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Sua boca encostou na minha e eu entrei em êxtase. Ele mordeu meu lábio, seus olhos abertos e alertos para ver qual reação eu teria, se me afastaria, talvez se eu iria empurra-lo para longe e perguntar que tipo de brincadeira idiota era aquela.

Mas eu não fiz nada. Apenas olhei para ele, e ele pareceu tão surpreso quanto eu nesse momento.  Aquilo  pareceu ser uma confirmação o bastante para ele aprofundar as mãos em meus cabelos enquanto puxava meu rosto para perto. Ele fechou os olhos e por algum motivo eu fechei os meus também.

Seus lábios eram tão, tão suaves. Ele me beijou de forma gentil, mas logo seus dentes morderam e chuparam meu lábio inferior. O beijo era doce, mas de alguma forma totalmente diferente, completamente diferente do de Donna. Ele colocou sua lingua sobre a minha, e eu cedi a pressão. Ele me puxou com força, me colocando sobre suas pernas enquanto me puxava mais ainda para perto de forma sedenta, como se isso de alguma forma pudesse juntar mais nossos corpos, como se ele quisesse de alguma forma nos fundir,e o mais aterrorizante era que por algum motivo eu também desejava isso no fundo.Fechei meus olhos com força, enquanto ele segurava minhas mãos e colocava atrás de sua cabeça.

Sua lingua se afundou sobre a minha e fiquei sem jeito sobre o que fazer, não fazia a menor ideia de como movimentar meus lábios. Mas ele pareceu entender, me guiando ferozmente. Seu beijo era feroz demais, lento demais, intenso demais. Era impossível acompanhar ele, e eu nem tentei, deixei suas mãos puxarem meus cabelos e seus lábios tocaram meu queixo. Em um momento falho me deixei arquear a cabeça, eu estava ficando louco?

Ele sorriu, distribuindo beijos pelo meu pescoço e me fazendo fazer sons que nem eu mesmo reconhecia como meus. Suas mãos me puxaram para perto novamente e sua testa tocou na minha. Ele olhou para meus lábios. Eu olhei para seus olhos. Algo no meu interior dizia que isso era tão certo. Minha mente borbulhava ocupada demais para raciocinar, eu...eu não sabia o que fazer.

Que merda estava acontecendo? Eu estava louco ?

Eu tinha que parar. Tinha que sair de seu colo, tinha que me desgrudar de suas mãos e sua boca doce. Mas...

Não consegui, ou era isso de que eu estava tentando me convencer. A realidade poderia ser mais dura. Seu olhos encontrarem os meus me esvaziando das dúvidas e tormentos de minha mente, ele sorriu, um sorriso tão doce, não consegui me conter sorrindo para ele de volta. Ele estava bêbado, sequer tinha consciência de que era eu ali ?

    Ignorei esse questionamento, e ele tomou meus lábios para si novamente.

Mais intenso do que dá última vez, mais feroz e violento, gemi em um suspiro baixo quando ele mordeu minha boca novamente, uma luta de espaço e dominação entre nossas línguas, me sentia sem ar, me sentia derreter, me sentia flutuar. Suas mãos foram para os botões da minha camisa social, e eu....eu não o afastei,não pedi que parasse, eu só...continuei a beija-lo como se o mundo fosse explodir e a única salvação fosse essa. Fosse ele. Fossem suas mãos em meu corpo.

Eu não parei seus toques. Eu não parei seus beijos. Eu não parei suas mãos. Eu não parei suas palavras sujas.

Robin tirou os lábios dos meus e se enconstou no meu ombro. Agradeci mentalmente pela chance de poder respirar novamente e sugando o ar com força. Mas...

Robin tinha vomitado. E tinha vomitado em mim.

- Droga cara!

Eu me levantei, me afastando dele enquanto ele limpava sua boca sem muita noção aparente do que estava acontecendo a sua volta. A incredulidade tomou conta de mim como um choque.

Fui até o banheiro, que ficava do lado da cama, e me observei no espelho vendo a imagem decadente da minha roupa.

Suspirei batendo em minha própria testa. Alguém bateu na porta, entrando logo em seguida. Era Bruce.

O telefone preto ( Rinney ) +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora