sei. – Jihyo falou. – Acho que devemos contar para elas de maneira separada. Essa é uma consequência de capturar o anjo, vocês sabem, eles podem querer se vingar das que estiverem presentes.

- Você não vai junto com a gente quando formos fazer o ritual. – Jeongyeon falou.

- Por que não?

- Hyo, da última vez você foi capturada e torturada, nós não iremos te colocar nisso novamente, fomos atrás de você apenas para que nos ensinasse como fazer isso.

- Vocês duas tem uma filha em desenvolvimento e vão estar lá. – Ela disse séria enquanto cruzava os braços.

- Exatamente por isso, nós podemos nos proteger e proteger Jin depois disso, não corremos riscos e se algo acontecer conosco, queremos que você cuide dela.

- Eu não concordo.

- Existe muitas coisas que ninguém concorda, Jihyo. – Nayeon falou séria. – Essa é a condição. Eu irei fazer o ritual e capturar o anjo para curar Mina. Não tem como dar errado, visto que o anjo será o protetor de Chaeyoung e elas estão conectadas. Depois disso eu irei lançar um feitiço de proteção nas duas.

- Dahyun não vai concordar com isso e muito menos a Momo. – Jihyo respondeu. – Dessa vez não estamos lidando apenas com as vampiras, tem a confusão com as humanas junto.

- Dahyun fará qualquer coisa para proteger Chaeyoung. Mesmo que isso seja que elas nunca mais poderão se ver. – Jeongyeon falou enquanto segurava sua esposa para ela parar de andar. – Você está se sentindo ansiosa, amor?

- Eu estou preocupada.

- Vai dar tudo certo. Só precisamos explicar para elas que depois que Mina for transformada em humana elas precisarão se afastar de nós por um tempo. Se todas permanecerem juntas serão mais fáceis de receberem castigo divinos.

- Jihyo, seu povo não tem mais o que fazer não? – Nayeon se sentia brava. Ela odiava ter que lidar com isso porque sabia muito bem como Momo iria se sentir péssima com essa condição, ela queria poder resolver tudo para que todas pudessem continuar próximas e felizes.

- Nay, nós iremos capturar um deles. Ninguém faz isso com boa intenção e por mais que não iremos fazer nada de ruim contra o anjo, eles não irão se importar se as intenções são as melhores ou não. Elas precisarão de proteção e não podem correr o risco de ficarem perto de criaturas que chamam a atenção. Esse é o preço a ser pago, nenhum ritual grande como esse vem de graça, você como uma bruxa de linhagem ancestral sabe. Também estou preocupada com elas, mas precisaremos fazer isso, Mina merece isso.

Jihyo entregou um desenho feito em uma folha para Nayeon. Eram três triângulos equiláteros, um no centro e dois menores um de cada lado na mesma altura. Com um círculo na ponta e um desenho de uma mulher no meio do triangulo.

- Esse é o desenho, mas palavras você já sabe. Vou falar com a Sana, vamos dar uma volta na floresta e acho que é o momento exato para essa conversa e tranquilizá-la.

- Certo. Dahyun irá até a cidade com Tzuyu para verificarem o perímetro da igreja para a invasão, elas são muito profissionais nesse quesito. – Nayeon guardou o desenho em seu bolso e se virou para prestar atenção em sua esposa e Jihyo.

Vampiros que se mordam!Onde histórias criam vida. Descubra agora