DOÇURA |
O verão de 1977 foi para os Potter, ainda mais triste do que os dias chuvosos e frios do inverno. Com a perda de Euphemia Potter, tanto James quanto Fleamont sentiam-se perdidos sobre o que fazer a partir daquele momento. Quando o verão os...
CAPÍTULO DEZOITO 'ele com seu triste canto te acompanhará e até que eu possa te abraçar, lembre de mim'
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Havia uma longa lista de coisas que os jovens da família Black eram impedidos de fazer, beber, entretanto, não era uma delas. Obviamente era controlado e não poderia atingir seus nervos o suficiente para envergonhar sua família. Thalia Black estava acostumada com três ou quatro taças de vinho, mas aparentemente sua tolerância era diferente para duas garrafas de champanhe.
Ao abrir os olhos na manhã seguinte, a garota ainda conseguia ouvir o burburinho na parte de fora da casa, era provável que a festa continuasse o dia todo, era assim que funcionava a festa de ano novo para aquelas pessoas, uma noite e um dia de regalias, bebidas, comidas, charutos e muitas falas cruéis. Mas não era isso que importava para Thalia, no momento em que a noite passada a atingiu como um chute e ela se perguntou se tinha passado por um delírio, se Potter nunca viu suas cicatrizes, se ela nunca contou a ele a razão para a existência delas.
Thalia se pôs de pé, seus corpo dolorido pela forma desengonçada que a garota dormiu, o elástico do vestido causou marcas na pele pálida e a máscara de cílios estava espalhada abaixo dos olhos, o delineado não era mais delimitado, havia desaparecido completamente. Ao olhar para baixo, Thalia quase caiu sobre o colchão de novo, adormecido sobre seu tapete branco e felpudo, coberto por uma fina camada de uma manta que encontrou aos pés da cama, estava James Potter.
Desviando-se cuidadosamente do garoto, a Black correu até o banheiro na ponta dos pés, sem ter que se preocupar com os cacos de vidro que foram mantidos e colocados em um saco de papel no canto do quarto. A garota entrou no banheiro em pânico, fechou a porta e parou em frente a pia do banheiro, respirou fundo e lavou o rosto com cuidado de livrando dos resquícios da maquiagem restante da noite passada.
Quando terminou, ela voltou a encarar a si mesma, sem maquiagem as dezenas de manchinhas que formavam suas sardas eram bem visíveis, assim como os grandes círculos escuros abaixo de seus olhos, reflexos das noites mal dormidas anteriores à essa. A garota balançou a cabeça tentando espantar qualquer pensamento negativo, ocupando-se em escovar os dentes enquanto pensava no que faria com o garoto adormecido do lado de fora.
Alguns minutos mais tarde, Thalia deixou o banheiro e encontrou James já de pé, os cabelos ainda mais bagunçados enquanto ele dobrava cuidadosamente a coberta com que dormiu e então se virava na direção dela sem perceber sua presença de início.
Mas então James parou, os olhos castanhos caíam sobre ela, lá estava as respostas para os questionamentos de James, para todas as noites que ele vinha se perguntando como seria vê-la acordar, como era sua aparência sem toda a preparação que ele tinha certeza que ela fazia antes de passar pelas portas do grande salão. E por Merlin, como Thalia era linda, as sardas, os lábios rosados, os fios amassados pela noite passada formando pequenas ondas em seu cabelo sempre tão liso.
