18 - No meio da tempestade, eu a vi.

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O que é gostar de alguém? Para alguns, gostar é querer estar perto por tempo suficiente e nunca cessar essa necessidade. Para outros é cuidado, um afeto onde é permitido demonstrar todas as coisas boas para o outro. Existem vários tipos de amor, de gostar, de afetos, até porque, cada um vivência essa experiência de uma maneira.

Desde sua transformação, muitos anos atrás, Momo nunca havia sentido tanto, tão rapidamente. Era estranho, sentia que isso não estava em seu controle, visto que Dahyun era livre.

Passava várias coisas na cabeça da vampira, ela gostava tanto de Dahyun assim? Ela queria beijar ela? Ela gostaria de construir algo com ela? Aceitaria que seu relacionamento estaria fadado a dor da perda futuramente? Dahyun gostava dela? Será que estava tudo bem as duas passarem a linha da amizade que estavam construindo?

Obviamente, isso rondava a cabeça da vampira enquanto separava as coisas para sair com a humana.

Depois de tudo pronto, ela se encaminhou para o quarto de Mina e bateu na porta esperando que alguém abrisse.

Assim que a Myoui abriu, Momo entrou e se sentou na poltrona, Sana já estava em pé, logo sairia.

- Vim me despedir, irei sair com a Dahyun daqui a pouco. - As duas amigas a encararam. - Nós vamos no campo, passar um tempo juntas.

- Então você se deu conta que gostar dela mais do que como amiga? - Sana perguntou. - Eu vi como você ficou desconfortável aquele dia na boate.

Momo suspirou.

- Sim, mas não sei se ela sente o mesmo, ela ainda pode estar apaixonada por outra pessoa, eu só quero ficar com ela um pouco... É estranho, sabe? Eu nunca... vocês sabem... depois da transformação... uma humana...

- Você tem que ir com calma, Momoring, nem tudo precisa estar sobre seu controle. Dahyun é adulta e sabe o que faz, ela não vai fazer nada que não queira. - Mina respondeu.

- Isso, só vai vivendo sabe? Esse sentimento é bom, não é? - Sana perguntou.

Momo assentiu.

- Eu sei que dá medo, mas estamos aqui se algo dê errado. - Sana comentou. - Você não está sozinha e se esse sentimento for demais por algum momento, você pode sempre desabafar com a gente. Nós adoramos Dahyun, ela é dedicada, engraçada e muito bonita. Se você não quisesse com certeza eu iria querer.

Momo fez uma careta para Sana.

- Sana, por favor, não tome nenhuma atitude imbecil, nós realmente precisamos dela e eu sei como seus sentimentos por ela são intensos. - Momo falou se referindo a Jihyo.

- Eu não vou mata-la, Momo. Mas não irei deixar de falar umas boas verdades na cara de Jihyo até ouvir sua história e o que aconteceu de fato.

A vampira mais velha encarou a amiga mais uma vez.

- Tome cuidado e cuide da Tzuyu como se fosse uma de nós. Elas já passaram por muita coisa, Sana. De verdade, coisas que nós nunca precisamos viver, ela deve ter essa casca dura impenetrável por alguma história que ainda a assombra... Só... seja gentil, ok?

- Não vou prometer nada, ela também não é uma florzinha não, vou tratar na mesma moeda se me atacar eu vou atacar.

Momo abraçou Sana. Era o primeiro em dias. Ambas deixaram aproveitar aquele momento e logo Momo abriu os braços para Mina entrar ali também.

Sempre foram as três, elas eram a única família que restará. Morreriam por si.

- Sinto muito por não ter te contado antes, Momo. - Sana começou

Vampiros que se mordam!Onde histórias criam vida. Descubra agora