______ Rebeca's pov _______
"Eu sabia que havia algo errado quando ouvi sua voz embargada, eu sei que ela mentiu quando disse que se emocionou com um livro.
Ela não lê, não tem esse hábito, a própria me contou isso.
O que será que aconteceu? Me parte o coração só de imaginar a hipótese dela chorando, por qualquer motivo que seja.
Mas me obriguei a afastar esses pensamentos assim que cheguei em casa, tomei um banho, me arrumei e fui até o escritório do meu advogado, vou encontrá-lo lá, pra termos uma conversa extrajudicial.Estacionei meu carro na frente do escritório do meu advogado, o doutor Anthony, vi o carro do Erick do lado de fora, desci do carro e entrei, a recepcionista me levou até a sala, lá encontrei, Anthony e Erick que estava sentado de frente pra Anthony.
- boa tarde.
Disse assim que cheguei, eles retribuíram meu cumprimento.
Me sentei a mesa ao lado de Erick.
- bom, claro que sabem que nenhuma causa na justiça é fácil, mas em questão de divórcio quando a resistência por uma das partes, somos obrigados a tentar convencer a outra parte a ceder ou tomar medidas legais. No seu caso, Erick, a resistência e já tentamos te fazer ceder várias vezes, agora, serei obrigado a começar a tomar medidas legais.
- eu já entendi- Erick se manifestou- pode preparar a papelada do divórcio e mandar pro meu escritório, dessa vez não vou rasgar e nem tacar fogo.
Confesso que me surpreendi.
- assim, do nada?
Perguntei
- é, eu só estou farto de tudo isso e então decidi apenas assinar essa merda e viver minha vida, já tô preocupado com muita coisa pra ter mais uma preocupação.
Vi exaustão em sua voz, mas não vi verdade em suas palavras.
- ok, acho que isso é um bom ponto.
Ficamos lá mais algum tempo, Anthony nos explicou que em menos de uma semana Erick receberia os papéis do divórcio em seu escritório.
Saímos de lá em silêncio até chegamos no lado de fora.
- por que decidiu acabar com seu joguinho?
Perguntei
- o que?
- por que decidiu acabar com seu joguinho?
- de qualquer jeito eu iria perder, não quero mais perder tempo.
Continuo sem acreditar no que diz, mas, agora que observei mais seu rosto vi que ele parecia cansado, estava com olheiras nos olhos.
- a quanto tempo não dorme?
- duas noites.
- o que aconteceu.
Perguntei sabendo que algo bem grave, ele não dorme só quando algo acontece, quatorze anos de casamento nos faz saber muito sobre uma pessoa.
Que desperdício de tempo.
- meu pai teve um infarto, mas sobreviveu, está em observação.
- meu Deus, eu sinto muito.
- obrigada.
- você precisa descansar um pouco, vai acabar com você mesmo se continuar não dormindo e trabalhando excessivamente.
- e o que a Katherine diz.
- ela é sua nova...
- sim.
- ouve ela, se não conseguir, toma um calmante e tire um dia de descanso, seu pai vai se recuperar.
- obrigada.
- manda um abraço pra eles.
- eu mando. E de coração, eu espero que você seja feliz e viva sua vida. Com muito cuidado, claro.
Ele me deu um sorriso o qual eu não consegui explicar de que era, mas me confirmou que ele não está sendo totalmente sincero.
- você também, seja feliz com a Katherine.
Sorri pra ele indo em direção ao meu carro.
- a gente se ver, Rebeca.
O olhei de novo com seu sorriso ainda presente em seu rosto.
Apenas acenei com a cabeça.
Entrei no carro e dei partida, essa foi a conversa mais estranha e longa que tivemos depois que nos separamos."_____ Nat's pov _____
"- isso tá uma delícia!
Falei provando meu Petit Gâteau, já tínhamos tido um delicioso jantar no meu restaurante favorito.
- eu sei, você nunca enjoa de falar e comer isso.
- é por que sempre está uma delícia, cara, o Terry arrasa.
Ele sorriu, é sempre bom passar um tempo com meu pai, infelizmente a Jenni não veio, ele disse que era momento de pai e filha e ela aceitou numa boa.
Ele pediu minha comida favorita, Fondue Savoyarde. Eu absolutamente amo comidas de vários países, principalmente a francesa, Sophia jura que depois que eu provar a comida do Brasil eu não vou querer outra coisa.
Eu a desafiei e ela disse que vai me arrastar pro Brasil e me encher de comidas típicas, eu prometi que até lá vou aprender mais sobre seu idioma.Após aproveitarmos nossas sobremesas e depois de sairmos andamos pela cidade nos relembrando dos momentos que vivemos juntos depois que ele se separou da minha mãe.
- lembra daquilo?
Ele apontou pra praça que vinha quando tinha entre meus onze e doze anos.
- claro que lembro, foi bem alí que conheci Sophia.
- eu lembro que vocês brincaram muito no dia em que se conheceram brincaram de manhã até a noite sem cansar, só pararam pra comer, e na hora de ir embora não queriam ir, vocês queriam ficar até pra sempre brincando.
- eu lembro! Depois disso ela me apresentou aos aos meninos. Ah, nem te contei, a Sophia está ficando com o Damian.
- o que? Conta isso direito.
Meu pai é um tremendo Maria fifi, assim como eu.
- sim, até eu fiquei chocada quando ela disse.
- mas eles se odiavam.
- isso era por que eles se gostavam, tenho certeza.
- isso é loucura.
- eu concordo.
Rimos de toda essa situação improvável e voltamos a andar pelas ruas da cidade, recordando de memórias incríveis que vivemos.Coloquei minha última mala no carro.
- acho que isso é tudo.
Falei fechando o porta-malas do meu carro.
- eu nem acredito que você vai realmente levar o carro, acho que estou emocionado.
Meu pai zomba e eu sorrio.
- eu acho que é hora de deixar a bike de lado um pouco.
- espero que use, quer dizer, você mal usa a moto que sua mãe te deu.
- eu vou usá-la, pra ir a escola ano que vem e o carro, vou deixar pra quando sair, com meus amigos, sabe?
- você falando em sair? Que milagre, bebê.
Jenni falou se aproximando de nós, eu sorri pra ela.
- ano que vem, já estamos na metade do ano mesmo.
Dei de ombros e eles riram, me juntei a eles.
- tá com a carteira de motorista, né?
- sim, ela sempre anda comigo, o que é engraçado já que eu não ando com meu carro nem com minha moto.
- apenas costume.
Meu pai falou cruzando os braços obviamente nervoso, eu sei, também tenho esse costume.
Ele é péssimo com despedidas, mesmo sabendo que vai me ver no fim do ano, quinze dias não é o tempo que ele gostaria de ficar comigo.
Cogito morar com ele depois do ano que vem, aqui tem ótimas faculdades.
Fui até ele e o abracei, ele descruzou os braços e me abraçou de volta.
- até o fim do ano, pai.
- vou contar os dias, filhota.
Ele falou e eu sorri, adoro o apelido que ele deu a mim.
Saí dele e fui até a Jenni.
- cuida dele pra mim?
Falei a ela
- com todo prazer, bebê.
Ela sorriu e sorri de volta, também adoro o apelido que ela deu a mim.
A abracei.
- foi um prazer te conhecer.
Disse a ela
- igualmente, bebê.
Me afastei indo até o carro.
- se cuidem!
Disse aos dois
- você também.
Jenni falou
- dirija com cuidado, filha. Adoro você.
- eu também te adoro, pai.
Entrei no carro, pus o cinto de segurança, abaixei a janela e acenei pra eles assim que dei partida.
Agora é só algumas horas de partida e estarei em casa assim que anoitecer.
Com toda certeza, vou chegar em casa, tomar banho, comer e dormir.
Pois amanhã tem aula."................................................................
A Nat nos lembrando de coisas que não queremos lembrar 🤡
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Beautiful Teacher {Concluída}
RomantikO que uma atração errada, em momentos errados e tempos errados pode se tornar? Natalha é uma estudante do segundo ano que sofre com dificuldades em matemática, até então seu professor não ligava muito pra isso, mas quando a nova professora substitut...