Darling Friendship

Minha garota

Notas iniciais: oie, tudo bem?
Peço mil desculpas pela demora sem fim, infelizmente fiquei atolada demais com minhas atividades cotidianas e não consegui postar a tempo por motivos de cansaço.

Desde já, espero que gostem do capítulo e comentem se estiver gostando. Não se esqueça de votar também

E voltar para o próximo! Obrigado pela paciência🩷

Maddie

Fiquei um pouco abismada quando me contaram que o médico havia me colocado em coma induzido após a minha parada cardíaca. Dizem que você sente alguma coisa nesses momentos, pelo menos eu não me lembro de nada. No fim, a morte deve ser assim, indolor para quem está morrendo, mas doloroso para quem está assistindo e essa é a única parte que me causa um aperto no coração. Imaginar meus amigos sofrendo por causa do medo de me perder me causa uma sensação de culpa. Eu não queria deixar ninguém preocupado comigo. 

A única parte ruim de ter acordado, é que estou consciente o bastante pra ter noção do gesso pesado na minha perna esquerda. Terei que usar ele de 6 a 8 semanas, mas fora isso eu estou bem. Acabei de receber alta do hospital depois de ter passado duas semanas deitada naquela cama comendo sopinha e gelatina, agora estou indo para casa com Justin e um monte de remédio para não sentir dor. O pacote completo. 

Ele me trouxe uma mochila com todos os meus vestidos, até os que uso para festas e casamentos – não que eu fosse usar. Não dava pra usar alguma calça na minha situação, então foi um boa ter pego algo que não cobrisse minhas pernas.

Justin para no sinal e tira o celular do bolso quando uma notificação chega. Ele olha para a tela e sorri.

— Minha mãe e o pessoal acabaram de chegar em casa. — Fala, depois me olha. Ceci foi embora com Megan, Lorie e Jeremy um dia antes de me darem alta, já Tiffany ficou na casa da irmã dela, disse que queria ficar mais tempo porque estava pensando em se mudar para continuar o seu curso na nossa universidade. Segundo ela, meu acidente foi um ótimo pretexto pra adiar o que ela estava procrastinando a tempos.

— Chegaram bem? — Ele assente, guardando o celular no bolso de novo. O sinal abre e Justin acelera. Me mexo quando sinto um leve desconforto na perna por causa da minha posição. Não posso tocar o pé no chão e colocar meu peso sobre ele, como também preciso ficar com a perna esticada. Embora o banco esteja esticado ao máximo para trás, ainda sim me sinto desconfortável. Sinto minha perna latejando e garanto que isso dói. Justin nota meu desconforto, me olhando preocupado.

— Está tudo bem? — Faço que sim, mas a minha careta diz que não. — Ei, a perna está doendo, né?

Aperto os lábios e concordo.

— Preciso de espaço.

— Estamos quase chegando. — Ele sorri pra me confortar, em seguida olha para minha perna. — Quer colocar a sua perna no meu colo? — Olho pra ele, pensativa. — Vai ser mais confortável.

— Sim, pode ser. — Respiro fundo, pensando em como vou segurar uma perna toda rodeada de gesso e colocar em seu colo. — Eu não...Justin, vai doer.

— Não vai. — Ele encosta o carro e tira o cinto, depois chega em mim, e com muito cuidado, ergue a minha perna para cima e coloca em seu colo, depois põe o cinto. No fim sorrio porque não doeu nada, o latejar passa depois que minha perna está para cima. Respiro aliviada. — Podemos? — Justin pergunta com um sorrisinho satisfeito.

— Meu Deus, como eu...— olho para ele, cheia de expectativas no meu olhar. Ele me espera pacientemente. — estou feliz...— queria dizer que o amava, mas não consegui falar, como foi quando estava no hospital. Não entende o porquê me sinto travada quando tenho a oportunidade, nunca foi um problema antes, mas agora parece tão diferente.