Vampiros que se mordam!

07 - Vampiras geladinhas e perfume primavera.

Pov Momo

— Então senhoritas, todos os quartos estão ocupados, temos apenas esse com uma cama, mas a política do hotel só permite esse tipo de hospedagem para casais. 

Só pode ser brincadeira! Eu falei para Sana que iria me esforçar para manter a paz durante a viagem, eu particularmente não tenho nada contra Kim, mas sabe? Cada um reage de uma forma em frente pessoas que você não conhece. 

Comigo é bem difícil de lidar com pessoas novas, ainda mais humanos que invadiram meu espaço pessoal. Elas entraram em casa e entraram no quarto de Mina. Entendo ser um momento de desespero, mas quem que vira amigo de alguém que tentou te roubar? 

Estou calada ao lado de Kim Dahyun, não quero ter que aceitar essa possibilidade, mas infelizmente eu estou cansada, porque como não bebo sangue humano há tanto tempo e eu preciso dormir. E não, não trouxe um caixão para dormir. Eu durmo muito bem em uma cama muito gostosa e quentinha na minha casa. 

As vezes eu preferia eu mesma tomar a rédea de algumas situações porque provavelmente minha acompanhante sempre toma as piores decisões. 

— Nós somos sim um casal. Eu e meu amor ficaremos apenas um noite, senhor. — Dahyun respondeu o recepcionista e se aproximou de mim passando o braço pela minha cintura e eu tive que me segurar para não revirar os olhos.

Estou estática. Ela é muito ousada, de onde ela tirou que essa palhaçada daria certo? Eu poderia fazer minha cara mais feia do mundo e acabar com essa palhaçada, mas infelizmente não é assim que a banda toca e provavelmente se eu quero descansar, terei que fingir. 

— Por favor, Momo. Colabora, só dessa vez, a gente precisa descansar. — Ela chegou perto do meu ouvido e sussurrou isso, depois deixou um beijo no meu rosto e eu queria morrer (de novo).

Ela não está errada, é realmente necessário algumas horas de descanso, porque não sei o que poderíamos encontrar nesse tempo fora. É aquilo né, sempre em alerta. 

Então eu decidi fazer algo que eu achei que nunca precisaria e passar por uma humilhação de ser uma esposa troféu de mentira, porque Dahyun exibia seu sorriso como se eu fosse sua maior conquista enquanto intercalava o olhar entre mim e o recepcionista. 

— Nós casamos há pouco tempo e estamos em nossa viagem de lua de mel. Decidimos fazer de carro para passar o máximo de tempo juntas, não é amorzinho? — Ela é maluca! Kim Dahyun é doida. Eu tentei dar o meu melhor sorriso, eu juro que eu tentei, porque agora não tinha como simplesmente voltar atrás dessa mentira.

— É claro, meu mel! Quanto mais tempo ao seu lado melhor. — Eu tentei não soar irônica, eu juro por tudo! 

O recepcionista pareceu acreditar nesse teatrinho apaixonado, principalmente quando levei meu indicado pincelando no nariz de Dahyun e sorrindo para ela com o meu melhor sorriso de boba apaixonada. 

— Vocês também estão indo para Kagoshima? — O recepcionista olhava para o seu computador enquanto digitava para fazer a reserva. Como ele sabia? 

— Por quê? — Perguntei sem responder a pergunta dele. Senti Dahyun encostar sua cabeça no meu ombro, ela está levando esse teatro longe demais, essa mulher não conhece a palavras LIMITES?

— Porque aparentemente temos muitos viajantes que estão indo para lá, terá uma festa de alguém muito influente pelo o que me contaram, se não me falha a memória será daqui dois dias. 

— Não estamos indo para lá, aparentemente não somos pessoas famosas. — Tentei a minha melhor simpatia. Dahyun observava tudo calada, parecia estar pensando em algo.