viginte duo

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Com o passar do tempo os instintos se tornam mais maleáveis, principalmente em betas, cujo lobo não se faz tão presente dentro de sua vida. Ômegas e Alfas por sua vez vivem em uma constância como se houvesse dois seres num único corpo, estes que vivem em harmonia e se ajudam a superar dificuldades.

Já os Lúpus têm seus instintos muito mais apurados, são possessivos em níveis altíssimos tornando difícil manter um relacionamento. São mais fortes e com sentidos mais apurados, gostam de caçar tanto seu parceiro como seu inimigo.

Este é o caso de Scott McCall, Alfa Lúpus que sentiu o perigo vindo em direção a seu parceiro e sua cria.

Não houve segunda chance ou misericórdia.

Dominado pelos instintos mais selvagens, Scott caçou Kyle pela cidade, começando pela sua casa, o cheiro nojento do alfa misturado a sexo e desespero fez seu nariz arder, todavia, o alfa não estava lá.

"Mate-o"

Rosnava seu alfa.

Em passos pesados o alfa lúpus saiu em busca de sua vítima, caminhou por entre as ruas imundas do bairro seguindo sua intuição passando por bares até parar em frente a uma casa velha de aparência decrépita.

Fedia a prostitutas, esperma e no fundo Kyle.

Ele havia o achado.

Não pensou duas vezes antes de entrar e logo foi recepcionado por um ômega magro e de aparência
doente, ele sorria, mas parecia infeliz.

— Senti seu cheiro quando virou a esquina. — começou o menor. — Vem, posso fazer você feliz hoje.

— Não me toque. — Scott rosnou.

Mesmo assustado, o pequeno ômega continuou.

— Vamos lá garotão, uma rapidinha e você pode liberar esses feromônios.

Ignorando a sentença, Scott perguntou.

— Onde está?

— Quem benzão?

— Kyle Blackwood — cada vez que pronunciava esse nome, um gosto podre vinha em sua boca.

— Oh! — se afastou. — Tá te devendo não é? Ele tá com a Stephanie, daqui a pouco ele sai.

Como se fosse um sinal, sai Kyle de uma das portas enquanto ajusta as calças.

Um rosnado vibrou por todo o ar o deixando mais tenso.

O alfa menor nunca iria admitir, mas sentiu medo.

— Ah, olha só. — começou o Blackwood. — O que quer?

— Eu já te avisei uma vez.

— Não quero aquela prostituta, quero o moleque. É meu direito! Sou o pai daquele pirralho.

— Eu! — elevou a voz. — Eu sou o pai do meu filhote.

— Eu que engravidei aquele mal agradecido!

Scott puxou o outro alfa pela gola da camisa o arrastando para fora, Kyle gritou e se remexeu a fim de se libertar, mas nada parecia obter qualquer resultado.

Toda a bagunça gerou uma plateia.

McCall discou um número e desligou no primeiro toque, o reforço estaria em breve. Enquanto isso ele foi arrastando o homem de aparência miserável pelas ruas até a casa que ele tanto conhecia.

O lugar onde deveria ser um lar de uma família, mas era a prisão do seu ômega.

Quinze minutos depois um carro preto parou em frente a casa, dele sairiam dois homens fortemente armados.
Scott jogou Kyle nos pés deles.

— Vamos para a toca.

O carro saiu cantando pneu, levantando poeira e deixando um bando de curiosos para trás.

Presente

— Sc-Scott, o que aconteceu? — Isaac estava preocupado.

— Acabou.

— O que? Esse sangue é seu?

— Claro que não.

Horas antes

A toca, como era conhecido o galpão que a família McCall resolvia seus assuntos particulares fora da vista da lei. O lugar em si não tinha nada de mais à primeira vista, teto alto, cadeiras, mesas e correntes que vinham do teto ao chão.

Era como um lugar semi-abandonado, já que Scott estava muito ocupado cuidando da sua família e vinha com pouca frequência para arrancar a pele de alguém, literalmente.

No chão havia um rastro de sangue seco porque o jovem alfa não se conteve no meio do caminho.

Agora, horas depois de trazer o indivíduo, Scott está olhando para a bagunça que Kyle havia se tornado deitado encolhido numa poça do próprio sangue e urina.

Era nojento e patético ao mesmo tempo, suas calças estavam abaixadas enquanto expunha sua genitália dilacerada, era divertido de ver.

— Agora eu quero ver quem você vai importunar. — murmurou McCall pensando se deveria ou não fumar um cigarro. — Sabe, estávamos bem, você morreria logo, é claro, mas poderia ser rápido se não tivesse me enchido o saco. Isaac estava com medo e estressado por sua culpa e nosso filho percebeu — chamou um dos guardas com o dedo. — Me traga o martelo.

O homem no chão chorou enquanto sussurrava "piedade" o mais alto que podia, mas o corpo enfraquecido com a dor lhe impede de muitas ações.

Com a ferramenta em mãos ele foi até o outro alfa chutando seu braço para que ficasse esticado, pisou em sua mão mantendo os dedos retos.

— Isso é por cada vez que encostou no meu ômega. — uma martelada veio forte e certeira espatifando as falanges.

O Blackwood gritou tentando puxar os dedos de volta, o McCall fez isso com os dez dedos das mãos.

Por um acaso ele olhou para o relógio e viu que o tempo havia passado, o corpo que ia e vinha da inconsciência gemeu e grunhiu trêmulo agarrado fortemente ao único fio de vida que sobrou.

— Porra! Isaac deve estar preocupado. — olhou para
Kyle. — É, parece que é seu fim, tragam o triturador! — seus homens trouxeram um grande triturador de metal.

Arrumaram na posição de sempre e ligaram a máquina.

— O coloquem pelos pés, quanto mais esse desgraçado grita, melhor.

Kyle mal teve chance de lutar quando foi carregado e posicionado, primeiro os pés, tornozelos, joelhos...

Sangue caiu como chuva sujando o alfa McCall que sorriu tão sádico e feliz, seu ômega estava livre para ser apenas seu.

O seu lobo se orgulhava de suas ações.

— Cuidem dos restos, joguem aos porcos, a única coisa que ele merece virar é merda de agora em diante.

E saiu em direção ao carro.

Precisava chegar em casa, se certificar de que sua família era sua e então reivindicar seu Ômega.

Meu Isaac, meu garoto.

•••

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𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐨𝐟 𝐠𝐥𝐚𝐬𝐬 › 𝐬𝐜𝐢𝐬𝐚𝐚𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora