Uma bela cadeira.

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Dois contos num mês? Que milagre é esse?
Eu tava com um fogo no rabo essa semana, um tesão e como eu só escrevo quando fico no cio esse veio bem rápido.

O nome do nosso protagonista que está dando em todos os contos será Nicolas pq a @yd_tyco me lembrou o tanto que eu amo esse nome.

AVISO: Esse conto tem cenas gráficas de violência e alto teor de sadismo e masoquismo.

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KAIQUE.

-Feliz com o seu novo cargo, Nicolas?- Digo na ligação. 
-É legal mas cansativo, o tanto de coisa que tenho que fazer pra deixar essa escola em ordem.
- Deve ser difícil.
-Mais do que pensei que seria.
Coloco a chamada no viva voz e tiro minhas calças. Meu pau fica duro só de lembrar dos gemidos dele naquela noite e eu entrando bem fundo nele no meio da floresta. 
Segurando a barra da cueca vermelha eu a puxei devagar, minha extensão grossa e dura pula para fora e cenas daquele jogo passam por minha mente, o jeito fofo que ele fica de orelhas felpudas, o timbre perfeito dos seus gemidos e seu interior que clamava por mim tanto como eu clamo por ele agora. 
Seguro a base do meu pênis e reviro os olhos para trás, eu preciso sentir aquilo de novo.
-Kaique?- Sua voz me tira de meus devaneios. - Você ainda está aí? Parou de responder. 
-Ehh, desculpa. Me perdi pensando.
-Pensando o que? 
-Lembra do que fizemos na primeira noite?- Nicolas solta um som de confirmação. - Consegue lembrar do que te pedi também? 
- Não. 
- Vou fazer você se lembrar então.
Pego o telefone e solícito uma chamada de vídeo.
Na tela surge um garoto jogado na cama, era loiro com olhos azuis, suas maçãs do rosto eram altas e nariz reto. Seus lábios rosados estavam entreabertos e seus cabelos lisos estavam desgrenhados. 
-Me mostrar o que? Não enxergo nada. 
-Calma aí. - Ligo o abajur do meu quarto. 
Os olhos dele se iluminam com um brilho quente quando ele vê meu pau. Minha cabeça mais escura que o tom da minha pele pulsava por atenção, minhas veias estavam bem aparentes e meus pelos raspados. Com a mão na base eu começo a bater uma punheta na chamada e solto pequenos suspiros propositais só para ele ver o meu estado.
-Eu pedi que quando terminasse todas as noite era para vir aqui me fazer companhia. Lembrou agora? - aproximo a câmera e foco bem na minha glande que babava, com movimentos lentos eu cobria a cabecinha com a mão e voltava com a mão para baixo, passo o dedo pelo líquido transparente que escorria pelo o pau e volto a me movimentar.
Olho para a tela e vejo sua língua passando por seus lábios. 
-Com uma visão dessa, meu cérebro até clareou e me fez lembrar. - Ele se levanta da cama. - Estarei aí em uma hora, se conseguir me esperar. - Sua voz meio rouca de sono agora derramava tesão. 
-Estarei aqui. 
Ele desliga a chamada. 
Saio da cama para arrumar o quarto e pegar certos utensílios. 
O objeto principal da noite será um chicote, tiras de couro pretas amarradas num cabo também preto, esse vai fazer um estrago essa noite. Gozo só de pensar em seus gritos e na sensação de açoitar sua pele macia e imaculada. 
Hoje ele só sai desse quarto quando seus olhos estiverem marejados e pedidos de clemência saírem de seus lábios. 

50 MINUTOS DEPOIS.

Ding dong. 
Um simples som, que no dia a dia seria irrelevante, porém agora ele era uma canção para meus ouvidos. 
Desligo a televisão e levanto do sofá, observo o olho mágico só para ter certeza e abro a porta. 
Nicolas usava uma camiseta branca que cobria seus braços, um short preto curto e nos pés uma havaianas também branca. Seus cabelos antes desarrumados agora foram penteados e seu semblante sonolento se transformou num de ansiedade. 
Seus olhos cor do mar reparam na minha única peça de roupa que usava, a cueca vermelha, e passeiam por todo o meu corpo. Eu sou definido, tenho um peitoral mais avantajado, um abdômen bem trabalhado, junto com braços e pernas torneadas e minha pele é pálida com pouquíssimas pintas. 
Dou espaço para o mesmo passar.
Ele entra e observa ao seu redor.
-Seus pais estão em casa?
-Eles vão para a casa de campo da minha vó todos os finais de semana, eles gostam de descansar longe de toda a poluição da cidade. Eu fico em casa porque tenho total liberdade de fazer o que quiser aqui dentro, talvez até com quem eu quiser.
- Queria eu que meus pais saíssem uma vez por semana, não tenho liberdade para fazer nada. 
-Se quiser vir aqui mais vezes para aproveitar os dias mais liberais ela é toda sua.
-Marcado então.
Passo pela a sala e adentro o corredor da esquerda, sem precisar falar nada Nicolas apenas me segue. 
-Antes de entrarmos quero que tire as roupas. - Sem perguntas ele tira peça por peça até ficar do meu jeito favorito. - Vou precisar te vendar porque tem a chance de você ficar com medo e ir embora. - Pego a venda que segurava na mão e passo por sua cabeça.
-Que tanto mistério e drama. - Em seu tom de voz não existia nem um átomo de medo ou receio. 
Sem o mesmo perceber eu analiso todo o seu corpo. 
Sua pele era branca mas não pálida, um corpo com definições mais humildes e uma bunda redonda. Seu pênis tem quinze centímetros e meio, a glande rosinha e sua depilação estava em dia. 
Pego na sua mão e entro no quarto. 
Um cômodo de paredes escuras, pôsteres de bandas e filmes decoravam o ambiente, uma cama desarrumada ao lado da janela e, no lado oposto do quarto, um grande guarda roupas marrom escuro cobria a parede. O cheiro amadeirado meio cítrico, do meu perfume, circulava por todo o recinto. 
Deixo a mão de Nicolas e abro a terceira gaveta do armário. 
-De joelhos e braços para trás. - Minha libido transbordava pelo o tom de minha voz. 
Ficando atrás do loiro eu circulo seus pulsos e tornozelos com algemas. Quatro algemas, todas interligadas por um anel de metal no meio, caso ele tentar se levantar um tombo engraçado de se assistir irá acontecer. 
Sem delicadeza eu aperto os braceletes de forma desconfortável, beirando ao dolorido. 
Sempre quis usar isso desde o momento que o vi pela primeira vez, comprei e esperei a pessoa certa chegar.
Um gemido é solto por ele. 
-Isso machuca, pode abrir um pouco?
-Mas esse é o intuito. - Me levanto e pego o último item da gaveta. - Agora abre a boca. 
Seus lábios rosados abrem de forma trêmula, ação essa que não passou despercebida por mim. Consegui tirar nem que seja um relance de medo.
Meu pau coberto por um tecido carmesim se endureceu na hora, ele quer se enterrar nele o mais rápido possível. 
Pego uma mordaça preta com uma bola vermelha e amarro em sua cabeça, agora seus gemidos e berros serão abafados. 
Que bela visão. 
Alguém totalmente submisso a mim. Nicolas não poderá fugir e nem sequer gritar, ele será meu até eu não querer mais, o que vai demorar. 
Meu lindo e noviço brinquedo. 
Segurando o chicote que estava em cima da cama eu paro em sua frente. 
-Isso vai doer, uma dor latejante e persistente mas que me renderá uma deliciosa cena.
Mesmo o loiro não me vendo ele tinha sua cabeça em minha direção, ele exalava confiança e expectativa. Quero tirar aquela postura dele, vou lhe deixar mergulhado na dor. 
A primeira chicotada veio com raiva. 
Uma marca vermelha perfurou suas coxas e um grito sufocado foi escutado.
Um arrepio prazeroso subiu por todo o meu corpo, meu cérebro cozinhou em êxtase e minha cueca me sufocava.
Arranquei aquele tecido e me surpreendi com a vista. 
Meu pau parecia até maior e minhas veias pulsantes me deixavam louco, nunca me senti assim.
Após aquele grito eu fui para as suas costas, tão branquinha. 
A segunda chicotada foi cega pelo o novo sentimento. 
Minha mente mais uma vez ferveu em prazer e me senti como se pudesse gozar apenas com seus berros.
De novo!
Era isso que cada átomo do meu corpo gritava, era isso que minha alma desejava. 
Suas costas foram vítimas constantes dos açoites. 
A cada berro era um banho de dopamina que inundava minha mente.
Porém nada superou a primeira lágrima que vi rolar. Um filete transparente e salgado descia por seu belo rosto. 
Se antes eu cozinhava, agora eu entrei em combustão. 
Voltei para suas coxas e outro grito de desespero cantarolou pelo o quarto. Uma gota cheia caiu e bateu no chão. 
Já não tinha sanidade presente dentro de mim mais. 
Sessões ininterruptas de chicotadas começaram até eu ver sangue passar pelo o seu dorso. Uma linha fina carmesim escorria.
Meu instinto me dominou, meu corpo se movia sozinho, meu chicote continuava a subir e descer com força e por instantes me senti um homem primitivo. Séculos de evolução foram anulados apenas em poucos minutos. 
Duas estrelas se formam dentro de mim e se aproximam devagar.
Uma era o prazer, representando tudo aquilo que me fazia bater cada vez mais forte, o que fazia eu me viciar mais e mais em seus gritos. A outra, um pouco menor, era a empatia, ela queria que eu parasse com tudo isso e curá-lo, ela só queria que Nicolas ficasse de bem. 
Esses dois conglomerados de energia e luz se colidem e uma linda e caótica supernova se forma.
Todos os gemidos e berros me deixavam mais dependente, suas lágrimas me fizeram insano e seu sangue me deixou vazio.
Meu corpo no limite transbordou.
Grossos jatos de porra saíam do meu pau. 
Eu gozei sem encostar.
Esperma e sangue escorria pela a coluna do loiro.
Minha mente estava confusa, nunca cheguei a tal nível com alguém. Porém, mesmo com culpa, foi um prazer que nunca senti. Sentir o couro batendo em sua carne e o efeito dominó que aquilo causava me fez enlouquecer.
Olho para Nicolas. 
Suspiros pesados passavam por suas narinas, lágrimas ainda deslizavam por suas bochechas, suas mãos presas tremiam e suas mechas loiras estavam grudadas na testa pelo o suor. Trocando minha perspectiva eu me deparo com o meio de suas pernas. 
Ele se encontra na mesma situação que eu, o mesmo tinha seu penis rígido e seu abdômen e coxas estavam sujos de esperma. Pelo o que parece ele gozou antes de mim. 
Mesmo gritando ele ficou excitado, mesmo chorando ele gozou e mesmo com dor ele continua querendo mais.
Nicolas era tão quebrado quanto eu.
Largo o chicote de couro preto e agarro suas mechas douradas. 
O forço a ir com a cabeça para trás e aperto os cortes de suas costas contra chão. 
Segurando seu pescoço com força para deixar marcas eu tiro sua venda. 
Seu olhar azulado, profundo como duas safiras, estava vermelho e marejado. Suas pupilas dilatadas cobriam quase todo o azul de seus olhos e o brilho que sempre se via ali, se foi. 
Aquela expressão era de alguém viciado, uma mente já perdida na dopamina.
Aqueles olhos não eram o que eu queria, eu almejava ver um brilho de desespero, dor ou qualquer vestígio de sofrimento porém era apenas desejo.
Os gritos eram reais, as lágrimas também, mas a dor não. 
Uma luz que misturava diferentes emoções se acendeu nos seus olhos cor do mar. 
Nicolas esbanjava um sorriso mesmo usando aquela bola na boca.
Eu finalmente entendi.
O brinquedo aqui não era ele. 
O brinquedo era eu. 

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