HUMANO (Sope)

56. SEOKJIN: O ALFA DA MATILHA

Algumas coisas interessantes aconteceram naquela semana. A primeira delas foi a prometida e tão esperada partida da Matilha para seu novo acampamento na floresta. Namjoon e eu fizemos as verificações, depois o Beta foi com um grupo de Machos para limpar e repor tudo o que era necessário, e finalmente, no domingo acompanhei Yoongi que foi para fazer os últimos reparos. Não hesitei quando ele me chamou, pois era uma viagem com muita música, uma brisa fresca e uma ótima oportunidade de foder na floresta sob as estrelas.

Infelizmente, quando cheguei lá, descobri que já havia outros Machos se preparando, indo de um lugar para outro, carregando coisas nos ombros e nos lançando olhares sérios e rostos desconfortáveis. Perdi toda a vontade de estar ali e limitei-me a acompanhar meu Macho em seu passeio pelas cabanas para resolver os problemas. Vê-lo com sua camiseta preta, um pouco suado, grunhindo quando precisava usar mais força enquanto seu cinto de ferramentas puxava as calças para baixo mostrando o rastro de pelos em direção ao púbis não ajudou em nada a melhorar meu estado de espírito e...humor.

Talvez Yoongi estivesse muito concentrado ou distraído para sentir o cheiro da minha excitação, mas isso foi algo que consertei rapidamente.

- Eu juro que se você não me foder agora, vou colocar fogo na porra do acampamento inteiro...-  eu disse a Yoongi em um momento quando ele estava consertando o ralo de uma torneira de cozinha, deitado no chão com as pernas flexionadas.

O lobo olhou para mim, algo entre surpreso e confuso, mas não durou muito. Logo ele soltou um rosnado profundo e rouco e moveu os quadris com sua protuberância cada vez mais dura e saliente.

- Eu gosto assim... - murmurei, me afastando da parede para ir atrás dele.

Vinte minutos depois, saímos do "Cabana dos Aventureiros" com os cabelos desgrenhados, a pele encharcada de suor fresco e as roupas amassadas. Yoongi não parecia se importar e eu menos ainda. Ainda estava na minha névoa tranquilizante depois de quatro boas injeções de esperma de lobo e não poderia me importar menos com nada. Claro, os outros Machos puderam saber imediatamente, eles nem precisaram olhar para nós.

Mas, como já disse, não é algo desaprovado ou vergonhoso na Matilha. Então não baixamos a cabeça e nem saímos de lá, apenas continuamos com nosso trabalho. Eu lia para meu lobo a lista na entrada de cada cabana, que Namjoon havia escrito o que precisava ser consertado, e ele consertava. Quando terminamos, ainda ficamos lá mais um pouco enquanto Yoongi comia seu tupperware à beira do lago e eu fumava deitada ao lado dele. Através das nuvens dava para ver as milhares de estrelas que preenchiam o céu escuro e, por um momento, pensei em como seria bom estar ali com ele por alguns dias.

Foi apenas um pensamento estúpido, é claro. Apenas duas horas antes do amanhecer, entramos no carro para nunca mais voltar ao acampamento.

- Namjoon enviou uma mensagem perguntando se você poderia passar primeiro no abrigo para ajudá-los a colocar tudo no caminhão e verificar os filhotes. - eu disse a Yoongi durante o café da manhã.

Ele terminou seu copo de leite e acenou com a cabeça, o bigode feito de leite. Então digitei uma resposta rápida com o sanduíche de presunto entre os lábios e deixei o telefone no bolso. Meu lobo não preparou uma mochila antes de partir, pois não iria passar mais de doze horas lá antes de voltar para sua Toca. Mesmo assim, ele se despediu como se fosse passar anos: grunhidos, carícias, abraços e beijos por quase dez minutos no meio do quarto, até eu me cansar.

- Você não vai para a porra da guerra, Yoongi. - eu o lembrei. - Pare já.

O lobo me deu um último aperto e saiu pela porta sem sua habitual tupperware, já que a Matilha fez questão de levar bastante comida para todos. Já sozinho, fiz outro café, fumei um cigarro e sentei no sofá com os braços estendidos no encosto. Assisti a um programa idiota na TV e liguei o noticiário noturno antes de me preparar para sair de casa. Eu não tinha certeza se deveria continuar trabalhando sem a Matilha lá, mas como ninguém tinha me dito nada, fui mesmo assim. Só para que não pensassem que eu não estava levando as coisas a sério.