Sentimento Desconhecido

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Tori:

Minhas costas estão me matando, passei tanto tempo sentada que ficar em pé foi extremamente relaxante.

Já passam das duas da manhã, Jade e eu terminamos a revisão agora, foi cansativo, mas valeu a pena, ela evoluiu bastante nessa matéria, estou positiva que vai se sair muito bem nas provas.

— Meu corpo inteiro dói.

Jade disse alongando os braços.

— Somos duas.

— É normal enxergar letras em todo lugar?.

Perguntou enquanto piscava os olhos repetidamente.

— Após longos períodos de leitura é sim.

Falei me alongando também.

— Tá com fome? Eu estou faminta.

— Estou, mas tá tarde, é melhor irmos dormir.

— Não consigo dormir com fome, vem.

Falou segurando meu pulso e me guiando até a cozinha.

— O que você quer?.

Perguntou enquanto encarava a geladeira aberta.

— Qualquer coisa tá bom.

Falei puxando as mangas da blusa para cobrir as mãos.

— Você é mais tímida do que aparenta, sabia?.

Perguntou se virando para me encarar.

— Por que acha isso?.

— Na frente das suas amigas você age como uma vaca irritante que gosta de aparecer e se acha superior a todo mundo, mas aqui, sozinha comigo, você está quieta, sendo gentil, se eu fosse louca poderia dizer que você é legal.

Disse e fiquei sem jeito, senti meu rosto esquentar.

— Sem falar que fica linda com o rosto corado.

Falou.

Novamente puxei as mangas da blusa para as mãos e fiquei brincando com as mesmas, não falei nada, fiquei sem graça, envergonhada eu acho, não entendo o motivo da vergonha, estou acostumada com elogios, mas dessa vez senti meu estômago gelar.

Ela sorriu enquanto me encarava, acho que por eu está vermelha como uma pimenta.

— Doce ou salgado?.

Perguntou.

— O quê?.

— Quer comer alguma coisa doce ou salgada?.

— Salgada.

— Ótimo, então vou fazer pizza de frigideira.

Disse e voltou a olhar dentro da geladeira.

Enquanto procurava os ingredientes, eu fiquei sentada em um dos banquinhos da ilha, não tinha nada para fazer além de olhar ao redor.

Parede de vidro que tinha vista para uma mesa de jantar ao ar livre no quintal, uma janela enorme, uma bunda grande com um shortinho minúsculo, aí meu Deus.

Senti uma leve pontada no peito e desviei o olhar rapidamente, por algum motivo olhei novamente, em seguida olhei para as mãos que estavam começando a suar e as esfreguei freneticamente na calça.

— Gosta de cogumelos?.

Perguntou me tirando a concentração.

— Não.

— Ok.

Ela preparou nossos lanche e me serviu em seguida.

— Tá muito bom.

Tentação ( Jori ) Onde histórias criam vida. Descubra agora