Capitulo 16

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_____ Nat's pov____

"Finalmente, chegou o sábado, era o dia da festa de aniversário do Diogo.
Eu estava em call com a Duda por que estava indecisa com qual roupa usar.
A semana literalmente voando, as primeiras provas começaram na quinta, eu tive prova de biologia e química nos primeiros horários, então saí cedo e aproveitei pra estudar.
Na sexta tive prova de história e educação física.
Espero ter me saído bem.

"Eu acho esse muito menina comportada"

Duda disse olhando pro meu vestido azul com mangas e gola alta.

- Definitivamente eu não vou usar isso, tá o maior calor.
Tirei o vestido e peguei um preto com um decote na frente e com as costas expostas.

"Esse tá super sexy"

- exatamente, eu tô indo comemorar um aniversário não chamar atenção, então não, definitivamente não.

"Amiga, já se olhou? Você tem um corpo incrível e até se andasse toda tapada você iria chamar atenção, somos garotas, jovens e bonitas, carregamos a maldição de chamar atenção mesmo sem querer.

- de maldição eu já tô cheia.
Ela ficou em silêncio, sabia o que eu estava falando.

"Eu nunca achei que você carregasse uma maldição por causa daquilo."

- eu sei, também não acredito, mas ainda uma palavra comun me trás gatilhos e sou cercada de memórias traumáticas que me fazem mal, eu deveria esquecer, minha psicóloga disse isso.

"No caso minha mãe, a quanto tempo não faz uma sessão com ela?"

- a última vez que tive uma sessão com sua mãe eu tinha quinze anos.

"Você precisa voltar a ir."

- o que você acha desse?
Disse mostrando o vestido vermelho de alça que fica perfeito em meu corpo, mudando e encerrando o assunto.

(Foto na mídia)

"Sim, definitivamente esse.
Ela disse e eu vesti.

- ficou legal?

"Legal? Você tá parecendo uma diva, que isso meus amores, que mulher é essa, fiu fiu.
Ela disse exageradamente gritando, como sempre.

- obrigada, best, pela ajuda.

"Imagina, sempre que precisar tô aqui, se divirta e pelo amor de Deus, socialize.

- não prometo nada, tchau galinha.

"Tchau cachorra"

Desliguei, coloquei um tênis chunky branco com sola alta, coloquei um batom vermelho também, uns acessórios como relógios e anéis, peguei minha bolsa pra colocar o celular e o dinheiro de Uber.
Peguei a bolsa com o presente do Diogo, custou mais da metade da minha mesada, não mexi no dinheiro da pensão por que estou guardando pra emergência. Era um relógio lindo.
Desci as escadas.
- mãe, tô indo.
- uau, filha, que isso hein.
Ela disse sentada no sofá olhando pra mim.
Eu sorri um pouco tímida.
- eu prometo avisar se acabar mais tarde.
- eu agradeceria, e por favor, cuidado.
- fica tranquila, já vou, meu Uber está esperando.
- tá bom, se divirta.
- pode deixar. Aproveita e chama o tio Luiz e manda brasa, dona Lúcia.
Ela revirou os olhos.
Atravessei a porta indo em direção ao carro que estava na calçada.
- boa noite.
O moço disse.
- boa noite.
Ele deu partida no carro, foi tudo tranquilo, minha mãe tem medo que eu ande de Uber principalmente a noite, ela me deu um spray de pimenta, era paranóia mas uma paranóia certa.
Cheguei na casa do Diogo, ele mora muito bem.
Cheguei mais perto, não tinha segurança nem nada, era bairro nobre, ninguém vai entrar de penetra.
Fiquei parada frente ao enorme portão, tinha muita gente desconhecida, me senti acoada de entrar.
Julia estava passando, ela me avistou e sorriu vindo até a mim.
- você veio!
Ela me abraçou.
- eu disse que iria tentar.
Eu a abracei de volta.
- nossa, você está linda- ela disse me olhando de cima a baixo- vem, vamos encontrar a galera.
Ela pegou na minha mão indo em direção ao Diogo, Luna, Pedro e Henrique.
- eu não acredito que você veio.
Diogo disse todo animado e me abraçou.
- Feliz aniversário, Di.
Entreguei o presente na sua mão.
- obrigada meu anjo- beijou minha Buchecha- pode ficar a vontade, eu vou lá guardar os presentes.
- pode deixar que ela está comigo.
Julia disse
- com a gente!
Luna afirmou.
- vem, Nat, vamos pegar alguma coisa pra você beber.
Henrique disse me levando até a mesa de bebidas que ficava um pouco afastada das comidas no centro do enorme quintal.
- nada forte, por favor.
- fica tranquila, os pais do Diogo só compraram bebida fraca, infelizmente.
Pedro me respondeu.
- você é apenas um cachaceiro que não gosta de bebida fraca.
Julia disse revirando os olhos.
- então, um vinho? Champanhe? Ponche de frutas?
- ponche.
Ele colocou o ponche no copo e me entregou eu bebi um pouco.
- Nat, vamos conhecer minha família, eu adoraria que eles te conhecessem.
- claro.... Eu acho que o ponche está batizado.
- sério? Que babado menina.
Pedro disse.
- você fez isso cara?
Henrique disse rindo
- sem provas é impossível me acusar.
Ele se serviu com ponche e piscou pra gente
- alcoólatra, vem!
Ela me puxou pela mão até um grupo de certas pessoas.
- tem certeza?
- sim, eu quero que eles te conheçam. Mãe!
Uma mulher com cabelos pretos, olhos castanhos e vestido colado bege se virou em nossa direção.
- sim?
- mãe, essa aqui é a Natalha.
- ah, então é dela que você vive falando?
A mulher disse
- é... Sim...
Julia pareceu um pouco sem jeito com a revelação.
- sou Marina.
A mulher estendeu a mão pra mim e eu a apertei.
- Natalha. Julia você não me disse que sua mãe era tão linda.
Eu disse e ela riu alto agradecida.
- você já me ganhou Natalha, foi um prazer.
- o prazer foi todo meu.
Sorri pra ela.
Julia me apresentou ao seu pai e seu irmão pequeno, Henry.
Depois ela rodou comigo por todo o quintal falando quem era cada uma das pessoas segurando meu braço.
- ah, e aqueles alí são os pais do Henrique.
Ela disse acenando pra um grupo de pessoas que estavam em uma mesa, eles acenaram de volta.
- quer dizer que você vive falando de mim pra sua mãe?
- não. Quer dizer, sim, eu falo pra ela de todo mundo que está fazendo curso comigo.
- espero que esteja falando bem.
Brinquei.
- nunca terei mal algum pra falar de você, Nat.
- igualmente, Ju.
Sorrimos uma pra outra.
- encontrei o casal, Nat, você vai sentar perto de mim, nada de timidez. Vem.
Ele pegou meu braço indo em direção a mesa onde ele estava.
Eu juro que não escutei nada depois de casal.
- infelizmente, você será obrigada a socializar.
Julia disse ainda com o seu braço envolta do meu.
- que pesadelo.
Disse rindo e ela me acompanhou.
- gente, essa aqui é uma das minhas melhores amigas, Natalha.
- oi oi.
- Natalha?
Uma voz um pouco familiar me chamou, olhei pro lado e vi o Erick, paralisei mesmo ao ver quem estava ao lado dele.
- Erick.
O cumprimentei
- devo ficar preocupado?
Ele disse
- eu acho que agora pode.
Sorri pra ele olhando pra Rebeca logo depois, ela não tirava os olhos de mim.
- que isso? Todo mundo conhece a Natalha menos eu?
Uma mulher que estava do outro lado da mesa falou.
- pelo visto sou bem falada aqui.
Eu disse e todos que estavam a mesa riram, Julia e Diogo me apresentaram todos.
Feito isso, ela me puxou pra um lugar na mesa ao lado de quem?
E se sentou do outro lado.
Estava super nervosa, me sentindo nua diante de seu olhar.
Fiquei o tempo todo conversando com Julia evitando ficar virada pro lado dela pra ninguém perceber o meu nervosismo.
Se eu olhar pra ela vou acabar com tudo e eu não quero isso, eu falo demais quando estou nervosa.
Não conversamos dês da última vez que ela esteve em minha casa, só a encontrei no refeitório de longe.
Nem por mensagens conversamos, estamos muito ocupadas pra conversar e tá tudo bem.
Erick falou que Rebeca é minha professora, só não disse que me atropelou e que está se divorciando, ou pelo menos estava.
- me dá uma licença, onde é o banheiro?
Julia ia falar mas Rebeca interrompeu.
- eu a levo, também vou.
- obrigada, tia Rebeca.
- por favor, não demorem.
Diogo disse assim que nos levantamos
- pode deixar.
Ela disse sorrindo.
Começamos a andar em direção a um corredor quase escuro estávamos em uma distância segura.
- como você está?
Perguntei.
- bem e você?
- também.
Sorri pra ela.
- olha Nat, eu estou aqui com o Erick por causa do Diogo, nenhum deles sabem do meu divórcio.
- está tudo bem, você não precisa me dar satisfações.
- não, eu sinto que preciso sim, o banheiro é logo ali.
ela disse assim que entramos um corredor com pouca iluminação.
- não, na verdade, eu só queria um tempo, é que tem muita gente desconhecida e eu queria respirar um pouco.
Me encostei na parede respirando um pouco melhor mas ainda com o coração acelerado.
- isso é fobia de gente?
Ela perguntou se encostando no outro lado do corredor.
- na realidade eu me sinto nervosa ao conhecer gente nova, por isso que eu não saio muito.
Era meio dificultoso vê-la com a pouca iluminação, certeza que quem está longe não consegue nos ver, nem quem passa em frente ao corredor.
Estão todos dispersos.
Ela se aproximou de mim, colocando uma mecha atrás da minha orelha.
- você está linda.
- Rebeca!
- o que?
- alguém pode nos ver aqui.
- mas eu não estou fazendo nada, não ainda.
- Aqui não é um bom lugar.
- Tem razão, então é melhor eu ser rápida.
- Rebec-
Ela segurou meu rosto e me calou com um beijo me pressionando mais contra a parede.
Como resistir a isso?
Prendeu meus braços acima da cabeça ainda me beijando.
Seus beijos desceram pro meu pescoço, eu fiquei vigiando pra ver se ninguém percebeu e não, absolutamente ninguém percebeu.
- estava pensando em encontrar você quando as provas acabarem- ela disse dando uma mordida em meu pescoço- mas você adiantou nosso encontro.
Eu sorri com sua fala.
Suas mãos soltaram as minhas, eu enrolei meus dedos em seus cabelos.
E as mãos dela passearam pelo meu corpo até chegar na parte debaixo do meu vestido, sua mão direita foi pra parte interna da minha coxa subindo até minha intimidade quente e pulsante, colocou minha calcinha de lado e sem perder tempo se deslizou pelas minhas dobras, eu gemi em sua boca ela voltou ao meu pescoço, lambendo e dando algumas mordidas as vezes descendo um pouco, eu continuo a vigiar me certificado de que ninguém estava nos observando enquanto ela estocava mais e mais fundo dentro de mim, mordi o lábio contendo os gemidos.
Decidi fazer uma coisa inesperada, com uma das mãos que estavam em seus fios dourados desci até a barra de sua calça, era uma calça preta linda e com elástico o que facilitou minha passagem até sua intimidade, adentrei sua calcinha tocando onde ela mais precisava.
Ela estava tão molhada quanto eu.
Ela gemeu no meu pescoço enquanto intensificava suas estocadas em mim, eu fiz o mesmo, indo mais rápido, mais bruto e mais fundo.
- mais rápido, querida....
Ela disse e eu fui mais rápido ainda enquanto ela fazia o mesmo, eu queria que durasse mais, porém, o puxão em meu estômago estava dizendo o contrário.
Dito e certo, aquela explosão prazerosa chamada de orgasmo me atingiu, me deixando zonza, ela ainda não tinha chegado, então eu a empurrei ela contra a parede atrás dela e fui mais rápido ainda, fazendo o possível pra não fazer tanto barulho e nem nos desarrumarmos nós ainda temos que ficar pro parabéns.
Ela cravou suas unhas nas minhas costas cobertas pelo vestido dando indício de que ela finalmente iria ter seu orgasmo também, ela gemia com mais frequência em meu pescoço, sempre que ela tem seu orgasmo eu tenho orgulho em ter sido a causa de seu orgasmo e adoro que ela seja o meu.
Finalmente ela chegou, ela repousou a cabeça na parede e eu coloquei os dedos que usei em minha boca sugando todo seu orgasmo enquanto ela me observava.
Eu sorri pra ela enquanto ela me deu um sorriso cansado.
Ela me puxou pela cintura e me beijou fazendo questão de passar sua língua em minha boca, suas duas mãos agarraram minha bunda me forçando a ficar nas pontas dos pés.
Sorrimos assim que nos afastamos.
- acho melhor voltarmos.
Disse eu ajeitando suas roupas.
- eu também acho.
Ela disse, eu ajeitei minhas roupas e me afastei dela indo pra em direção ao fim do corredor que estávamos, antes de ir ela me puxou e pressionou um beijo em meus lábios como uma despedida silenciosa.
Sorri pra ela me afastando enquanto ela ia na direção do banheiro.
Finalmente saí do corredor indo em direção a mesa em que eu estava.
- cadê a Rebeca?
Erick foi o primeiro a perguntar
- ela está no banheiro.
Respondi simples me sentando.
- você demorou, está tudo bem?
- sim é que, eu meio que fiz amizade na entrada do banheiro.
- você é fácil pra fazer amizade, na verdade você encanta as pessoas.
- é meu charme.
Disse e ela riu.
- com toda certeza é, você está com o batom borrado.
- ah, é que eu vim comendo um aperitivo.
- as vezes você parece uma criança, Nat. Deixa eu limpar pra você.
Ela puxou meu rosto e limpou pra mim o canto da minha boca.
- obrigada, Ju.
- de nada.
Nesse momento Rebeca chegou.
- está tudo bem, querida?
Erick perguntou
- está sim.
Ela disse se sentando.
A música que foi de bloody mary pra bils bils bils.
- aí cara, eu amo os hip Hop dos anos 2000.
Disse animada
- por isso mesmo eu pedi pra tocar essa vem vamos dançar.
Diogo disse.
- o que?
Perguntei assustada.
- ah, vamos Nat, só essa.
- tá mais só essa.
Me levantei indo até a pista que começou a encher com adultos, provavelmente que eram adolescentes naquela época.

You triflin', good-for-nothing type of brother
Silly me, why haven't I found another?
A baller, when times get hard
I need someone to help me out
Instead of a scrub like you, who don't know what a man's about

Can you pay my bills?
Can you pay my telephone bills?
Do you pay my automo' bills?
If you did then maybe we could chill
I don't think you do
So, you and me are through
Can you pay my bills?
Can you pay my telephone bills?
Do you pay my automo' bills?
If you did then maybe we could chill
I don't think you do
So, you and me are through

Começamos com um simples hip Hop, pra terminarmos cantando Brooklin Baby, o melhor de ser amiga do Diogo é ter os mesmos gostos músicas.
Fizemos nosso próprio momento, Luna, Henrique e Pedro se juntaram a nós.
Nossa alegria contagiou outras pessoas na festa que se juntaram a um bando de adolescentes obcecados por pop, certeza que será inesquecível.
No meio de toda nossa euforia, alguns empregados trouxeram o bolo enorme.
Cantamos o famoso parabéns, Rebeca veio pro meu lado durante o parabéns, nos olhamos rápido.
Diogo assoprou a dezoito velas e todos nós aplaudimos.
Tivemos toda aquele ritual de aniversário, primeiro pedaço e tudo mais.
Comemos, claro, dançamos muito, eu bebi no máximo um copo do ponche batizado, não posso aparecer bêbada em casa.
As pessoas começaram a ir embora e nós ainda estávamos alí, conversando e cantando nossas músicas favorita ainda sentados na mesa.
- é mesmo, com quem você vai embora?
- eu vou de Uber.
- ah, não, pode deixar que eu te levo.
Ela disse.
- e você tem carteira dês de quando?
- não, eu tenho meu motorista.
- que chique você.
- não precisa se preocupar, Julia, a casa da Nat é caminho pra mim, eu posso levá-la.
Rebeca, que apareceu do nada disse.
- não vai ser incomodo, tia?
- claro que não, pode ficar despreocupada.
- obrigada.
- por falar em ir embora, eu preciso ir, tá quase no meu horário.
- ah, jura? Que pena, mas vamos, vou te levar até o portão.
Nos levantamos.
- podem me esperar perto do carro.
Rebeca disse.
- claro, tia.
- obrigada, Rebeca.
Disse olhando pra ela
- não precisa agradecer, querida.
Esse apelido.....
Julia segurou meu braço e fomos caminhando até o portão, eu não sabia que ela era tão carinhosa.
- amiga, obrigada por ter vindo.
- obrigada vocês por terem me convidado.
Luna, Henrique, Pedro e Diogo vieram até nós.
- eu não acredito que você iria sem se despedir.
Diogo disse
- claro que não.
Abracei a cada um deles.
- obrigada amiga, você agitou essa festa, foi inesquecível.
- foi inesquecível por sua causa, feliz aniversário mais uma vez, amigo.
Beijei sua testa.
- vamos?
Rebeca disse se aproximando.
- a Nat vai com você?
Erick perguntou.
- sim, a casa dela é caminho pra mim.
- bom, então até mais Nat.
Ele sorriu.
- até.
- por que vocês vão em carros separados?
Diogo indagou
- eu vou daqui pro aeroporto.
Que mentira.....
- já vai viajar de novo?
- são negócios, logo logo você vai entender.
- Deus me livre.
Ele disse e nós rimos.
- tchau amiga.
Julia me abraçou de novo.
- tchau.
Correspondi ao seu abraço.
Rebeca abriu a porta do passageiro pra mim, eu entrei, lá fora vi Erick se despedindo de Rebeca com um beijo e depois um tchau.
Deve ser super desconfortável ter que atuar nessa mentira, fico pensando como que eles vão contar pra família que eles se separaram.
Ela entrou no carro.
- já colocou o cinto?
- pera aí- coloquei o cinto- pronto.
- ótimo, vamos.
Julia acenou pra mim e eu acenei de volta.
Ela deu partida, agora é só eu e ela em um carro com meia hora de estrada."

.....................................................

Isso fica cada vez mais babado.

Me identifiquei com a Nat aqui, também amo as músicas dos anos 90 e 2000, principalmente hip Hop, realmente acho que nasci no ano errado e na época errada, sou mais velha que minha própria idade 🤡👍🏽

Beautiful Teacher {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora