Capítulo 4

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Uma hora depois, eles escaparam da família dela e das histórias sobre as travessuras em que Mildred e Matilda haviam se metido quando crianças. Enquanto Harry ria o tempo todo, a mão dele estava pousada na coxa dela embaixo da mesa da sala de jantar, subindo pela parte interna da coxa. Ela só conseguia mordiscar o lábio para não expor os dois.

Ela já tinha estragado a calcinha por causa da sessão de beijos acalorados que se transformou em mais no sofá, mas a antecipação ressoava em seu estômago enquanto ela pensava no que poderia vir a seguir.

— Eles vão se deitar em breve — disse Hermione calmamente ao fechar a porta atrás de si. — Não acho que...

Ele sorriu, depositando um beijo suave no canto da boca dela. — Eu não vou tocar em você até que eles estejam dormindo — Harry a tranquilizou, pegando a gola da camisa dele e puxando-a por cima da cabeça.

Ela sabia que ele estava em forma, é claro, mas dada a súbita mudança no relacionamento deles, sua boca secou enquanto ela o absorvia. Na verdade, não era justo que um homem parecesse ter sido esculpido em mármore com a forma como seu abdômen era definido e como havia um "V" levando até suas nádegas. Hermione notou que ele lançou encantos de silenciamento e bloqueio, um encantamento tão suave que nem um rato poderia ter ouvido. — Harry — começou Hermione, com a voz mais ofegante do que se lembrava com Oliver.

— Hermione. — Ele disse com um sorriso, colocando a varinha na mesa de cabeceira. — Você está tensa.

Ela riu: — Ainda estou tentando descobrir o que dizer a você. Quando o convidei para passar o Natal em casa, não imaginei que isso fosse acontecer. Não que eu esteja reclamando.

Harry deu um passo em direção a ela, com as mãos pousadas em seus ombros. Ele se inclinou para baixo, com os lábios roçando o lóbulo da orelha dela - sorrindo quando ela estremeceu - e sussurrou: — Vou preparar um banho para você.

Ela piscou os olhos. — O quê? — Hermione perguntou sem graça, com as sobrancelhas franzidas. Ela tinha tanta certeza de que ele iria jogá-la na cama e...

Ele riu, colocando um cacho solto atrás da orelha dela. — É uma pena que eu raramente a veja confusa, você é adorável quando está confusa.

— Eu - o quê?

— Eu ainda sou o Harry, e você ainda é a Hermione.

— Sim, eu diria que a biologia básica não mudou. — Hermione retrucou, revirando os olhos. No final do corredor, a porta do quarto de seus pais se fechou.

Harry sorriu. — Oh, tenho certeza de que nossa biologia básica não mudou, dado o que aconteceu no sofá.

Suas bochechas se aqueceram enquanto ela olhava para os dedos dos pés. — Vai se foder. — Não havia malícia nas palavras, apenas um tom de brincadeira quando ela o golpeou. — Não estou dizendo nada do que quero dizer.

— Isso soa como um problema pessoal — respondeu Harry de forma atrevida. — Quanto ao banho, acho que você merece. Quando foi a última vez que você deixou alguém cuidar de você?

Hermione ficou em silêncio. Olhando mais uma vez por cima do ombro para ter certeza absoluta de que estava trancado, ela se voltou para ele. — Você pode preparar um banho para mim em outra ocasião, Harry. Não é isso que eu quero fazer no momento. — Ela passou os braços em volta do pescoço dele, moldando-se à sua curva. — Eu gostaria de te perguntar o que diabos está acontecendo.

— Estamos gostando um do outro. — Ele murmurou, passando o nó dos dedos sob o olho dela. — Eu, particularmente, estou gostando bastante de você.

Ela engoliu, criando coragem para fazer uma pergunta cuja resposta poderia não lhe agradar. — Você deve saber que eu tenho perguntas.

Ele riu: — Eu sei disso. Eu te direi tudo o que você quiser. — Harry a puxou para a cama, sentando-se contra a cabeceira e dando um tapinha no espaço vazio ao lado dele. — Sente-se comigo?

Once Upon A Holiday | HarmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora