21 - Qual vai ser o próximo? Uma experiência de quase morte?

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Minatozaki Sana POV

O que eu poderia ter feito? Conhecendo Tzuyu, se eu usasse meu poder nela para lhe acalmar, seria estupidamente pior. Porque ela se afastaria quando soubesse e eu particularmente não quero lidar com esse tipo de drama.

Eu tentei chamar ela, fazer com que ela focasse em mim ou em outra coisa para que conseguisse focar, Mina esporadicamente lidava com essas crises, principalmente sempre que acordava, mas uma técnica usada por uma pessoa, pode não funcionar com outra e com ela naquele momento nada funcionava, ela precisava focar e tentar se acalmar, com o surto eu lido depois.

Foi apenas um encostar de lábios um pouco demorado, não teve nada além disso. Ainda assim, eu pude sentir a maciez de sua boca, as minhas mãos ainda estão em seu rosto e a sua pele é tão delicada e suave, é mais agradável do que eu imaginei que seria. Eu gostaria de saber como de fato seria sentir seus lábios em um momento mais oportuno.

Me afasto dela esperando seu surto.

Sua respiração está controlada, eu consigo ver pela minha super visão o quanto ela parece assustada.

- Por que... Por quê você fez isso? - Ela me perguntou como um sussurro. Parecia confusa, não identifiquei raiva em sua voz.

- Prender a respiração pode ser funcional para perceber que você está no controle dela, então por isso eu te beijei.

- É, você me beijou. - Eu pude perceber que ela ainda me olhava com confusão e sofrimento em seus olhos. - Esse lugar me despertou gatilhos e ficar aqui desse jeito não está sendo a melhor coisa para mim.

Tzuyu tomou uma atitude que foi um pouco inesperada para nós duas, mas acredito que esse momento seja sensível para ela, ela abaixa sua cabeça encostando no meu ombro e descansando ali, seu cansaço é nítido.

- Eu posso usar meu poder em você, se você quiser. Posso dizer que você está calma e esse lugar é seguro, eu não usarei sem consentimento, ok? - Sugeri gentilmente e levei minha mão até o seu cabelo e comecei um carinho leve, tentando acalma-la, é tão sedoso e macio. Espero que essa atitude não piore tudo. É estranho como eu quero que ela se sinta melhor. Se fosse outra pessoa, talvez eu apenas deixaria virar janta de lobo.

- Podemos conversar? Não quero que você o faça, prefiro tentar outras possibilidades, a ideia de não ter controle sobre isso é assustadora.

- Claro, você quer falar sobre o que disparou isso? - Senti que ela estava respirando fundo, como se tentasse ter certeza que estava respirando.

- Quando viemos para Coreia e eu perdi minha família, eu passei dias presa em uma embarcação escondida em um armário, fechado e pequeno. Eu não tinha ninguém e tinha perdido tudo... Essa experiência nessa gruta, me trouxe a mesma sensação, Sana. - Ela parou um instante. - Como se eu estivesse presa de novo e sozinha, só que dessa vez não tinha minhas amigas para me salvar.

- Eu estou aqui, Tzuyu. Você não está sozinha, eu não te deixaria sozinha nessa floresta, é perigoso até para alguém que já foi presa. - Tento descontrair com a ultima frase enquanto me permito acariciar a extensão de seu cabelo até suas costas e repetindo até que ela se sinta confortável. Não há malícia ou coisa do tipo, eu apenas quero que ela se sinta segura comigo.

É estranho, porque horas atrás nós estávamos brigando e sendo bem sincera, eu me divirto com esse joguinho de gato e rato. É no mínimo prazeroso, eu sempre tenho todas mulheres que eu quero aos meus pés. Isso é uma das glórias de ter nascido extremamente linda, atraente e depois da transformação ter me tornado mais sexy do que eu já era.

Vampiros que se mordam!Onde histórias criam vida. Descubra agora