Vampiros que se mordam!

23 - 48 horas antes.

Hirai Momo corria pela floresta com sua camisa rasgada e um machucado no braço enquanto tinha dois lobos a seu alcance, ela sabia que uma delas estava mais devagar devido a mordida que ela deu na perna da segunda loba, mas ela precisava despistar e fazer com que elas se cansassem de alguma forma. Sua camisa estava em pedaços mas Momo se sentia ótima. Ela tinha um plano e ele seria realizado, no final dessa noite de lua cheia, as coisas estariam completamente diferente, mesmo que de alguma forma, os arranhados em seus braços causados por Yun doía, mas era ate que suportável, com certeza ela não era a pior das três. Então, a vampira continuou correndo até o ponto que precisava, com as duas ao seu alcance. 

- Nossa, achei que lobos pudessem ser mais rápidos! - Ela ousou dizer. Para alguém introvertido como a vampira, a adrenalina lhe fazia se sentir de outra forma, era um sentimento que não sentia há anos, particularmente, ela sentia falta disso. - Então a música do cavalo manco era para vocês duas? 

Ela corria em alta velocidade entre ás árvores, lobos eram ótimos a noite, mas elas haviam esquecido que vampiros também e hoje a janta seria churrasco de lobo grelhado. 

48 horas antes.

Todas estavam apreensivas. Tzuyu estava sentada na sala enquanto bebericava um copo de sangue animal como se fosse uma xícara de chá. Ela se sentia exausta pela quantidade de informações que recebia em seu cérebro sobre os pensamentos das duas japonesas que estavam no mesmo cômodo. O gosto do sangue de animal era tão sem graça ao seu paladar, se surpreendia como conseguiram sobreviver tanto tempo apenas com aquilo. 

Não sabia como controlar ainda e era extremamente sem graça e chato ficar escutando as vampiras pensando em japonês, porque tinha um poder tão legal e não podia nem ser uma fofoqueira e descobrir o mais obscuro daquelas pessoas?

A vampira também havia percebido que era mais difícil entender os pensamentos dos humanos na casa, sempre eram palavras soltas e nenhuma frase completa, como se fosse algo na genética humana que impedisse esse feito. Já das vampiras ela conseguia ouvir perfeitamente, mesmo não entendendo nada. Imaginava que poderia ser uma limitação de seu poder, que ainda precisava ser controlado. 

Sua cabeça doía. 

No fundo, ela queria ouvir os pensamentos de Momo porque assim teria motivos para chamar pra uma conversa bem sincera. Tzuyu não era burra, ela não queria machucar ninguém ali, ela sabia que se fizesse qualquer movimento duvidoso sairia perdendo. De uma coisa ela tinha certeza, ela não iria ficar bebendo sangue de animal toda vez. Era uma comparação como quando você bebe café e gosta muito e depois alguém te dá uma xícara de um chá verde sem graça. 

Ela sabia exatamente quem iria manipular para conseguir controlar a vontade de sangue humano, que até que estava adormecida dentro dela. Mas temia que algo pudesse acontecer ela não saberia controlar aquela necessidade e isso a deixava frustrada, queria já saber ter o controle como pelo menos era mostrado nos filmes.

Tzuyu se manteria calminha até conseguir que Nayeon fizesse um objeto mágico para que ela pudesse sair daquela floresta durante o dia e metesse o pé dali. Queria desfrutar de suas novas habilidades sozinha, aprender a controlar aquilo e viver como nunca vivera antes. Ela sentia como se pudesse tudo, e de fato podia. Ela podia lidar com qualquer coisa agora e uma delas era caçar quem a matou. Ninguém havia comentado sobre o que havia acontecido com os lobos que seguiram Momo ainda e isso estava lhe deixando com uma pulga atrás da orelha.