duo

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scott mccall

Mantive meu olhar pela janela do carro, tudo na pequena Beacon Hills parece ter mudado, mas de certa forma me parecia igual. A noite se estendia pelo céu deixando a Lua em evidência, pude sentir meu lobo uivar dentro de mim.

Não demorou muito então o carro parou em frente ao grande portão, estava em casa, ao entrar pelas portas pude ver como tudo estava limpo e em seu devido lugar, fico feliz que Lydia manteve tudo em seus conformes, não sei o que seria de mim sem ela.

Subi as escadas grandiosas vendo o quadro do meu pai ali, de fato que Rafael McCall foi um homem narcisista, egocêntrico, mas também foi um bom pai, um homem presente que me amou e criou minha prima — sua sobrinha Lydia — Continuei a andar até chegar ao meu quarto.

— Nada mudou.

Mais tarde naquela mesma noite fui para a Heart Of Glass, a primeira casa noturna que meu pai fundou e o início de todos os nossos negócios. Como esperado estava movimentada, havia algumas pessoas dançando com seus feromônios misturados, olhei para alguns ômegas e recebi seus olhares sedentos de volta, sorri ladino. A noite pode ser interessante.

Fui até o bar a fim de encher a cara até a Lydia chegar, quando vi do outro lado do balcão uma criatura pequena e magra com o tom pálido e um cheiro delicioso de rosas fazendo meu alfa rugir.

Lhe pedi para me servir uma bebida e mantive meus olhos no ômega que parecia estar muito concentrado em me ignorar, mas mesmo assim, continuei o analisando, seus cabelos loiros, lábios, varri meu olhar por todo seu rosto até descer para seu pescoço e ver aquela marca. Isso não pode ser boa coisa, prendi meu olhar nela a vendo vermelha e irritada.

"Então quer dizer que temos um alfa infiel."

Talvez usando de persuasão eu consiga alguma coisa, casamentos danificados sempre geram uma foda gostosa e eu estou louco pra me enterrar naquela bundinha redondinha.

Logo depois o vi fazer caretas, então Lydia se aproximou e conversaram baixinho e breve, logo a atenção da ômega mais velha caiu sobre mim.

— Quer dizer que você some por dois anos e resolve aparecer sem dizer uma palavra? — seu tom foi bravo. — Venha.

A segui até o escritório, o lugar não mudou muito, a mesa de mogno continua ali, o sofá vermelho também. Uma enxurrada de lembranças me atingiram e todas envolviam meu pai, sorri comigo mesmo.

— Idiota. — os braços acolhedores me cercaram, a abracei de volta. — Senti sua falta pirralho.

— Também senti a sua, eu sei que não foi justo ficar esses tempos fora, mas eu só precisava de um tempo pra mim.

— Eu sei criança. — me soltou sorrindo. — Fico feliz que esteja de volta, sei que trabalhou muito também trazendo investidores e compradores, mas agora você vai ficar aqui, no seu lugar de direito!

— Também é o seu, você é a mais velha.

— Rafael pode ter me criado como uma filha, mas esse lugar é seu, o meu tio ficaria feliz com isso.

— Eu sei que sim. — Olhei em volta até retornar a ômega. — E como anda o casamento? Quero ser devidamente apresentado a minha cunhada, claro, ainda espero ela pedir minha benção para ficar com você. — disse lhe provocando. — Não vou deixar qualquer alfa pôr as patas imundas em você. — isso é verdade.

— Você vai conhecê-la. — disse risonha. — Podemos almoçar amanhã, o que acha? Eu faço seu prato favorito!

— Pela Lua, Sim! Não sabe o quanto eu senti falta da sua comida.

𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐨𝐟 𝐠𝐥𝐚𝐬𝐬 › 𝐬𝐜𝐢𝐬𝐚𝐚𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora