Pacto lunar.

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Vocês não sabem mas eu sou um grande amante de fantasias, amo sistemas de magia e mundos criados a base da criatividade, me encanto com todos.

O sistema de magia que eu "criei" é bem fraco e nada original pois ainda sim o foco é a putaria né minha gente.

Conto não revisado então pode conter erros.

Aviso: este conto será um monster romance, ou seja um humano com uma criatura.

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-Pai, que marca é essa? - Aponto para a lateral de seu pescoço. 
Nós dois jantavamos, sentados em cadeiras duras e comendo sopa de repolho com pão seco. 
Ele larga sua colher e com longas mastigadas ele engole.
Seus olhos azuis carregavam uma certa melancolia ao me encarar. 
-Este símbolo é o que define a vida de todos. Com quem você pode casar, onde trabalhar e como irá morrer. - Seu tom de voz foi se tornando mais profundo e longínquo ao passar das palavras. 
Engulo uma colherada daquele caldo ralo e sem tempero, meu estômago se embrulha com o sabor que sou obrigado a comer diariamente.
-Nossa sociedade é divida pela a magia que temos, os fracos servem os fortes. Eu e sua mãe somos do nível mais baixo, o 1, então a chance de você nascer igual a nós é bastante alta, porém mesmo que quase nula tem como ser de um nível superior. Nossa magia é fraca, mal acende uma fogueira e só conseguimos matar pequenos ratos e pombos. Desde dos meus dezesseis anos sou obrigado a minerar naquelas minas de prata para sustentar os luxos dos níveis 4. - Suas mãos tremem em cima da mesa e seus olhos ganham um novo brilho, uma luz avermelhada de raiva que não combina com o tom de azul escuro dele. - Um conselho meu filho, sempre almeje o topo, se você pode chegar lá não hesite e corra. 
Afirmo com a cabeça. 
-Quais são os outros níveis? - Termino minha sopa e levo o prato até a pia. 
-Existem cinco níveis diferentes. O primeiro que é o nosso e o segundo que pertencem ao lado sul da cidade. Por serem nível 2 eles podem ser cozinheiros e artesãos, diferente de nós que somos obrigados a trabalhar nas minas. A magia deles permite levantar objetos pesados e até conseguem matar animais maiores como porcos e vacas. 
Papai se levanta da mesa e começa a lavar os pratos. 
Minha função de sempre é arrumar a cama, então abro o armário e desenrolo o colchão de palha. O estendo no chão da sala e pego a manta cinza da gaveta. Como estamos no auge do inverno dormimos todos juntos e com nossas roupas mais grossas para não congelarmos. 
-Continuando, o terceiro nível vive na cidade vizinha. Eles podem ser curandeiros, feiticeiros ou guardas reais. O poder deles é bem diferente do nível 2, matam com facilidade um homem adulto e conseguem até lidar com um trio desarmado. Se você despertar como um nível inferior não arranje problemas com eles. 
Deito na "cama" no lado direito e meu pai no esquerdo, nos cobrimos com a mantinha gasta e com um pouco de calor corporal relaxamos.
-Despertar? 
-Sim. Todos nós na terceira noite de nossos dezesseis anos despertamos nossa magia, é nessa hora que somos marcados. - esfrego minhas mãos uma na outra para me esquentar - O último nível vivo é o quarto, eles que governam o reino. São a burguesia, todos flácidos e ambiciosos, sempre querendo mais jóias para suas coleções. Se eles não estiverem com preguiça eles conseguem matar pequenos grupos e com treinamento matam até dez pessoas com apenas um levantar de mão. 
-Por que eles são o último nível vivo? 
-Porque existe o nível 5. - Um longo suspiro é escutado atrás de mim. - Faz décadas que não vimos um desse nível. São a realeza em pessoa e o poder na forma mais pura e concentrada, matam exércitos inteiros sem pingar uma gota de suor. 
Um arrepio gélido desceu pela minha espinha. 
-Pessoas assim realmente existem?
-É o que falam. 
-Ser um nível 2 já está bom para mim, pois não quero minerar. 
-Ninguém quer. - Ele pega na minha mão. - Mas não se contente apenas como um de segundo nível, sempre queira mais. A magia comanda este mundo, então cada migalha de poder que você conseguir o agarre e não solte, me promete?
-Prometo. - apertei bem firme sua mão.

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