12° trato.

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Soraya
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Acordei com uma dor de cabeça intensa e um gosto amargo na boca. Não conseguia me lembrar de nada do que tinha acontecido na noite anterior. Minha mente estava em branco, e só conseguia sentir o arrependimento pulsando em cada batida do meu coração. A ressaca me dominava, enquanto eu tentava desesperadamente juntar os fragmentos da minha memória perdida.

Olhei para meu lado e lá estava janja, dormindo serenamente, eu não estava em meu quarto, meu deus será que a gente... Cambaleei até a cozinha, onde a escuridão reinava e apenas uma luz fraca iluminava o ambiente. Ao entrar, fui surpreendida pelo som repentino de um objeto caindo ao chão, seguido por um grito abafado. Meu coração disparou e meu corpo ficou tenso por um momento, até que percebi que era apenas a Simone derrubando algo. Respirei fundo para acalmar os nervos e me aproximei cautelosamente para verificar se ela estava bem.

— Que susto Simone, quer me matar de um infarto?

Ela rir, um sorriso tão radiante.

— Desculpa, eu acabei derrubando!

— Você está bem?

— Sim, você quer algum remédio?

Ela recolhe todos os cacos e o joga no lixo, fico olhando ela.

— Sim, por favor!

— ok!

Simone pega uns medicamentos na gaveta e me entrega, tomo e fico observando ela.

— Você não está conseguindo dormir? Já são quase 4 da manhã!

— Não, muita coisa na cabeça!

Simone responde.

— Como o quê?

— Não sabia que você dançava tão bem assim, adorei os movimentos!

— Obrigada, mas dos meus movimentos você já sabia!

Simone exclama, peguei um copo d'água.

— Então, você e a Janja!??....

Me aproximei dela, a encostando contra a mesa, minhas mãos passaram por sua cintura, seus olhos vidrados nos meus, seu corpo ficou tenso, meu rosto estava a poucos sentimentos do seu, minha mão alcança a maçã, que estava atrás de Simone.

— Boa noite!

— Soraya...

Simone colocou seu braço me impedindo de sair, seu braço acabou esbarrando no copo d'água e derramou em minha blusa, branca, que logo ficou transparente, seus olhos ficam no detalhe transparente, olhei para seu rosto e levantei uma de minhas sobrancelhas.

— Você vai ficar me secando aí, ou...

— Bom, eu daria a minha blusa, mas eu iria ficar sem, e você não iria resistir!

— Então tent conversar comigo olhando nos meus olhos pelomenos, moça que não gosta de moças!

— Estou com sono, vou dormir!

Simone vai caminhando.

— Babaca!

Cochichei.

— O que você falou?

Me viro e vejo Simone fazendo o mesmo, ela já estava na porta da cozinha, não pensei duas vezes antes de tirar a blusa em sua frente e saí de lá, deixando Simone.

— depois eu sou a babaca!

Escuto sua voz no fundo.

Fui para meu quarto e deitei sobre a cama, logo peguei no sono.

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