𝟭𝟰. 𝗥𝗲𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼

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A tv ligada anunciava o corpo encontrado jogado atrás de uma grade com o intestino aberto, os detalhes assombrosos eram ouvidos por Grabber, que sentado na cozinha, parecia tranquilo, ouvindo o anunciado, a demora de Galeine certamente havia a levado a mais de um lugar.

Lugares que, sem sombra de dúvidas absorviam notícias como aquelas, a intuitiva habilidade do mascarado em adivinhar o que poderia estar acontecendo, o levou ao raciocínio certo, que a única coisa que poderia fazê - lá entrar em casa com a rapidez da qual entrou, era a descoberta de algo, que a fazia olha - lo agora com assombro e receio.

Galeine ficava sexy com roupas pretas, pensava ele, gostando de ver sua silhueta marcada pela calça jeans escura, o semblante angelical dela era admirável mas não podia ser comparado a seriedade e a fúria que via agora, de quem queria confronta - lo mas no fundo temia, que aquela fosse a última coisa que pudesse fazer antes de ser morta.

Através dos olhos, que o encarava, Grabber podia ver através da transparência dela que havia também sido orientada, pelo aroma fino que se misturava com seu perfume, um toque masculino que ele conhecia bem e passou a odiar:

- Como vai o Chad? - sarcasticamente rompeu o suspense entre eles, Galeine engoliu um seco, sentindo a mão que segurava a pasta soar, ela respirava ofegante, sem saber qual sentimento mais lhe dominava, a decepção ou a raiva, aproximou - se da mesa, jogando sobre a mesma a pasta

- Quantas vítima você já fez
Grabber? - se não tivesse ouvido o timbre de sua voz tão agressivo assim, ele ainda se enganaria de que ela não estava tão brava como na madrugada anterior, gostava da beleza dela, ela o distraía, mesmo diante do assunto sério que estavam prestes a tratar, demorou alguns para desviar os olhos dela, e ver as primeiras manchetes dos recortes dos jornais antigos, começava a sentir muito por ter sido descoberto, mas não sentia nenhum arrependimento

- Pelo o que indica aqui, cinco - confirmou tranquilamente, com frieza e desdém, voltou a olhar para ela, aguardando sua próxima reação, diante da apatia que via, Galeine não conseguia naturaliza - la

- Por que não fez o mesmo comigo? Essas pessoas agora devem estar putrefando em baixo de palmos de terra

- Eu aposto que você não iria querer estar lá também. Não? - ele se levantou da cadeira, dando a volta pela mesa, e a vendo atenta a qualquer movimento que fizesse para próximo dela

- Não muda, de assunto - pausadamente, esforçou - se para não deixa - lo entrar em sua mente - Por que eu?..... Por que eu Grabber?

- Por que você é linda, porque é tudo o que eu poderia querer .... - se aquelas respostas fossem mais uma de suas manipulações, ele estava indo muito bem, Galeine sentia sinceridade em sua fala, pelo olhar sem alteração que esboçava, um traço que aprendeu a analisar por ser a única coisa visível - ..... pode ter medo do que eu fiz e posso fazer, mas não consegue ter medo de mim..... - fez uma pausa em silêncio, retornando a fala em seguida - .... eu não sei, com você foi tudo tão diferente, eu se quer pensei em te matar, e não me pergunte porquê, você sabe

- Isso não faz sentido - confusa, Galeine tentava não se afogar nas dúvidas, que a faziam pensar do porque estava passando por aquilo, talvez pela sua vulnerabilidade de ainda considera - lo atraente, com morada em seu abraço para ampara - la e força para protege - lá, eram dois seres com necessidades, atraídos ironicamente

- Você não quer que faça, porque, alguém, te disse isso.... - ele sabia como convencê - lá, como fazê - lá pensar que não a machucaria, mesmo que fosse incapaz de feri - lá, ela não o queria próximo ou já teria cedido ao que ele começava a trazer, a tensão que sempre os envolvia, os passos lentos e o olhar que aprisionava os dela

- Não! - deu um passo para trás - Não é assim que funciona, você não pode simplesmente....

- Shiiiii - levou o indicador a frente do sorriso sádico da máscara, sinalizando para que fizesse silêncio - Está ouvindo isso? - o som da televisão era o único barulho e que não teve tempo de horrorizar - lá antes da mão direita dele a surpreender, a puxando para ele e a grudando em seu corpo, esteve poucos passos distante, que o permitiram domina - lá mais uma vez

- Era disso que eu estava falando.... - apesar de sua voz soar como um cochicho abafado, ela se arrepiou o vendo coloca - lá em frente a televisão, aproximou o rosto dos cabelos sedosos dela, gostando do receio que ela começava a sentir ao entender a intenção dele, sem demonstrar temê - lo, Galeine precisar continuar convincente - .... Agora você sabe do que eu sou capaz de fazer - a crueldade e o sangue frio eram admiráveis, ela não conseguia compreender como a mente dele podia ser tão doentia assim

- Por que fez isso ? - o questionou, sem poder acreditar, sentindo a garganta seca, incerta se devia buscar saber o que perguntou

- Porque, ele me insultou, veio cheio de prepotência, eu apenas o coloquei no lugar dele... - respirando fundo, nunca achou que voltaria a sentir medo dele - ... ele tentou me agredir, então eu o puxei primeiro e o empurrei contra o furgão.... - era prazeroso explicar com riquezas de detalhes para ela, que os repudiava internamente

- ... e depois? - ele subiu a mesma mão, pelo centro da barriga dela lentamente, até chegar no decote da blusa e se aproximar de seu pescoço, onde o segurou, encostando a cabeça dela em seu ombro e assim a mantendo

- E depois, eu arranquei o cinto dele com a fivela e fiz todo o resto - voltava a se sentir no poder, ele a virou para si, sem a mesma pressa mas com a força que a fazia obedece - lo, envolveu a mão direita no queixo dela, espalhando os dedos pelas suas bochechas, Galeine sentia ser conduzida a mesa ao lado, e curvada sobre ela, o olhar cristalizado de Grabber era excitado mas não assustador, ele pensava em tantas coisas sem ter idéia da forma como ela o via agora - Nós vamos embora... coisa bonita - desviou os olhos para os lábios iluminados e molhados pelo gloss transparente

O aroma do cosmético sempre costumava ser agradável, vindo dela, ele não esperaria por menos, uma mão apenas era suficiente para dar conta de todo o corpo que transmitia a ele obediência e não mais a resistência que expôs ao chegar. Grabber retirou a parte de baixo da máscara, aproximando o rosto do dela para sentir o cheiro do gloss e da pele morena.

Galeine sentia estar ouvindo tudo abafado, como se tudo estivesse lento e ela podendo ver cada minúcia do que acontecia e do que sentia. Ele estava quase sobre o corpo dela outra vez, gostando de alterar sua respiração, de ansiar pelo seu beijo e de brincar com a mente dele, sobre até onde iriam daquela vez.

Ainda havia aquela comunicação, de olhares e de quereres, para eles, o mais importante, não era um bom dia para partirem mas seria uma boa noite, ele esperava não precisar força - lá a cumprir com o que já deviam ter feito, a maneira fácil de ganhar tempo, que era o que as autoridades e Chad precisavam era Galeine agir com base ao que Grabber queria.

Ele sempre foi muito bom em identificar contrariedades, o que não era o caso dela, pela sua conduta impecável mesmo depois de saber toda a verdade sobre ele, continuava sendo os músculos que gostaria de tocar, os lábios que desejava entrelaçar os seus e ter o corpo percorrido pelos dedos e pelas mãos graudas dele.

Galeine o beijava com o mesmo desejo, sentindo as mechas dos cabelos dele ao percorre - los com suas delicadas mãos, era braços como aquele que aumejou durante toda sua vida, se não fosse sua sanidade adulterada pela forma de sentir prazer, Grabber seria um bom homem, com visões e capacidades.

Seria uma grande pena, uma grande perca, nunca mais poder toca - lo, nem vê - lo, enquanto pudesse, o faria sentir que era apenas mais um dia que passariam juntos e que os próximos não seriam diferentes, fadados a criar juntos uma nova fase para o mundo manipulado, que acreditaram ser real.

𝗗𝘂𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲, 𝗲 𝗮𝗼 𝗱𝗲𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora