O presídio masculino

Agora estamos quites.

Sejam bem-vindos ao terceiro capítulo do universo "O presídio masculino".

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Só um aviso: preparem o coração!

É isso..

Boa leitura! ♡

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Agora estamos quites

Faz uma semana que estou na mesma situação.

Só que pior.

No começo eu achei estranho porque ninguém veio me ver.

Até que pedi pra falar com meu advogado e ele me disse que meus pais afirmaram com toda a certeza do mundo de que nunca iriam me visitar num presídio masculino. E ele me entregou uma carta do meu namorado, em que ele terminou tudo comigo e afirmou que agora está namorando Candy, e ainda me contou algo que me deixou pior ainda.

Ele disse que já me traia com ela há mais dois meses.

Agora tudo está claro. Ela armou pra mim. 

E eu não duvido que ele também estava junto com ela, nesse plano.

Eles precisavam do caminho livre pra ficarem juntos e me acusaram de roubo.

Os primeiros dias depois da carta, foram os mais difíceis.

Eu passei horas chorando, me culpei por diversas vezes, fiquei com raiva por mais vezes ainda. 

E pra piorar a TPM não me ajudava muito.

Eu conheci várias pessoas aqui, nessa semana. O cara do primeiro dia foi levado para a solitária, acusado de assédio e agressão contra mulher.

Não conversei mais com Jk, depois daquele dia. Mais às vezes trocamos contato visual. Vários dias eu acordei com ele me encarando, do outro lado da cela, às vezes eu o encarava de volta e nas outras, eu apenas o ignorava.

Hoje era dia de visita e como sempre eu não receberia ninguém. Só fui pro pátio pra poder sentir a brisa suave. 

A cadeia é um lugar frio e solitário.

Eu não vi o Jk no pátio hoje. Ele também não recebia visita. Mas sempre estava no pátio conversando com alguém.

Algumas vezes me peguei pensando se ele não tinha uma familia ou amigos lá fora, que se preocupassem com ele.

Mas uma coisa eu entendi, "Quando se é preso, você percebe quem realmente esta do seu lado. E muitas pessoas que entram aqui, saem sem ninguém os esperando lá fora." Não duvido que não seja assim comigo também, quando eu for solta.

Hoje foi diferente do outros dias, não vi Jk, nenhuma vez, no patio.

Senti vontade de ir ao banheiro, mas, como eu não iria aguentar até entrarmos, resolvi ir no que tinha perto do pátio mesmo.

Entrei na porta e ouvi alguns barulhos estranhos. pensei ser coisa da minha cabeça, até perceber que, quanto mais eu me aproximava do banheiro, mais o barulho aumentava.

Já dentro do banheiro, eu vi aquela cena horrível.

Jk estava deitado no chão, enquanto três homens batiam nele. Ele não parecia estar bem.