𝟭𝟬. 𝗢 𝗠𝗲𝗹𝗵𝗼𝗿

102 6 0
                                    


A mão dela deslizou pela de Grabber chegando ao seu antebraço, após desviar os olhos de suas pupilas cristalizadas para o sorriso cravejado da máscara, ele retirava aquela parte com facilidade e calma, a permitindo ver e sentir pela segunda vez sua pele e seus lábios próximos aos seus.

A agarrou pela cintura, a deixando nas pontas dos pés, a fazendo gostar do modo como adiava o beijo que mexia com sua mente e o fazia imaginar coisas, ela acariciava o rosto dele, a pele lisa e gelada, apenas o incentivava a pensar que, aquela noite iria percorrer todo seu corpo.

Com seus lábios a provocando juntamente com o suspirar ofegante, transmitia a ela a excitação que sentia e o fazia ferver por dentro. Ela podia ver mais detalhes, mesmo com a pouca iluminação, o queixo e o maxilar rígido, lhe dando a certeza de que todo o corpo dele era superior a delicadeza do seu, e gostava daquilo:

- Você mexe comigo - próximo aos lábios dela, capaz de sentir o aroma do batom vermelho, murmurou

- Devíamos ir - o deixou reconhece seu olhar provocante, do qual conhecia por já tê - lo visto, olhando para os lábios dele com o mesmo querer

Aquilo não daria certo, pensou Grabber, beija - lá com todo aquele anseio que poderia compromete - los ali mesmo, mas era tentador de mais adiar aquilo até que chegassem em casa, com tanto acúmulo de querer, podendo transformar o momento em algo mais rápido do que gostariam.

Ele provou outra vez daqueles lábios que se encaixavam muito bem aos seus, ferozmente e delicadamente, uma combinação equilibrada, que arrancava o fôlego dos dois, aumentando o desejo que traziam. Galeine se questionava, como beija - lo poderia ser tão bom, o alguém que mais esteve perto nas últimas semanas.

Grabber sabia como leva - lá, como conduzi - lá, como excita - lá, entrar em sua mente e fazê - lá deixar que controlasse todo seu corpo, em um simples toque e deslizar dos lábios para fora dos seus, chegando ao queixo e ao lado esquerdo do maxilar.

Não deviam estar sendo assistidos, com tantas outras atrações para serem apreciadas por ali, distante e atrás das árvores que o escondiam, Chad consumia a terceira garrafa da noite, bebendo a como água, segurando no gargalho e encarando ambos.

Eram outras mãos que estavam em Galeine agora, outros lábios que estavam junto aos seus, e ela parecia gostar disso, não fazendo dele o último homem que beijou a quase um ano. Ele não se conformava, ainda que quisesse, não conseguia ir para outro lugar, onde os dois estivessem fora de sua visão, se torturar vendo aquilo era o melhor que podia fazer por si mesmo.

Não devia estar reclamando, ele a machucou primeiro, de uma forma totalmente diferente mas que retornava para si agora, duas vezes pior. Chad fazia parte agora do grupo de frustados que sempre tinha em festas como aquelas, onde terminavam jogados e embriagados, lamentando o que os entristecia.

Eles se retiraram do quarteirão, acompanhados ainda pelos olhos dele, que presumia a provável razão daquela saída, mesmo sabendo que não poderia interromper todos os momentos que pudessem ter, fazer aquilo em um deles parecia valer alguma coisa.

Não ver o rosto do mascarado não o permitia concluir se era bom o suficiente como aparentava ser pelo escultural corpo escondido, logo após comprarem uma garrafa d'água no pequeno mercado com poucos clientes e opções de mercadorias, iam para o estacionamento largo em direção ao furgão para paritem.

Chad sabia que teria pouco tempo para alcança - los, trazendo ainda a garrafa na mão, seus passos não eram ouvidos, sua presença só foi revelada quando afirmou em alto tom o que os fez olhar para trás, ele parecia cego, sem direcionar os olhos para outro lugar que não fosse Grabber, não sabia com quem estava mexendo e aquela dúvida só se tornou uma quando se obrigou a engolir todos os receios que tornaram - se constante, a medida que viu Galeine entrando na frente de Grabber:

𝗗𝘂𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲, 𝗲 𝗮𝗼 𝗱𝗲𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora