24 - S de coluna e não de Sana.

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Era por volta de 4h quando chegaram no prédio. Não estava sujo, era um lugar aconchegante, o único problema era que era bem pequeno perto do que Sana estava acostumada a viver.

Era o típico apartamento coreano, sala e cozinha eram juntos em um cômodo, banheiro e quarto em outro. O único problema é que só tinha um quarto. Elas colocaram as roupas no guarda-roupa que havia ali, as duas se estabeleceram bem. A vampira mais velha deixou uma bolsa de sangue para Tzuyu enquanto colocava um whisky de sua garrafa favorita que tinha levado escondido para beber.

Como Tzuyu gostava daquele sabor. Era delicioso poder beber aquilo e não tomar aquele sangue animal sem gosto. Agora ela se sentia mais livre, ela sabia que não precisava falar muito sobre isso com Sana porque ela entendia.

A japonesa bebericava enquanto observava Tzuyu beber toda aquela quantidade de sangue em pouco tempo. Ela esperou pacientemente até que a outra acabasse.

O silêncio entre elas era estranho.

Uma gota de sangue escorreu pela boca de Chou e a outra vampira encarou aquilo por tempo suficiente para achar no mínimo erótico.

- Vai ficar parada me olhando até quando? - Ela perguntou. - Tá beirando a esquisitice já.

- Não estou te olhando. - A japonesa bebeu o resto de do whisky, deixando o copo em cima da pia e indo direto para o quarto. O gato cinza adormecia tranquilamente sobre o sofá.

Ela fechou todas as janelas da casa para que não adentrasse nenhum raio solar e se deitou para dormir. Acreditava que a outra mulher iria ser teimosa o suficiente para dormir no sofá, então poderia deitar tranquilamente para poder descansar.

De fato, ela estava certa, quando ouviu o barulho da televisão vindo do outro cômodo. Tzuyu preferiu assim, queria que sua cabeça ficasse silenciosa dos pensamentos de Sana. Ela ficou com o gato sobre sua barriga enquanto assistia um programa aleatório até adormecer.

[...]

Jihyo e Chaeyoung haviam se dado muito bem, diferente das farpas trocadas com Dahyun no dia anterior. Agora pela manhã as duas haviam descoberto um hábito em comum que agradava. Elas estavam sentadas no jardim, com a sola do pé encostada uma na outra enquanto meditavam agradecendo o nascimento do sol.

Elas permaneceram ali por cerca de 30 minutos, depois foram conversando preparar o café da manhã para as outras mulheres. Chaeyoung era curiosa, então enchia o anjo de questionamentos sobre sua existência.

- E agora você é mortal? - Ela perguntou sem nem perceber que poderia ser um assunto desconfortável para a outra.

- Acredito que sim, não tentei morrer para saber, como quebrei meu braço em vários lugares e não me curei rapidamente então isso já é um indicativo. - Jihyo não podia ajudar muito por causa de só ter um braço bom, Jeongyeon estava preparando um medicamento para curar o braço. - Você gostaria? De imortalidade?

- Não. - Chaeyoung respondeu segura de si. Era uma certeza que tinha. - Mesmo agora conhecendo seres imortais, para mim não é atrativo. Quero poder passar por esse ciclo de maneira tranquila, envelhecer como alguém comum.

- É uma certeza muito digna. Nos meus milhares de anos, encontrei muitas pessoas que matariam pela imortalidade, ver alguém falando com tanta convicção assim é bem legal.

A meia vampira havia chegado no meio da conversa e escutou parte dela. Ela deixou um beijo sobre a cabeça de Jihyo e caminhou até Chaeyoung dando um beijo casto em sua bochecha.

Aquilo havia se tornado comum entre elas, Mina mesmo sendo tímida tinha uma parte muito dominadora e sensual naturalmente, ela era muito afetuosa, passava muito tempo junto com Chaeyoung, mesmo estando com as outras pessoas na casa, ainda sempre gostava de estar perto da humana. Cada vez mais sentia que a qualquer momento lascaria um beijo bem dado nela, aquilo já era além da ligação que existia entre elas por causa da mordida.

Vampiros que se mordam!Onde histórias criam vida. Descubra agora