Livro de minha autoria🧡
Zoé Ibranovik, um tanto cheia de si, uma bruta personalidade adquirida de seu pai...
Espontânea e alegre, um tanto otimista, uma alma selvagem e ao mesmo tempo um corpo frágil, uma menina mulher que se deixa levar por suas...
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Uma enfermeira se encarrega e cuidar do nariz e do das feridas em meus lábios enquanto a outra coloca compressas em meu abdômen. Kalil não saiu um minuto sequer do meu lado desde que me tirou da casa do meu marido espancador, não soltei nenhuma lágrima desde que aterrizamos a uma hora.
Kalil quis garantir que fosse medicada e cuidada, como também quis garantir que eu não estou grávida pra poder pedir a anulação do casamento.
Recebi os analgésicos antes do Kalil me levar até a casa dos meus pais, mamãe me recebeu de braços abertos então me permiti chorar. Como ele pode ter feito isso comigo? Sua mulher? Como pode ter coragem de me machucar tanto assim?
Como eu pude ter me enganado e ter deixado as coisas chegarem a esse ponto? Quando foi que me perdi tanto?
Minha mãe cuidou de mim e me ajudou no banho, suas mãos o mais delicadas que fossem não formam capaz de me fazer não me esquivar de dor quando tocou em meus cabelos!! Dizia amar meus cabelos mais na primeira oportunidade me arrastou pelos cabelos...
— Você vai ficar bem meu amor, eu juro!!— Enrolada em um roupão me dirigi até a cama e me deitei, lá estava Ternura segurando uma xícara do meu chá favorito.
— Preciso de uma pílula do dia seguinte— Não vou dar um filho ao Enzo, nunca em toda minha vida! Não tive coragem de receber minhas primas e tias, não com essa cara cheia de hematomas.
Minha mãe cantou uma canção de ninar e as poucos me entreguei ao sono, foi assim o final de semana inteiro até o noivado do Kalil e da Agnes, pobre garotinha...
Estava me recuperando, pela primeira vez tive coragem de falar pra as pessoas, a minha família de verdade sobre como foram os 4 meses casada e morando com Enzo Cosa Nostra. Todas as mulheres da família estão presentes deixando apenas de fora as menores e não casadas. Doeu ter que admitir que vivo em casamento fudido, doeu ter que admitir que não foi nada como eu sonhei ao longo da minha vida.
Minha mãe chorou tanto por saber que a mulher que confiou cuidar de mim acobertava as agressões do filho, eu também acobertava, fui covarde demais tal como ele... A culpa também é minha, deixei que continuasse a me agredir!
— Sinto muito Zoé, seu marido veio te buscar— Sabia que uma hora ele viria, sabia que não me deixaria ir tão fácil, mais ao menos não podia respeitar minha dor após ter me surrado como um de seus soldados a três dias atrás.
— Não deixa ele me levar por favor Kalil— Implorei me escondendo nos braços do meu irmão, mais eu sabia que ele não podia fazer mais nada, ninguém mais podia fazer nada.
Na sala de estar ainda fui obrigada a ouvir Demetri falando da surra que seu sobrinho me deu como algo banal. Não é suposto alguém alguém sair espancado de uma briga de casal, não foi uma briga, ele me espancou!
Os socos que meu pai deu nele não foram nada, quando Kalil bateu nele em nossa casa também não foi nada, jamais seria suficiente pra mim! Quero que sofra igual ou pior eu sofri nas mãos dele. Seu rosto machucado não está pior que o meu!
— Você tem noção da merda que fez garota? — Demetre perguntou assim que entramos na aeronave.
— Cale a boca seu velho nojento! Eu não vou ser saco de pancadas de ninguém — Demetre me fuzilou com os olhos como se fosse me matar a qualquer momento.
— Vai deixar que sua mulher fale assim com o seu tio?—
— A deixe em paz porra— Não esperei que os sinais luminosos se apagasse completamente, me dirigi a suíte do avião e lá permaneci durante s viagem toda
— Você ainda vai passar muita vergonha Enzo- Ouvi o bater suave na porta e mandei entrar.
Leonardo surgiu trazendo uma bandeja de comida como se eu fosse capaz de comer agora.
— Leve isso eu não quero comer nada—
— Tudo bem, podemos conversar um pouco?—
— Se veio aqui defender o seu capo covarde você pode ir embora—
— Jamais o defenderia isso não! Na verdade quero me desculpar pelo Enzo e pelo meu pai, eu sei o quanto os dois podem ser idiotas... Eu sinto muito Zoé jamais achei que ele fosse capaz de algo assim— Leonardo com certeza é o mais sensato nessa família de merda.
— Não deve pedir desculpas por ninguém, o capo com certeza não se arrepende pelo fez e o seu pai só ofereceu o que ele tem, nada!-
— Coma um pouco, a viagem ainda demora — Meu pai podiam propor um matrimônio com Leonardo, com certeza seria feliz.
— Obrigada — Leonardo me deixou sozinha e então me deitei pra dormir, não estou nada pronta pra enfrentar Enzo em casa, mais com certeza o enfrentarei!
(...)
Passei a viagem inteira na suíte, sai apenas quando o avião aterrizou em solo italiano. Não esperei por nada, assim que as portas se abriram sai logo do avião, não aguento mais um segundo ao lado do Enzo.
— Me leve pra casa agora!— O soldado apenas assentiu e me levou pra casa. Não adiantou nada, chegamos quase juntos em casa, com esforço subi as escadas ouvindo seus passos atrás de mim.
— Vamos conversar por favor Zoé— Ri, agora ele quer conversar? Após me espancar?
— Não temos nada pra conversar capo, pegue suas coisas e saia desse quarto agora!—
— Está maluca ?—
— Estou! Não vou dividir o quarto com você e também não vou sair desse quarto! Pegue suas tralhas e saia !— Enzo se aproximou tentando me beijar, esquivei meu rosto e o empurrei pra longe.
— Não chega perto de mim—
— Eu te amo Hope, os dias em que fiquei sem você aqui foram terríveis— Revirei meus olhos, acha que irá me comprar com palavras bonitas, como fazia trazendo presentes.
— Você não me ama, quem ama não faz o que você fez comigo, Viveremos sob o mesmo teto mais você nunca mais irá tocar em mim —
Enzo suspirou saindo do quarto batendo a porta com força, Covarde de merda.
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