◇4◇ Expectativas e Bicicletas

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Makayla e Rune me levaram para conhecer todo o interior da escola, além de me explicarem algumas coisas sobre como as aulas funcionam

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Makayla e Rune me levaram para conhecer todo o interior da escola, além de me explicarem algumas coisas sobre como as aulas funcionam.

Achei um tanto complicado, mas me esforçarei para entender e, pelo menos, não ser tão ruim a ponto de nem para o mais baixo escalão do exército eu servir.

Estamos saindo da biblioteca mais linda e grande que eu poderia imaginar ver ao vivo na minha vida. Acho que encontrei meu lugar de fuga.

— Então eu posso ir à biblioteca a qualquer hora e pegar qualquer livro? — pergunto um tanto animada.

— Menos no horário das aulas ou depois do toque de recolher, o qual quase ninguém respeita. E, em questão dos livros, nunca escutei sobre a proibição de algum deles — Makayla me explica.

— Com tantas coisas para fazer nos tempos livres, nem pense em livros, Azul — Rune fala, me fazendo suspirar.

Quero a amizade dele, então me contenho para não revirar os olhos com suas palavras.

— Estamos sendo, ou melhor, estarei sendo treinada para o exército. Quero ter meus momentos de fuga da realidade, e nada melhor que livros — é o que respondo, ou retruco.

Agora eles estão me levando até a sala de treino para conjuradores. Cada poder tem uma sala de treino específica para seus treinamentos.

— É aqui que vai treinar com outros conjuradores — Makayla me mostra uma porta dupla escura, como todas as outras deste lugar.

— Então vamos entrar? Quero ver lá dentro — talvez eu esteja um pouco animada demais para as coisas.

Viver dez anos em um porão não me deu muita visão de mundo, ou de como me comportar nele.

— Não podemos entrar, queridinha — Rune fala.

E, pelo seu tom, acho que ele já está se irritando comigo. Acredito que a amizade que quero e estou tentando cultivar não vá muito longe. Espero estar muito errada.

— Como assim? — pergunto confusa, ignorando meus pensamentos intrusivos.

— Vá lá, veja como é, e não demore, pois vamos almoçar na cidade — Makayla ainda não me fala o motivo de não poderem entrar na sala.

— Cidade? — Talvez eu esteja ajudando a desviar do assunto, o qual com toda certeza irei perguntar depois.

— Sim, você não viu? No pé da montanha — Makayla pergunta.

— Achei que fosse um vilarejo — constato.

— Não se engane, Azul, ela tem muito mais para mostrar. Agora vai lá, estamos te esperando — dou de ombros para o que Rune diz e, logo depois, assinto.

Assim que entro, deixando Makayla e Rune para trás, meus olhos piscam com a claridade, e vejo uma sala vazia.

O lugar é basicamente uma sala completamente vazia, como já falei antes, com seis janelas enormes, onde só consigo ver o céu azul do lado de fora. Aqui é tão alto, assim?

Conjuradora de SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora