___Rebeca's pov___
"Eu não vou negar que está acontecendo muitas coisas estranhas depois daquela noite em que eu encontrei a Nat na rua, andando sozinha, vê-la assim me deu um certo desespero mas... Coisas estranhas estão acontecendo entre nós, como se fosse uma ligação muito forte, ela está confiando muito em mim e acho que isso nos tornou amigas demais.
Não sei se tem problema ter uma relação dessa com um estudante, eu sou bem rígida mas sei ser legal com alguns estudantes mas a Nat é... Não sei, talvez ela me intrigue, seu modo de aprender fácil porém lento é fofo, tirando quando nossos olhares se encontram no meio da aula, mas decidi relevar.
Eu estava mais uma vez na casa da Nat, a ensinando sobre moda, média e mediana.
- então na mediana eu tenho que colocar o resultado de quantas vezes o número repetiu?
Ela perguntou meio que sem entender, me deu vontade de rir da sua cara de confusão, era a mais fofa que eu vi
- exatamente.
- honestamente, quem fez matemática era inimigo dos estudantes.
- é bem complexo mas não impossível de se aprender.
- faltam sete meses pro ano acabar e eu acho que vou ter que fazer o impossível de novo.
- não, você vai aprender, ainda estamos no segundo bimestre, você vai conseguir.
- eu vou confiar em seu otimismo.
Ela olhou pra mim e riu eu ri de volta.
- já sabe o que vai fazer quando sair da escola?
- eu tô pensando em ir pra Los Angeles, fazer arquitetura.
- gosta disso?
- amo, minha mãe quer que eu seja médica, mas com dezoito aí ela não vai poder decidir por mim.
- você deveria conversar com sua mãe.
- eu vou tentar, mas pelo menos eu tenho a Duda, o Dani e você... Como amigos.
- claro que sim, pode contar comigo sempre que precisar.
- eu agradeço.
- e então... Você e o Daniel...
- Não! Nem pensar, lembra que você falou que eu não curto garotos?
- lembro, mas aquilo foi intuição.
- você estava certa, o Dani é um garoto incrível mas não posso sentir nada por ele.
- eu entendo...
- ah e eu sou tímida de mais pra chegar em alguém, não dá, eu fico apavorada só de pensar. Eu nem sei se eu ainda sei beijar, o meu primeiro e último beijo foi quando eu tinha quatorze anos e... Ai meu Deus, eu nem acredito que disse isso pra minha professora, desculpa.
Ela colocou a mão no rosto tentando esconder a coração em seu rosto, eu segurei sua mão e ela olhou pra mim, por que eu estou fazendo isso?
- tá tudo bem, os jovens de hoje em dia fazem muita questão com esse negócio de beijar ou perder a virgindade, mas você não precisa fazer nada disso se não quiser, apenas faça suas próprias escolhas.
- ok...
Ela estava olhando pra mim de um jeito que eu não pude distinguir o que ela estaria pensando ou o que queria fazer, eu olhei pras nossas mãos ainda dadas, soltei assim que vi.
- vamos voltar a atividade.
- claro... É... Mediana, estavamos falando sobre mediana.
- exatamente.___Nat's pov___
"Eu não sei dizer ao certo o que tá acontecendo, só sei que ela está me deixando mais coisada que o normal
E o que aconteceu entre agente, aquela troca de olhar e tudo mais, que coisa esquisita, eu me senti estranha, um negócio estranho ou uma queimação no estômago, bem louco isso.
Vai ver é só essa marra e pose de gente brava que deixa qualquer um coisado, e vamos concordar que eu estou sozinha com ela na minha casa e se eu sinto um certo medinho dela na escola, imagina a sós.....
A aula já estava acabando, eu estava ajudando ela a guardar suas coisas e logo depois a levei até a porta.
- bom é... Obrigada mais uma vez, eu sei que eu tenho um raciocínio lento e muito obrigada pela paciência.
- não á de que.... Você...
Ela pareceu querer falar algo mas ficou em dúvida.
- o que?
- nada, eu vou indo, até mais Nat.
- até, Rebeca...
Ela saiu indo até o carro, antes de entrar no carro ela olhou pra mim, deu partida e saiu.
Realmente, essa coisa está muito estranha, essa aproximidade, liberdade pra falar de tudo, eu sinto como... Se eu realmente pudesse confiar nela, e ela demonstra que confia em mim e eu até que gosto disso.
Hoje eu tinha marcado de dormir na casa da Duda, eu falei pra minha mãe, ela deixou, eu estava arrumando as coisas pra ir pra casa dela.
- que horas você vem amanhã?
- bom, da casa dela eu vou pra escola então, horário normal.
- e... Suas aulas particulares com aquela professora bonitona tem dado certo?
- professora bonitona?
Disse rindo
- é, vai me dizer que não viu o mulherão que ela é?
Ri de sua fala.
- tem dado certo sim, minhas notas estão melhorando e estou começando a entender a matemática.
- que bom.... E você e o Daniel não...
- mãe, não. Nunca, não vai rolar, somos apenas amigos. Você não entende isso?
- ok, ok, me desculpa é que... Normalmente na sua idade começa a aparecer os namoradinhos e... Você nunca apareceu com nenhum.
- eu não... Acho nenhum garoto... Maduro o suficiente, os garotos da minha idade só quer saber de comer e sair, não é esse tipo de pessoa que eu quero comigo.
- eu...sei é que...- ela se sentou na minha cama- depois que a sua amiga, a isabel, morreu você Se afastou, eu já não sabia muito o que estava acontecendo com você, as vezes você me contava sobre as coisas. Como quando você me disse que estava apaixonada por uma pessoa aos quatorze anos e nunca me disse quem era.
- isso foi... Uma apaixonite infantil, passou.
- de qualquer jeito, você falou comigo e disse o que sentia... Eu nem sei o que se passa ai dentro da sua cabeça e do seu coração, não sei se gosta de alguém...
- não, eu não estou gostando de ninguém, não quero problema.
- você diz como se não acreditasse que possa se apaixonar.
- eu realmente acho que... Tanto faz, não vale a pena, eu vou focar em meu futuro e é isso, eu agradeceria se você apenas respeitasse isso.
- ok... Como quiser, Natalha.
Ela disse indo até a porta.
- ah e... Meu pai me perguntou se eu iria passar as férias de quinze dias com ele.
- não sei, você já vai passar o final de ano com ele.
- mãe!
- tá bom... Você pode ir.
- obrigada, você pode me levar até a casa da Duda?
- claro.
Ela desceu as escadas comigo, fomos até a garagem pegar o carro.
Assim que pegamos fomos em direção a casa da Duda, dentro do carro estava um total silêncio.
Um tempo depois chegamos lá, eu me despedi dela e fui até a casa dá Duda, toquei a campainha e a mãe dela me atendeu.
- ah, oi, Nat!
- oi senhora Guzman, boa noite, eu espero que a Duda tenha dito que hoje eu vou dormir aqui.
- estou sabendo, Maria Eduarda!
Ela a chamou e a mesma desceu.
- mãe, você viu... Nat, entra.
- obrigada, licença senhora Guzman.
- toda filha.
Duda me puxou pro seu quarto.
- e ai? Como foi o dia?
- ah, normal, você passou metade do meu dia comigo.
- verdade, mas eu não estava com você quando você estava com a professora gostosona.
- Duda, que isso, respeita a professora. Ela é uma mulher casada.
- e dai? Pois pra mim ela tem a maior cara de sapatão e com toda certeza te comeria.
- as atrocidades que você fala, sua mãe está a um cômodo abaixo.
- eu sei, mas imagina você ter um caso com ela, além de conseguir umas notas você ainda-
- chega, não precisa terminar. Eu sei que faz isso pra me provocar.
- eu só estou tentando dizer que tá na hora de você tirar o atraso.
- de novo isso?
- ok, não falo mais, vamos ver um filme?
- claro, qual?
- hum... Bloomington.
Eu fechei a cara na hora.
- tá de sacanagem né?
- é eu tô, mas você tinha que ver a sua cara.
Ela disse rindo
- vai a merda, qual vamos ver?
- que tal... Anjos da lei?
- nunca ouvi falar, coloca, é de que?
- comédia, já está favoritado, eu vou pegar os refris e a pizza.
- vai lá.
Após ela voltar com as coisas colocamos o filme e como sempre, dormimos no meio dele..............................................
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Beautiful Teacher {Concluída}
RomanceO que uma atração errada, em momentos errados e tempos errados pode se tornar? Natalha é uma estudante do segundo ano que sofre com dificuldades em matemática, até então seu professor não ligava muito pra isso, mas quando a nova professora substitut...