That the nights were mainly made For saying things that youcan't say tomorrow day
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|Amigos e espanhol|
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ACORDO NO SÁBADO com o corpo dolorido. Tinha tomado bastante analgésicos antes de deitar, mas ainda assim parecia que eu tinha levado uma surra de um espírito obsessor enquanto dormia.
Descer as escadas nunca foi uma tarefa tão difícil, sentia todas as partes do meu corpo quando me mexia e isso não era uma coisa boa.
Após tomar um banho doloroso e relaxante ao mesmo tempo e tomar meu café da manhã, consigo enfim me sentar no sofá pra descansar do esforço. Minha casa provavelmente ficaria bem suja pelos próximos dias já que eu não estava apta a fazer uma boa faxina, então estava tentando ao máximo não fazer sujeira.
Na noite passada eu e Alex tínhamos visto meu filme favorito juntos. Não conseguiria descrever o'que eu sentia toda vez que ele fazia um comentário engraçadinho, quando teve uma crise de risos com o golfinho que falava, quando quase passou mal vendo um peixe de batom ou no momento em que ele tentou imitar uma dança do filme, apenas sabia dizer que gostava disso, dá sensação de conforto, das risadas altas que ele me fazia soltar, do friozinho na barriga quando nos encostamos por acidente no meu sofá, da sua companhia. No último mês me perguntei muitas vezes se eu realmente tinha feito a escolha certa em largar tudo e vir pra Los Angeles, mas ao conhecer Alexis eu percebi que tinha valido a pena, faria tudo novamente se isso significasse que conheceria Alex novamente. Ele valia a pena.
Quando pego o controle para ligar a televisão escuto vozes altas do lado de fora do meu apartamento, vozes felizes e risadas, tanto masculina quanto feminina. O prédio onde morava costumava ser bem silencioso, raramente esbarrava em outros moradores. Fora Alex cheguei a conhecer apenas mais uma moradora, uma senhora de sessenta e cinco anos chamada Meredith, ela vive com o marido um andar abaixo do meu, era uma senhora adorável e simpática, mas fora a senhora educada tinha esbarrado em algumas pessoas bem mal educadas onde apenas me olhavam de cima a baixo e saiam o mais rápido possível do elevador sem responder os meus cumprimentos. Era um pouco estranho lidar com pessoas assim quando se vêm de um país tão caloroso quanto o Brasil.
