𝟬𝟴. 𝗣𝗿𝗼𝘃𝗮𝗿

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Se a vontade de Galeine era chorar, o desejo dissipou - se, sendo substituído por outro, não era um bom momento para concluir estar, atraída por um homem que se quer podia ver o rosto, mas podia sentir o seu toque arrepiar partes de seu corpo mesmo por dentro de sua roupa.

Era muito mais tentador sentir os lábios dele em volta dos seus, ao mesmo tempo que os procurando, fugindo deles, deslizando em seu queixo, e no canto de seu nariz, ela entendia muito bem o que era aquilo, o modo como a provocava, talvez devolvendo sua insistência em coloca - lo contra a parede e os momentos em que o contrariou, que mesmo poucos, foram suficientes.

Ele sentia os lábios dela deslizando pelo seu dedo, que os contornavam, enquanto queriam pregar - se aos seus, como os seus aos dela. Lábios carnudos, que lhe causavam o anseio de poder prova- los, mas o suspense era muito mais excitante que acabar logo com aquilo, gostaria de continuar sentindo um pouco mais os arrepios que percorriam seus braços fortes.

As mãos entre seu peito, ombro e pescoço, tentando dividir - se em qual canto acomodar - se, Grabber imaginava - as por baixo da camisa preta que usava, percorrendo sua pele clara e seu peitoral definido, que escondia de baixo daquela também camiseta vinho, ela o acompanhava tocando delicadamente, desenhando com as pontas dos dedos seu queixo e as linhas em volta de seus lábios, que provavelmente formavam um sorriso largo.

Uma boca muito bem traçada ele tinha, teimosa para se unir a dela, ainda resistindo ao que devia confirmar o que já não restavam dúvidas, do que os uniam e os consumiam. Grabber não conseguia mais apenas ver os lábios dela ansiosos e desapontados, pelas vezes que os fez pensar que os envolveria no beijo que iria incendia - los por dentro.

Queimar seus corpos, testar seus batimentos, fazê - los dividir o fogo que crescia. Depois de deixar inúmeras dúvidas se permitiria que aquilo realmente acontecesse, o beijo cedento que ambos gostariam de provar veio com o fôlego consumido pela espera, do que poderiam ter feito antes.

No momento em que provou aqueles lábios e sentiu as mãos dele rapidamente encontrarem um lugar fixo para prende - la, Galeine o permitia curva - lá um pouco mais, sentindo - se quase sobre a pia, logo atrás de seu corpo, o enlace dele, não era nem um pouco frouxo e era o que os aquecia ainda mais.

Descontando em sua camisa a excitação e o controle que sentia precisar ter, os dedos dela enrugavam o tecido e chegavam até os cabelos claros, quase até os ombros, sem o incidente de derrubar a cartola que em segundo algum os atrapalhou, os dedos de Grabber a apertavam cada vez mais.

Até que ele começasse a sentir o suspiro indiscreto que anunciaria a ela estar presa o suficiente, para ter a certeza de apenas uma coisa, que havia a feito sentir o mesmo que sentiu durante todo o tempo próximo, ainda quando a viu de longe e agora, sem a necessidade de confirmar se havia conseguido fazer pulsar e molhar o que em seu corpo já não se aguentava mais.

A batida insistente, junto com a voz que chamava pelo seu nome foi se tornando mais alta conforme Galeine despertava sobre sua cama, acompanhada da sensação de indisposição e de tudo estar girando. O respirar de espanto por ter acordado com as batidas de Chad em sua porta foi a primeira coisa que fez antes de levantar a cabeça do travesseiro, sem antes recuperar totalmente os sentidos.

Avistou Grabber olhando pela janela atravéz da fina cortina, a presença dele a recordava do que aconteceu na noite passada, o que não havia sido somente um sonho. Ele não parecia nem um pouco contente com o que presenciava, Galeine pode identificar aquilo no olhar desconfiado, que lançou em sua direção:

- Ele está batendo a mais de meia
hora - controlou - se para não interroga - lá - Quem é ele? - falhou após uma pausa em silêncio, sem conseguir identificar o que ela de fato sentia atravéz de seu semblante

𝗗𝘂𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲, 𝗲 𝗮𝗼 𝗱𝗲𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora