Capítulo bônus - T&R

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Capitulo bônus voltado para um dos casais secundários, espero que goste e comente se estiver gostando. Pode conter erros ortográficos que serão corrigidos depois.

Boa leitura.

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Tiffany


Ficou um silêncio horrível, quase constrangedor,  depois que o Justin saiu daquele jeito. Ninguém disse nada, ficamos olhando pra Maddie enquanto ela encarava a porta com uma cara de choro. Justin não parecia ter dito algo que tivesse magoado ela, pelo menos não na nossa frente e eles pareciam bem quando chegaram à sala. Acho que o choque se deu pelo fato de que os dois estavam, aparentemente, prestes a sair, mas ele acabou decidindo ir sem ela sem mais nem menos. Só a beijou na testa, não olhou para ninguém e saiu pela porta. 

Chaz tosse, Ryan bagunça o cabelo e Maddie desvia o olhar quando percebe que estamos encarando. Eu não sei o que fazer, nem sei se ainda devia estar aqui. Acabei ficando por pura insistência do Chaz. Ele é um cara legal, pelo menos é mais suportável que Ryan. Eu não sei porque ele me irrita tanto. Talvez seja esse jeito cafajeste de se portar comigo. Nada discreto. Ele deixa claro suas intenções.

— Ué, o que deu nele? — Chaz quis saber e ela deu de ombros, claramente ressentida com o comportamento repentino do amigo.

— Eu não sei...— Ela suspirou, pensativa. 

— Quer uma abraço?— Ryan ofereceu com um olharzinho de compaixão. Ela assentiu vagarosamente. Ele a puxou para um abraço apertado, daqueles em que o rosto fica enterrado no peito. Fico sem saber o que  fazer, sou nova aqui e, apesar de me sentir intima da Maddie, ainda sim me sinto uma intrusa. Olho para o Ryan todo atencioso, dando apoio a ela e desejo alguém assim ao meu lado. Um amigo de verdade. Que se importa ao ponto de nem perguntar se eu estou bem. Eu tinha a Megan, mas ela ficou bem ocupada depois do casamento e da gravidez. Não a culpo, eu também dei uma afastada. 

— Bem, acho que vou pro meu quarto. — Ela diz depois que se separa do Ryan.

— Quer companhia? — Ofereço.

— Não. Quero ficar sozinha. Obrigado, Tiffy.

Vou até ela e lhe dou um abraço apertado. Ela sorri.

— Me manda mensagem qualquer coisa, por favor.—Ela sorriu e murmurou um ok.

E ficamos só eu e os dois meninos na sala, mas já estava dando a minha hora. Eu precisava trabalhar se quisesse dormir embaixo de um teto por mais uma noite, por isso peguei a minha bolsa.

Parei quando Ryan deu um passo na minha direção. Meu coração deu uma falhada, eu esperava por isso. Não vou mentir.

— O que você quer? — Ele encarou a bolsa na minha mão, o cenho franzido.

— Por que está pegando sua bolsa? — Perguntou todo preocupado. Eu o acharia um fofo se ele não fosse tão idiota às vezes.

— Ué, ela vai embora, mané. — Ele ignorou Chaz e seguiu me olhando.

— Mas já vai, princesa? Fica mais um pouco...

— Eu preciso trabalhar, garoto. — Joguei a bolsa no ombro e passei por ele.

— Mas hoje é sábado.

— Ouça uma novidade, — Fiquei de frente para ele, fitando seus olhos verdes intensos. Era desconcertante. — tem gente que trabalha no sábado, acredita?

— Posso te levar?

Touché, Ryan!

Eu não tenho carro e estou tão dura que não tenho dinheiro para o táxi. Eu iria andando, era a ideia. Tenho vergonha de admitir que estou tão pobre que meus bolsos estão pedindo socorro de tão secos. Estou na merda, tão fodida que estou quase me rendendo ao desespero. Eu sou orgulhosa, nunca vou pedir ajuda a essas pessoas que acabei de conhecer. Não tenho coragem de dizer que não nem onde cair morta. Trabalho numa lanchonete há alguns metros daqui, recebendo um salário humilhante pra ser humilhada todos os dias por uma velha rabugenta. Quero dizer isso ao Ryan enquanto ele me encara com esperança, mas me seguro. Respiro fundo e cedo a carona. É minha melhor opção até o momento.

Darling FriendshipOnde histórias criam vida. Descubra agora