Ritmo mortal +18 Romance Dark

Cinque

Zoé Cosa Nostra

Depois de maquiada e devidamente apresentada saímos do quarto para receber minha sogra. Essa parecia impaciente olhando a decoração da sala.

— Boa tarde senhora Giovane, desculpa o tempo que a fiz esperar —
Solto da mão do Enzo e me aproximo dela beijando seu rosto como das outras vezes em que nos encontramos.

— Não se deixa a sogra esperando por uma hora, é falta de respeito !—
Enzo suspira tomando a frente do assunto.

— A senhora veio sem avisar, somos recém casados e embora não tenhamos saído de viagem estamos em lua de mel ainda —
Me sinto envergonhada por ele praticamente ter dito que estávamos transando.

— Desculpe senhora Giovane, não vai mais acontecer.—
Essa assente.

— Eu fiquei com saudades, você nem ligou pra mim Enzo, a casa sem você está vazia—
Me controlo pra não revirar os olhos.

— Mãe eu tenho 31 anos, sou casado agora e essa é a minha casa —
Enzo não é o tipo de pessoa com muita paciência.

— Com licença, vou ver o almoço —
Enzo assente e eu saio os deixando a sós, Enzo me ordenou a falar com a governanta pra que ninguém voltasse a nos interromper como a pouco tempo, mais eu fiquei com vergonha. Assim que pisei na cozinha a governanta me olhou vermelha de vergonha.

— Perdão senhora, por favor a senhora Giovane disse que me demitiria se não a chamasse —

— Tudo bem, só não volte a fazer isso, minha sogra não manda nessa casa. O almoço já está pronto ?—

— Sim senhora, já estamos servindo a mesa —
Assinto.

— Coloque um lugar para a minha sogra —
Regressei a sala de estar e me sentei perto do Enzo que apertou minha perna sob o vestido e o olhar da sua mãe, devo ter atingido todos os tons de vermelho.

— Então Zoé, meu filho já a levou pra conhecer a cidade?—

— Ainda não sogra —
Os olhos da Giovane chegaram a brilhar quando o chamei assim.

— Précisa a levar pra ver a cidade Enzo, eu gosto muito de ti minha nora linda espero que encontre uma amiga e até mesmo uma segunda mãe em mim—

— Eu também gosto da senhora sogra, eu também espero—
A governanta veio nos chamar para o almoço e assim fomos.
Almoçamos com dona Giovane contando histórias engraçadas do Enzo quando criança, fiquei feliz em saber que apesar da iniciação na máfia ele teve tempo pra ser uma criança.

— E quando pretende dar um herdeiro ao meu filho?—
Sério? Eu não tenho nem 3 dias completos de casada.
Limpo minha boca no guardanapo e a respondo.

— O mais breve possível—
Eu sabia que essa é a minha missão aqui, dar um herdeiro e homem ao meu marido, é pra isso que Enzo se casou, pra ter seu herdeiro e alguém cuidando da sua alimentação, saúde e entreter.

— Que Deus abençoe seu útero—
Se seu filho não o estragar.

— Amém —
Após o almoço Enzo comunicou que levará a mãe em casa e a seguir irá trabalhar. Beijou minha boca e foi dizendo um mais tarde, me despendi da minha sogra e fui para o quarto dormir deixando avisado que eu faria o jantar essa noite.

                                     (...)

Todas as funcionárias já haviam ido embora, apenas eu estava na casa cozinhando, limpo minhas mãos no pano de louça e vou ver o molho de tomate que já está pronto. Regresso ao balcão pra cortar batatas para o purê.