◇6◇Uma Tarde de Surpresas

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Depois de me desvencilhar do Davian, vou para o quarto que divido com a Makayla

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Depois de me desvencilhar do Davian, vou para o quarto que divido com a Makayla. Lá, procuro calças que não pareçam ridículas e encontro apenas um jeans com desenhos de lua e sol pintados à mão no tecido, fui eu mesma que fiz. E acredite, essa não é muito melhor.

Após escolhê-la, sabendo que ainda tenho umas duas ou três horas até me encontrar com o Lyall, vou até a biblioteca ver se encontro algum livro que me encante. Erro meu: encontrei tantos que me interessaram que tive que escolher na sorte qual pegar primeiro.

Depois de levar o livro para o quarto, passei as horas restantes lendo-o sobre a cama. Assim que vi a hora, percebi que tinha poucos minutos para correr até a garagem da escola. Visto a calça jeans e uma camisa de manga longa azul e saio correndo.

Ao chegar, à primeira vista, não vejo o Lyall, até ele sair da garagem empurrando uma bicicleta, a mesma lilás e com uma cesta branca na frente.

— Lembrei de você quando a vi. — Ele fala ao perceber que meus olhos não saíam da bicicleta.

— Não sou tão delicada assim. — Digo, me aproximando dele.

Lyall logo me dá algumas explicações de como manter o equilíbrio para não cair. Ele me ajuda a subir na bicicleta e, ainda segurando a parte da frente, me ajuda a começar a me locomover.

— Lyall, foi você quem disse à Sorah e à amiga dela que havia uma novata mais velha que era uma esquisita? — Pergunto assim que tenho a chance, que é quando paramos alguns minutos para descansar. Aprender a andar de bicicleta não é tão fácil, mas já consegui dar algumas pedaladas sem a ajuda do garoto de cabelo preto e olhos dourados.

Agora estamos sentados no banco à beira do penhasco onde apreciei a vista mais cedo.

— Não! Eu jamais falaria isso, além do mais, a Sorah e a Angelique não vão muito com a minha cara desde uma brincadeirinha que eu, a Mila e o Miles fizemos com elas três anos atrás. — Ele diz, parecendo um tanto ofendido.

Posso parecer um tanto ingênua, mas acredito automaticamente nele. Lyall parece sincero, mas mesmo assim resolvo cavar mais sobre o assunto.

— Mas você foi a única pessoa que me viu, além da diretora Lenore e da secretária Summer. — Digo, tentando não usar um tom acusatório contra ele. Acho que consigo.

— Eu falei de você para o meu colega de quarto... — Lyall começa a explicar, e eu já fico mais atenta para o que vem depois. — Ele se chama Elliot; não somos amigos nem nada. Aliás, já tentei trocar de quarto com ele para dormir com o Miles e ele com o amiguinho idiota dele, mas a diretora negou. — Eu assinto, querendo saber mais.

— Certo, e o que você disse? — Pergunto, me acomodando no lugar para fitá-lo melhor. O olhar dele não vacila um segundo, o que só aumenta minha vontade de acreditar nele... ou talvez ele seja apenas muito persuasivo.

Conjuradora de SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora