______ Rebeca's pov ______
"Estava tudo passando tão rápido, quando piscamos já tínhamos entrado no mês de novembro, tudo estava acontecendo rápido demais.
Ou talvez eu esteja aérea demais.
Já estávamos preparando as provas finais e ao mês tempo estávamos agilizando o baile de formatura, onde iria ficar cada coisa, as comidas, bebidas e tudo.
Por sorte uma boa quantidade de estudante nos ajudava a decidir o que era melhor, a maioria do terceiro ano, vários deles ficavam depois do treino.
Só não imaginava que ela também ajudaria, tão longe e tão perto ao mesmo tempo, assim que estamos.
Eu sinto que a cada dia que passa eu a perco mais, que estamos voltando a como éramos no dia que entrei nessa escola.
Aluna e professora.
Um lado meu fica feliz por essa aventura ter acabado, meu coração ainda dói, dói de saudades e dói mais ainda todos os dias vê-la.
Ela representa pra mim o que eu quero e amo, mas não posso ter, não mesmo.
Sim, eu finalmente aceitei isso, aceitei qua a amo de vez, sem dúvidas.
Mas ela não me falou nada sobre sentimentos.
Minha garota....
Tudo que eu posso fazer é observar de longe ela medindo cada canto da quadra, dizendo em que lugar cada coisa ficaria melhor e exercendo sua paixão pela arquitetura.
Eu a observo com a mínima esperança que ela retribua como antes, mas não, estamos todos nos encontrando aqui a dois dias e ela ao menos olhou no meu rosto, isso doeu, muito, mas o que eu posso fazer?
- está tudo bem, Rebeca?
Ana Cristina me perguntou me trazendo de volta a realidade
- sim, por que a pergunta?
- você parece triste e abatida, está passando mal?
Não, só estou sofrendo por amor.
- é só cansaço, não se preocupe.
- tudo bem, já tenho tudo.- Nat se aproximou de nós duas com um caderninho na mão- vamos colocar a mesa do DJ no centro, pra caso de chuva por mais que seja isolado, tem esse espaço que entram ar o pode entrar água também, nunca sabemos, o comes e bebes vai ficar daquele lado, muita comida boa e também vamos vigiar bem pra que nenhum engraçadinho tente batizar nossas bebidas, inclusive, se você quiserem, eu tenho contatos de amigos que nos forneceriam bebidas virgens e saborosas pra nossa galera.
Ela olhou pra mim enquanto falava por apenas por dois segundos e meu peito arfou.
- bebidas virgens?
Ana Cristina perguntou.
- sim, zero álcool.
Os alunos começaram a se despedir e saírem pra ir pra suas casas.
- isso seria ótimo, me passa o número dele.
- não, não, eu faço isso, é formatura de vários amigos meus e eu faço questão de fazer essa pequena doação.
- agradecemos por isso, mas vai te custar muito caro.
- ela é uma D'Onório Rangel, dinheiro não é problema.
Ela sorriu pra mim, sim, pra mim.
- ela falou tudo.
Natalha respondeu e apontou pra mim.
- nós agradecemos de coração, Nat.
Ana Cristina tocou o ombro de Natalha, apenas como um cumprimento de agradecimento, mas eu senti vontade de puxar sua mão pra longe dela.
Credo, Rebeca.
- não foi nada, olhem, eu deixei tudo escrito aqui onde cada coisa deveria ficar no meu ponto de vista, mas se quiserem mudar algo, fiquem a vontade.
Ela me deu se caderninho e nossos dedos se roçaram, nós olhamos rapidamente uma pra outra e então eu peguei o caderninho.
- obrigada, Natalha.
- por nada, a gente se ver, tchau professoras.
Ela ajeitou a mochila nas costas e passou por mim, respirei seu cheiro insuportavelmente delicioso quando passou por mim, respirei fundo mais uma vez querendo sentir seu cheiro e parecia que eu ainda podia a sentir, seu cheiro me lembra a ela e ela me lembra seu corpo, pois seu corpo inteiro tem esse cheiro, não é enjoativo, aquele cheiro que você ficaria o dia inteiro sentindo, não sei se é perfume, creme de pele, creme de cabelo, só sei que é bom.
- posso ver?
Ana Cristina me despertou de novo.
- ah, sim.
Dei o caderno a ela.
- muito bom, essa Natalha já é uma ótima arquiteta.
Sorri levemente me sentindo orgulhosa da minha garota.
- sim, ela é.
Falei sorrindo orgulhosa de novo"______ Nat's pov ________
"Com o jogo se aproximando e o baile de formatura, eu me sentia atolada de coisas, mas é bom pra... Sabe, esvaziar a mente e não ficar pensando na Rebeca o tempo todo.
Dês de que terminamos nossa aventura foi a primeira vez que deixamos uma tensão rolar entre nós, eu até gostei disso, algo ficou no ar, algo que nos disse que teríamos que nos encontrar pra entender.
Mas vamos ficar sem entender mesmo.
- como foi lá, no treino, Nat?
Meu padrasto perguntou enquanto terminava de preparar o lanche da tarde.
- foi tranquilo, estamos indo muito bem, vamos bombar nas semi-finais.
- e como vai funcionar, quer dizer, já estamos praticamente encerrando o ano e vocês ainda estão na semi-finais.
- as finais serão doze de fevereiro de ano que vem.
- entendi.
- eu vou jogar nesse pois não sei se vou estar no próximo.
- é bom aproveitar e pensar bem sobre, pra que fique tranquila quando fazer a prova.
- também tenho pensado nisso.
- aqui.
Ele me deu o que eu mais gosto, panquecas de chocolate, eu absolutamente amo as panquecas dele.
- eu já estava com saudades disso, das panquecas.
- é, aproveitei que sua mãe não está, ela não deixa eu preparar nada quando ela está em casa.
- pra minha mãe é Deus no céu e a cozinha dela na terra.
Falei cortando um pedaço da panqueca e comendo, ele riu da minha piada.
- você tem razão, aproveite, eu vou sair agora pra dá uma olhada no carro de um amigo meu, agente se ver mais tarde.
- até.
Ele tirou o avental o guardando e deixou um beijo nos meus cabelos, depois saiu.
Eu fiquei lá comendo enquanto via algumas coisas aleatórias no Instagram, passados alguns storys eu vi que era aniversário da irmã mais nova da Rebeca pelos seus storys, a foto das duas e uma declaração a parabenizando.
Na hora, entrei no whatsapp e mandei um feliz aniversário.
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Beautiful Teacher {Concluída}
RomanceO que uma atração errada, em momentos errados e tempos errados pode se tornar? Natalha é uma estudante do segundo ano que sofre com dificuldades em matemática, até então seu professor não ligava muito pra isso, mas quando a nova professora substitut...