quattor

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Scott McCall

Hoje faz exatos trinta dias que estou em solo americano.

Durante todos esses dias me coloquei a par dos negócios da família McCall e para isso Lydia foi fundamental já que em diversas negociações me apresentou como o herdeiro McCall deixando claro a todos minha posição nesta família.

Desde então tenho recebido todos os paparicos já esperados, convites para jantares e até mesmo propostas de casamento, já que eu sou um alfa dominante ou lúpus, atraiu bastante atenção e meus genes são desejados pelas famílias.

Nós — tanto eu quanto os ômegas — somos tratados como cães de raça que precisam procriar e tudo isso me irrita, porém ainda preciso do apoio e influência desses filhos da puta, Lydia tem realmente me ajudado muito, me faz manter a calma.

Agora estamos na minha casa, ela trouxe sua esposa para jantarmos antes dela ir para o plantão. Allison é médica — e nós para a Lótus — um streep club — que faz parte dos negócios da família McCall.

Nossas conversas sempre são leves e fluem muito bem, às vezes me pergunto como seria se eu estivesse aqui durante todo esse tempo, ter visto o casamento da minha prima, participar de reuniões em família e coisas do gênero.

— E foi isso.— Lydia terminou sua fala e eu
nem sei sobre o que ele dizia.

— E você Scott? — começou a outra alfa. — Também pretende se casar algum dia? Pelo o que sei sobre os lúpus é que são conhecidos como lobos solitários, não é?

— É só que nosso lado lupino é exigente demais, então é raro querer marcar alguém. — dou de ombros. — Mas também não é como se eu quisesse isso, sabe? Pelo menos não antes dos trinta e cinco. — ri.

— Trinta e cinco? — Lydia disse indignada. — Eu quero sobrinhos Scott! Quero lobinhos correndo pela casa me chamando de titia! Quero que eles sejam amigos dos meus filhotes!

— Calma meu amor. — pediu sua esposa rindo da cena.

— Tenho certeza que nossos filhotes vão ter amigos!

— Mas olha só pra isso, Ally! Olha aqui Scott, eu pretendo ter meus bebês em um ou dois anos e você tem tempo suficiente para arranjar os seus! — Comecei a rir de sua fala. Realmente ele não tem jeito.

— Só espero ser o padrinho. — foi a minha resposta.

— Mas é claro que vai! Agora vamos adiantar porque
a Ally tem trabalho e nós também!

Depois de deixarmos Allison no hospital e também depois de ver uma despedida completamente melosa e cheia de "te amo" fomos para a Lótus.

O streep club é bastante requisitado por alfas já casados e com dinheiro para gastar, também é comum ver pessoas de cargos importantes por aqui. Todos vem pela descrição e seletividade de nossos serviços, a fachada não era nada fora do comum, claro, além do segurança de dois metros parado. Quando as portas foram abertas seguimos por um corredor decorado de maneira neutra, mas muito charmoso, então chegamos ao grande salão onde o show acontecia. 

Lembro que quando fiz dezessete anos meu pai me trouxe aqui e me mandou escolher uma ômega para que fizesse um show especial e exclusivo para mim como presente de aniversário, suspirei com a lembrança, a dançarina tinha um belo par de seios, artificiais, mas tão bonitos. Como ainda estava cedo não havia movimento além dos dançarinos que pareciam se preparar para seu serviço mais tarde. O bar estava sendo limpo e organizado por um beta que não conhecia, mas pareceu muito animado em nos ver.

— Ignora. — ouvi Lydia falar baixinho. — Esse cara é um pé no saco, só tá aqui porque é mesmo bom e não é escroto com as dançarinas, mas tá doido pra se amarrar a alguém rico.

𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐨𝐟 𝐠𝐥𝐚𝐬𝐬 › 𝐬𝐜𝐢𝐬𝐚𝐚𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora